segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Shopping em família

Hoje é dia 24, o dia ideal para falar dessa bela tradição portuguesa de nos enfiarmos com a família num centro comercial ao fim-de-semana. Algum de vocês já experimentou aproximar-se nestes últimos dias do Norte Shopping? A menos a tenham um veículo cheio de nitroglicerina e intenções de requisitarem as vossas 7 virgens imediatamente, não tentem… Mais uma vez me apercebo que vivo numa família disfuncional; porque é que os meus pais não me levam ao shoppping ao domingo? Nos últimos fins-de-semana os meus pais têm ido passear sozinhos para o interior do país ou então ficam com os filhos em casa à lareira; eles não sabem aproveitar a vida, gostaria que desfrutassem de um bom centro comercial ao fim-de-semana… Pai, se estás a ler isto, pega na mãe no próximo domingo, nas minhas irmãs e em mim e vamos todos para o Norte Shopping! Vamos à hora de almoço e voltamos à noite, aproveitamos e almoçamos e jantamos lá. Muito gosto eu de ver aquelas famílias inteiras, de roupa nova (ou fato de treino Reetruck), a enfardarem hambúrgueres do McDonalds. Isto sim, é estreitar os laços que os unem na procura da partilha de algo comum (provavelmente uma brucelose ou uma encefalopatia espongiforme)…

Adiante! Concluo portanto que, para a maior parte dos portugueses, tão natural como comer rabanadas no Natal, é andar a puxar a Leninha e o João Vitor por um braço no meio do centro comercial num domingo à tarde. Tão tradicional como a árvore de Natal, é andar no Norte Shopping cheio de sacos com a mulher, os 3 filhos e a sogra num feriado. Tão desejado como reunir toda a família na época natalícia, é comprar as prendas de véspera, com a família toda presente e depois de ter andado 45 minutos à procura de estacionamento num centro comercial a abarrotar de gente aos berros… Viva o espírito de Natal à moda portuguesa!

sexta-feira, 14 de dezembro de 2007

Hollywood à portuguesa

Esta semana foi assassinado na zona do Grande Porto mais um homem ligado ao negócio da noite, desta vez foi um segurança à porta da sua casa em Gaia. O homem ia a sair de casa quando, de um carro cheio de indivíduos encapuzados, foram disparadas várias rajadas de metralhadora, resultando imediatamente na morte do tipo e na remodelação do portão da frente de sua casa. Tudo isto foi presenciado pela sua mulher. Há uma semana atrás, desta vez em Lisboa, o proprietário do Bar O Avião morreu quando o seu carro explodiu.

Mas o que é isto?! Parece a trilogia “O Padrinho” ou “Os Sopranos”... Este pessoal anda a ver filmes a mais; então agora quando alguém nos rouba o negócio, faz-se explodir o gajo! O que aconteceu a uns telefonemas anónimos para assustar ou uma boa carga de porrada? Uns dentes partidos, uma perna engessada, uns dias no hospital... Até aposto que estes indivíduos devem ter alcunhas, tipo “Tone Soprano”, “Leo Navalhas”, “Quim Corleone”, “Al Berto Capone”... Já estou a ver, um tipo entra na discoteca, qualquer coisa tipo “Bada Bing!” dos Sopranos, mas versão garagem, vai para uma salinha lá atrás, beija a mão ao Padrinho, entram umas miúdas com as mamas à mostra e os dentes quase todos e põem-se para ali a dançar enquanto o pessoal trata de negócios; umas ganzas para aqui, umas armas para ali, um tipo que é preciso “limpar”, etc, etc, etc... Coisas corriqueiras!

Bom divertimento nocturno, mas cuidado ao ligar o carro, se possível peçam a um empregado para ir dar uma voltinha primeiro com ele. Cuidado ao sair de casa, verifiquem se não há carros estacionados na vossa rua com tipos com as meias das mulheres enfiadas na cabeça. E devo confessar que vou ficar desiludido se até ao final do ano não vir a notícia de um empresário qualquer da noite (daqueles com ar de chulo – será que ter ar de chulo é um pré-requisito para se ser empresário da noite), que acordou e tinha uma cabeça de cavalo ao seu lado na cama... Bons filmes e boas cowboyadas!

terça-feira, 11 de dezembro de 2007

Vou ao Estádio!

Campeões allez! Campeões allez! Espero vir a cantar isto logo à noite à saída do Dragão. Pois é, hoje vou ao Estádio. O Porto joga com o Besiktas e precisa pontuar para passar à fase seguinte da Liga dos Campeões. Ora bem, a primeira vez que fui ao Estádio do Dragão foi contra o Chelsea em 2005, quando ganhámos 2-1 à equipa do Mourinho e de certeza que a vitória teve algo a ver com a minha presença. Por isso logo lá estou, de modo a que o Cigano e companhia sintam a minha presença e façam com que o kebab caia mal aos turcos. O facto de eu lá estar vai ser determinante.

E por falar em coisas determinantes para o sucesso azul e branco; sinto igualmente que a ausência do Mariano Gonzales (esse prodígio) também será de capital importância. Jesualdo, se me estás a ouvir, vá lá, faz o jeitinho e deixa o tipo de fora, de preferência na bancada para não caíres na tentação de o meter a meio do jogo. Fica aqui a chave para mais uma vitória do Dragão amanhã: os seguranças que não impeçam a minha entrada no Estádio e o Jesualdo que impeça a do Mariano!

Eu sou um tipo que até gosta da bola, mas não tenho vontade nem paciência para ir ver jogar um Estrela da Amadora ou um União de Leiria; para dormir, durmo em casa que é mais confortável e barato (têm de admitir que na maior parte dos jogos da nossa Liga os espectadores deviam receber um prémio por conseguirem assistir até ao final). Já perceberam, sou um tipo que vai duas vezes por ano ao estádio e sempre para a Liga dos Campeões (sim, porque apesar de haver emoção quando se defronta o Benfica ou o Sporting, os adeptos transformam-se em autênticos imbecis – meninos das claques principalmente, mas não só – o que me leva invariavelmente a optar pela Champions). Outro factor é o preço dos bilhetes. O bilhete mais barato para não sócios é 30 euros! Isso mesmo, 6 contos! Este pessoal está maluco. Vou lá para cima quase para o telhado do Estádio e pago 30 euros! Isto deixa-me fulo, o que é que os dirigentes do FCP querem com este jogo? Ganham um balúrdio em bilhetes, mais transmissão televisiva e, caso vençam, mais 600 000 euros (é isso mesmo, 120 mil contos). Agora imaginem este cenário várias vezes por ano, mais vendas de jogadores por 20 e 30 milhões de euros cada, e no final da época? Prejuízo, sempre! É preciso ter lata para dizerem que não metem dinheiro ao bolso e não distribuem comissões ao primo, à tia, à sobrinha e a toda a gente envolvida em qualquer negócio, lícito ou ilícito... E viva a bola!

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Formar nas formações

Buono giorno! Estou aqui em Viana a escrever este texto em papel. E perguntam vocês: “Ah e tal, e o que faz um tipo bonito como tu da mui nobre e invicta cidade do Porto na, também muito interessante, Princesa do Lima?” Estou numa espécie de conferência, as “II Jornadas da Unidade de Microbiologia Aplicada” sobre o tema “Prevenção de Riscos na Cadeia Alimentar”.

As jornadas ainda não começaram e já tirei a primeira conclusão: Eu ainda não cresci! – Estou à espera para entrar para o auditório e, qualquer tipo com sangue na veia, percebe que estou naquela fase indispensável de análise e classificação do mulherio que vai surgindo no recinto. Ainda por cima vim com outro Mosqueteiro, o que vai implicar uma troca de comentários sobre os exemplares de topo e classificações que rondam o profissionalismo. Após a rigorosa eleição do Top 5 feminino, entrámos para o auditório, aquilo lá começa, etc e tal, nada de interessante e passamos ao Top 5 das oradoras: não interessa, corta, corta, homem, homem, corta, não interessa... Alto! Ora aqui está algo que justifica a deslocação a Viana. Sim senhor, decote quanto baste, lencinho azul ao pescoço, fato, elegante... A menina tem o apelido Malheiro, o que fica sempre bem, e ainda por cima trabalha em carnes; as ideias começam a borbulhar, os trocadilhos... Tirou claramente o primeiro prémio, incluindo com as universitárias presentes. Estive com o máximo de atenção, apesar de não saber sobre o que falou... O Top 5 ficou reduzido a um Top 1, mas de categoria!

Adiante. Senhores organizadores destas coisas, por favor tenham cuidado com a escolha dos oradores, isto não é assim, aleatoriamente e, a menos que se trate de uma convenção sobre doenças da próstata, não deve ter o mesmo número de homens e mulheres... Um dia inteiro a ouvir pessoal falar, já se sabe, puxa pelo sono e há que utilizar todas as artimanhas de captação da atenção do público. Umas meninas seleccionadas a dedo (como a Malheiro), intercaladas com oradores a sério, ajudariam a manter a audiência desperta e cativada até ao final. Fica o Conselho.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Evolução mascarada

Estamos em dezembro, época natalícia, por isso vamos falar do Carnaval! Quando eram crianças, quantos de vocês se vestiam de vilões no Carnaval? Nenhum provavelmente... Pelo menos no meu tempo era assim; Super-Homem, Batman, Robin dos Bosques, Fada, Princesa, Enfermeira, Xerife, Índio... Na adolescência as coisas já são diferentes, metade dos miúdas abandonam os heróis e preferem um Darth Vader, Lobisomem, Frankenstein, Vampiro, Bruxa... Na idade adulta a reviravolta é completa, já não se encontra um único herói, mantêm-se os Monstros, Darth Vader, Bruxas, etc, mas principalmente surgem as p****! Não digo literalmente (essas também que não é por ser Carnaval que vão meter férias), mas refiro-me a pessoas fantasiadas de mulheres da vida, freiras lascivas, enfermeiras (mas enfermeiras diferentes daquelas que apareciam na escola primária, estas costumam surgir com mais frequência em alguns canais por cabo de língua castelhana e de horário nocturno), professorinhas (daquelas que também costumam aparecer nos mesmos canais por cabo), etc e tal...

Associando estes factos a alguma psicologia básica e analisando a natureza humana podemos tirar algumas conclusões. A primeira é a mais simples e directa, quando somos crianças queremos salvar o mundo. Quando somos jovens estamos naquele eterna luta entre o bem e o mal, questionamos tudo, sem sabermos quais as opções acertadas, queremos entender o mundo. Quando somos adultos, já com alguma experiência de vida, não pensamos em salvar o mundo, nem sequer em entender o mundo, queremos apenas fo**-**.

Bom Carnaval… Cheio de prendinhas… E rabanadas… E mexidos… E bacalhau…

Contadores a contarem

Saudações energéticas! Vinha eu no carro hoje de manhã a ouvir rádio, e uma das notícias relatava que o Estado pretende substituir os contadores de electricidade que temos nas nossas casas por contadores digitais que permitam uma leitura à distância, evitando que alguém tenha de se deslocar às casas das pessoas para efectuar essas mesmas leituras, como acontece actualmente. Até aqui tudo bem, bravo, progresso! Em Espanha vão fazer o mesmo! Mas quem paga estes contadores digitais? O consumidor, claro! (Isto é que já não acontece em Espanha, lá são as empresas que vendem a electricidade que vão suportar os custos).

Deixem-me ver se percebi, o Estado instala novos contadores que, permitindo leituras à distância, lhes vão trazer lucro, pois deixam de ter de pagar aos funcionários que andam actualmente de casa em casa a fazer essas mesmas leituras. Ou seja, o Estado está a fazer um investimento para aumentar o seu lucro, não é para nossa comodidade, ao consumidor tanto faz que essa leitura seja feita à porta de sua casa como numa central qualquer a 300 km de distância. E quem paga esse investimento para beneficiar a EDP e consequentemente o Estado? Somos nós!

Exemplo: eu pretendo instalar em minha casa painéis solares, de modo a reduzir os meus gastos em electricidade. Vou investir nos painéis e na instalação dos mesmos, mas vou enviar a conta ao estado. O estado que pague para eu reduzir as minhas despesas... Olha que boa ideia!

Outro exemplo: o Manel Quim quer ir às meninas para poupar a mulher, até porque há uma brasileirinha nova que o Teotónio já lhe disse que é um espectáculo. Ele vai lá, conhece a Jaciara, e no dia seguinte vai às Finanças pedir o reembolso dos 80 euros… Afinal foi um investimento a pensar no bem-estar da esposa…

quarta-feira, 5 de dezembro de 2007

Campos de papoilas

Buyakasha! E por falar em droga, vamos tirar o pó a este assunto (Perceberam? Droga, pó...). Ou então vamos injectar algo novo sobre o tema (Ah, que tal? Droga, injectar...). Hoje estou imparável...

Imbecilidade à parte, vamos falar de agricultura. A nossa agricultura está em crise, etc e tal, o governo não dá os incentivos necessários aos agricultores, e não sei mais o quê... Deixem-se de lamúrias! O governo não dá, tomem uma atitude. E também qual é o objectivo de produzir algo que dá prejuízo? Para isso não produzam nada, poupam dinheiro e o estado também. Se querem produzir, vamos falar de coisas que valham a pena, vamos falar de papoila! A papoila é um produto cheio de vantagens, aguenta condições climatéricas adversas, tanto cresce nas planícies alentejanas, como nas encostas da Serra da Estrela, dá um belo colorido aos campos e permite elevadas margens de lucro, não se prevendo para breve quebras de consumo no mercado dos opiáceos.

Ouço algumas vozes dizerem: “Ah e tal, mas é muito difícil fazer entrar a droga nos países da Comunidade Europeia”. A sério? Então produzam-na já cá dentro! Senão vejamos, vocês são os responsáveis por receber os contentores de mercadoria que chegam ao porto de Sevilha, e recebem dois contentores, um com polvo proveniente da Colômbia e outro com rendas de bilros do Alentejo. Qual é que vos vai preocupar? Vocês nem sequer abrem o contentor das rendas, e lá passa metade das 18 toneladas de renda em saquinhos de cocaína. Agora o polvo colombiano já é outra história, não só abrem o contentor, como furam os bichos e desconfiam quando começa a sair um pó branco do interior de um polvo de 8 kg. E pronto, do contentor de 18 toneladas, dão registo de 9.000 kg de polvo e 8.990 kg de cocaína de elevado grau de pureza... Um mês depois, quando estiverem de férias na Jamaica a pensar no Ferrari novinho que têm em casa, nem sequer se lembram que alguma vez vos passou pela mão um contentor de rendas de bilros.

Vá lá, da próxima vez que for ao Algarve quero passar pelas planícies alentejanas e ver campos de papoilas intermináveis. Vamos dar um empurrãozinho à nossa agricultura e já agora à economia também.

terça-feira, 4 de dezembro de 2007

Solução à vista

Este mês já excedemos a cota de estupidez permitida, pelo que vamos falar de coisas sérias... Ou quase, vamos falar de política internacional. Mais concretamente da situação do Zimbabwe e do seu presidente o Sr. Robert Mugabe. Eu não estou muito por dentro do assunto, mas como descobri a solução para o problema, vou partilhá-la convosco de qualquer forma. Parece que o Sr. Mugabe decidiu que o Zimbabwe é a sua consola de jogos e que mais ninguém podia brincar. Sendo assim, este ditadorzinho com um ego maior que as calças, fez ruir a economia do país, realizou assasinatos em massa, persseguições, enfim, condenou à fome, à guerra e à miséria um país inteiro. Neste momento existem já cerca de 4 milhões de refugiados que tiveram de fugir do Zimbabwe! 4 milhões! O equivalente a 40% da população portuguesa!

Outro lado interessante deste problema é que ninguém faz nada, certamente o Sr. Bush não terá interesses comerciais na região. Ainda não inventaram motores que usem como combustível a muamba...

Mas isto não tem solução? Claro que sim e até é bem simples. Vai-se realizar este mês em Lisboa a 2ª Conferência Europa – África, na qual a besta do Mugabe já disse que ia estar presente, apesar de todos os apelos internacionais em sentido contrário. Ora muito bem, se o senhor vem até ao Parque das Nações apanhámo-lo logo ali, amordaçamo-lo e enfiamos os pezinhos do menino dentro de um balde de cimento. Fica a secar enquanto alguém faz um discurso sobre direitos humanos, e depois zás, Rio Tejo com ele! Simples, rápido e eficaz. O Tejo já está tão poluído que não é mais este bocadinho... Pensem bem, acham que alguém na terra natal do tipo se ia importar? Nem sequer os do próprio partido; muito menos esses! Um vice qualquer do governo do Zimbabwe ia encarar isto como a oportunidade de subir ao poder e ao mesmo tempo abandonar o formato governativo do Mugabe, instituindo qualquer coisa semelhante a uma democracia e caindo nas boas graças das potências mundiais.

Pensem nisso meus senhores, não desperdicem as oportunidades que nos surgem, principalmente aquelas que nos são entregues numa bandeja... Ou num balde de cimento... E viva a diplomacia!

Escolhidos a dedo

Saudações desportivas, ou perto disso. Por falar em desporto, ontem fui jantar com a Soraia Chaves, como estava frio acabamos por ficar em casa dela e petiscar qualquer coisita por lá, mas não é sobre isso que venho falar... Toda a gente diz que é importante praticar desporto, então eu, há muito tempo atrás quando ainda ouvia o que as pessoas diziam, decidi arranjar um hobbie desportivo. Na altura surgiram-me duas opções, futebol ou rendas de bilros. Como o meu jeito para as rendas era no mínimo questionável, acabei por optar pelo futebol para grande desgosto da minha mãe.

Portanto, jogo futebol a um nível amador, o nível mais baixinho que existe, aquele nível em que às vezes sentimos de devíamos compensar financeiramente as pessoas que têm a coragem e a paciência para assistir a um jogo até ao final. Desporto deste nível, como é óbvio, tem uns árbitros a condizer. Vou-vos confessar, um dos meus sonhos é poder assistir com uma câmara oculta a uma conferência onde se reunam todos os árbitros do futebol amador português. Estes senhores parecem escolhidos a dedo, devem passar por algum processo de selecção onde, caso não lhes seja detectada alguma disfunção mental ou distúrbio de personalidade, são logo chumbados. Já tive casos, não tão poucos quanto isso, em que aparecem árbitros bêbados nos jogos, isso mesmo bêbados! Mas isso nem é o mais grave, vocês nem imaginam a frequência com que estes senhores se deixam comprar (digo comprar em vez de subornar, porque suborno implica algo obscuro, feito na clandestinidade, e não é o caso, trata-se de uma compra à vista de toda a gente, quem chegar lá primeiro compra o produto). Eu desconfio que alguns destes guardiões da verdade desportiva se devem vender por um garrafão de vinho. Nem imaginam como são vulgares estas situações. Se disser que apenas 25% dos árbitros que me aparecem em jogos não demonstram indícios claros de estarem comprados, posso estar a cometer um exagero, mas é por excesso. Garanto, não ultrapassam os 25%.

Mas adiante, eu até percebo, aqueles jogos não interessam nem ao menino Jesus e eles querem ganhar alguns trocos, porque afinal a crise afecta a todos e eles também têm contas para pagar. É uma forma de passar o domingo, enquanto eu digo “Mãe vou jogar à bola”, eles dizem “Querida, logo à noite já temos dinheiro para o plasma”. Bom desporto, sem irritações, se puder ser com verdade desportiva tudo bem, mas isso não é o mais importante...

A nossa morena

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça,
É ela menina que vem e que passa,
Seu doce balanço caminho do mar,
É moça do corpo dourado do sol de Ipanema,
O seu balançado é muito mais que um poema,
É a coisa mais linda que eu já vi passar”...

É precisamente esta última parte “É a coisa mais linda que eu já vi passar” que, apesar de eu saber que esta canção fala da mulher brasileira, me parece escrita de propósito para a moreninha portuguesa. Já viram coisa mais linda que a morena portuguesa? Eu não!

Nem assim somos favoritos?

Já foi o sorteio para o Euro 2008! Portugal vai jogar com a Suíça, República Checa e Turquia. Sejamos claros, melhor não podia ser! A República Checa é boa, mas os outros dois são fraquinhos. É óbvio que se conseguiram a qualificação (a Suíça não teve de o fazer, mas tem o factor casa) não podem ser muito fracos, mas não estão ao nosso nível.

Mas acham que o Sr. Scolari assumiu o nosso favoritismo evidente neste grupo A? “Nem pensar, são as 4 equipas do mesmo nível” – disse o discípulo da Senhora do Caravagio. O que seria preciso para que ele considerasse Portugal favorito? Ficarmos no grupo do Togo, Zimbabwe e Filipinas? Era giro, mas parece que estes países ainda não fazem parte da Europa... O que não dava a Alemanha para ter o Bosingwa, o Pepe, o Ricardo Carvalho, o Bruno Alves ou o Meira? O que não dava a França para ter um médio como o Deco? O que não dava a Itália para ter um Cristiano, um Nani ou um Quaresma? Não admira que não ganhemos nada, nem nós acreditamos no nosso valor...

De qualquer forma, com ou sem favoritismo, boa sorte para a Selecção e portem-se bem que eu vou andar por lá e não me dá jeito nenhum ficar com azia logo no início do Europeu.

Jantar de negócios

No passado sábado, dia de Benfica-Porto, fui jantar a um dos restaurantes mais típicos de Matosinhos, “A Mariazinha” (aqui fica um viva a esse grande estabelecimento). Ora estava eu ainda a sentar-me depois dos festejos do golo de trivela que o cigano marcou aos lampiões, quando reparo nuns festejos em tom adocicado, assim tipo uma mistura de Copacabana e Elefante Branco (aqui fica mais um viva a outro grande estabelecimento). Numa mesa ao lado estavam 3 empresários. E perguntam vocês como é que eu percebi que eram empresários? Por causa das duas pu… Das duas brasileirinhas que estavam com eles… Uma delas tinha uma camisola do FC Porto vestida, certamente prenda de um dos cavalheiros.

Aquilo parecia uma cena de um filme barato, daqueles com argumento de mercearia e orçamento a condizer. Uma mesa redonda, 3 homens na casa dos 50 que falavam entre si e viam o jogo e duas mulheres por volta dos 25/30 anos que estavam a brincar com os telemóveis e falavam muito alto (não sei se fazia parte do acordo, mas elas anunciavam à sala inteira a sua presença). No início do jantar eles nem sequer falavam para elas, também era natural, ainda não as conheciam... Na parte final dois dos senhores já tinham cada um a sua pu... A sua sobrinha, com direito a mãozinha na perna e tudo. O terceiro homem estava para ali a olhar com ar de “será que ainda vai sobrar qualquer coisinha para mim?” Se calhar achou que pagar 500 euros por uma noite de sexo seria excessivo, enfim, nem todos podem ter a clarividência dos outros dois cavalheiros...

Mas o mais degradante nem sequer é o conceito de recorrerem a prostitutas, de pagarem para ter sexo, mas sim pagarem para ter carinho. Isso mesmo, eles pagaram para elas irem jantar com eles, para estarem sentados a conversar com a mão na perna delas, para serem vistos em público com mulheres mais jovens e bonitas. Eles estavam lá com aquele ar de “sou o maior da minha freguesia e no final pago tudo com uma nota de 500 e está esta gente toda a olhar para mim e a invejar-me”, só que não era bem assim, eu estava com vergonha por causa deles; sabem, aquele desconforto quando vemos alguém a fazer algo humilhante? Enfim, vivam os jantares de negócios.

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Luzinhas que piscam

Saudações natalícias! Estamos em Dezembro e o mesmo é dizer que somos obrigados a levar pelos olhos dentro em todo o lado com motivos de Natal, enfim, incentivos ao consumo de toda a espécie. Montras, presépios, música ambiente (o que eu vos podia falar sobre a música ambiente da época natalícia e o quanto esta desperta em mim aquele sentimento, que julgamos não possuir, de fundamentalista islâmico com vontade de reclamar imediatamente as 7 virgens a que tem direito contra alguma esplanada cheia de dondocas com saquinhas enfeitadas com neve e onde se ouvem esses melodiosos incitamentos ao genocídio)...

Mas hoje vamos falar de iluminações de Natal! Sabem, aquelas que enfeitam as ruas das nossas cidades, aquelas que fazem um belo conjunto com as musiquinhas... Na minha cidade, os inteligentes senhores camarários que decidem estas coisas, este ano lembraram-se de colocar luzes azuis fluorescentes (não sei se percebem de que tipo de luz estou a falar, é uma espécie de luz negra-azul-fluorescente-radioactiva-de-discoteca). É maravilhoso ver as avenidas com aquele brilho radioactivo, até o edifício da Câmara Municipal está iluminado da mesma forma. Parece que a cidade acabou de sofrer um acidente nuclear de grande escala e as autoridades do poder central ainda não tiverem tempo de vir limpar tudo com uns quilinhos de Napalm...

Quem será que toma estas decisões? Eu sei que a Instituição Camarária deve dar o exemplo no que se refere a igualdade de direitos de empregabilidade para as pessoas com qualquer tipo de incapacidade, por exemplo, os invisuais; mas não os deviam deixar escolher as cores dos enfeites de Natal... Eu não vou representar Portugal no festival da canção, pois não? (Se bem que os que lá vão...); O Eusébio não andava a fazer rendas de bilros, a Amália não tentou ser ponta-de-lança da Selecção (mas o Nuno Gomes tenta...), o Carlos do Castro e o Cláudio Ramos não se fazem passar por homens, o governo não anda a brincar com o dinheiro dos portugueses... Tudo bem, este último exemplo foi infeliz, mas a questão é que cada um deve fazer aquilo que sabe e não se deve meter de forma alguma naquilo para que não tem jeitinho nenhum.

Fica aqui o conselho. E quem estiver a pensar no suicídio ou homicídio massificado, mas andar com falta de coragem e estiver a precisar de um empurrãozinho, vá até Famalicão que encontra a motivação que precisa...

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Como é qu’é estar casado? – by Muska

O home começou por dezer: “Eu não quero cá confusões…” Olhou em redor e continuou: “Eu depois escrevo um dia destes”. “Depois o c...” – Exclamou alguém. Ele tinha entrado com ar de quem domina a cena, camisinha à chefe de família; o miúdo estava mudado, sim senhor… Atentem no pormenor, CAMISA POR DENTRO DAS CALÇAS!!! Esta eu não esperava. Então e as calças 7 ou 8 números acima? As sweats de capuz com o boneco a dizer “Xupa-mos…”? As sapatilhas (ou ténis para quem vive a sul do Mondego – reparem na universalidade deste blog) vermelhas e pretas com atacadores branco sujo? Os boxers com a bandeira do Togo 10 a 15 cm acima das calças? A mochila com as alças compridas ao máximo? Onde está o nosso moço?

Então sempre é verdade, o casamento muda um home… E o nosso Muska já mudou! (off the record: cá para mim foi só no vestir).

De qualquer forma já foram dois; ficam a faltar os resistentes, três portugas, o basco e o germânico. Vive la Résistance!

Scolari vs Zequinha

Para quem não anda por dentro do nosso futebol mais jovem passo a explicar que o Zequinha é um miúdo de 19 anos que pertence ao F. C. Porto, mas que está a fazer o seu 1º ano como atleta sénior ao serviço do Penafiel. É avançado e joga também na Selecção Nacional de sub-19, ou jogava...

O último Campeonato Mundial de sub-19 realizou-se no Canadá e Portugal marcou presença com uma brilhante prestação, situada algures entre um Togo e umas Ilhas Faroé (aproveito para mandar os parabéns ao Couceiro pelo brilhante trabalho à frente das nossas selecções mais jovens, e em especial neste mundial de sub-19). No nosso último jogo nesta competição, com o Chile e no qual apenas perdemos por 1-0 (digo “apenas” porque quem viu o jogo percebeu que podíamos ter levado 4 ou 5 sem favor nenhum), mas dizia eu, neste último jogo, já perto do final da partida, um jogador luso (Manu) tem uma entrada “a matar” e, como não estava a jogar em Portugal, foi expulso. Ora quando o árbitro pegou no cartão vermelho e se preparava para o mostrar ao Manu, veio o Zequinha e, num gesto impensado, tirou o cartão da mão do árbitro, ficando com uma cara inocente e de quem não estava a perceber muito bem o que tinha feito. A situação é caricata e engraçada, mas não tem nada de violento. Contudo não deixa de ser um acto de indisciplina e foi também ele expulso. O miúdo de 19 reconheceu o erro e pediu desculpas. A FIFA deu-lhe um castigo à altura da situação (2 ou 3 jogos de suspensão). Mas a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na sua cruzada de defesa da moral e bons costumes, decidiu suspender por um ano um miúdo de 19 anos que teve um acto irreflectido, mas não violento, e que teve a coragem de admitir que errou. Palmas para o Sr. Madaíl!

Mais recentemente tivemos o famoso soco do Sr. Scolari no jogador da Sérvia. As diferenças em relação ao caso do Zequinha, foram que o Scolari agrediu o outro interveniente, não admitiu o erro e não pediu desculpas. A FIFA (por intermédio da UEFA por se tratar de um jogo europeu) penalizou o nosso seleccionador com apenas 4 jogos (obviamente um castigo bastante leve tendo em consideração a situação), na minha opinião por se tratar de um treinador campeão do mundo e da Selecção Portuguesa, que também já tem o seu peso no futebol internacional. Depois veio a reacção da FPF; ficaram indignados e acharam o castigo injusto, recorreram e reduziram a suspensão para 3 jogos.

Concluindo, se tiveres 19 anos precisas dar o exemplo, mas se tiveres 60 e tal não! Se não agredires ninguém deves ser castigado, mas se agredires não! Se tiveres a coragem de admitir o erro e pedires desculpas deves ser castigado, mas se não o fizeres deves passar impune ou talvez receber um louvor! Uma grande salva de palmas para o Sr. Madaíl!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Voando sobre um ninho de cucos

Vamos ter um aeroporto novo! Pelo menos é o que dizem, se conseguirem chegar a acordo quanto à sua localização; pode ser que avance mesmo.

Quando eu era criança e estava a brincar aos carrinhos com os meus amigos, aquilo era coisa séria, construíamos de tudo; garagens, auto-estradas, vias urbanas, pontes, aeroportos... Mas não era de forma aleatória; após rigorosos estudos que duravam cerca de 2 a 3 minutos e que terminavam com a imposição da vontade do mais forte, lá decidíamos quem seriam os responsáveis pelas diversas construções, quais as melhores localizações e quem ia conduzir a betoneira. Vejo-me obrigado a usar novamente a palavra “rigoroso” pois aquilo era muito sério, qualquer erro poderia resultar na necessidade de irmos roubar outro tijolo, ou de se ter de refazer a avenida principal da “nossa” cidade. Já para não falar nos carrinhos, que cada um custava 25 escudos e a crise já se fazia notar, pois o Manel não arranjava mais que um bocado de madeira com umas rodas de cortiça com a inscrição “Datsum 1100” na lateral. Eram outros tempos...

Como devem perceber fico contente com tudo o que se passa à volta da construção do novo aeroporto e do rigor do nosso governo; há muito tempo que não via uma recriação tão fiel das minhas brincadeiras de criança. Existem 348 estudos de técnicos especializados que defendem que a Ota é a melhor opção por todos os motivos e mais algum, mas por outro lado há os 352 estudos de técnicos especializados que provam claramente que Alcochete tem mais vantagens. Devo dizer que estou um pouco confuso, mas não devemos desprezar o facto de que Alcochete ganha por 4 estudos...
Só para terminar, gostaria de referir que encomendei um estudo a uma equipa de técnicos altamente especializados (o Tone Quim e a mulher, que fazem uns biscates lá no bairro na área da construção cívil, canalizações e corte e costura), pelo valor de 25 euros e uma grade de minis, tendo já o resultado em minha posse. Este estudo indica claramente que a melhor localização para o novo aeroporto seria no meu quintal, ao fundo, entre o feijão-verde e as cenouras. Seria sem dúvida muito útil para o meu bairro em geral e para minha família em particular. Deixo isto à consideração do nosso governo...

Nous sommes retourné

Saudações pesarosas. É com o coração numa mão e um copo de Porto na outra que vos escrevo. Após longos meses de ausência neste vosso espaço de orgasmo espiritual, de tal modo que algumas das nossas assíduas leitoras, em tenebroso acto de desespero, chegaram mesmo a contrair matrimónio… Enfim, acho que não era para tanto...
Estamos de volta! É isso mesmo, depois de uma ausência sentida (eu sei que sim...) durante quase todo o Verão, a direcção deste blog reuniu-se e decidiu um regresso em força. Movidos pela imensa e abnegável vontade de continuar a constituir um farol no marasmo negro da vida quotidiana do país de Camões, Camilo, Eça, Herculano, Agustina... Cláudio Ramos, Floribela, José Castelo Branco, Carlos Castro...

Jurámos um voto jurado de publicar as nossas pérolas com uma maior frequência e de forma ininterrupta (eu sei que já assumimos este compromisso antes, mas como diria o puto de 6 anos lá da rua: “Desta vez é mesmo a sério”).

Com este pacto de sangue pretendemos tranquilizar igualmente as centenas de fãs femininas que nos enviaram cartas manchadas pelo desespero lacrimejante de quem vê ruir o pilar estruturante de toda uma ideologia que era a sua.

Com sentidas desculpas por tão vil ausência me despeço, com a garantia da prontidão deste regaço sempre presente para um pouco de mimo. Um até breve.

domingo, 4 de novembro de 2007

Se pudesse apagava-te do meu vocabulário

“Amo-te”, ah palavra maldita. Questiono-me se terá ela algum efeito relaxante, afrodisíaco ou extasiante na mulher? Porque será assim tão importante dizê-lo e em algumas situações, quando apanhamos daquelas bem bizarras, repeti-lo vezes sem conta antes durante e depois do acto sexual, ou de se fazer "o amor"?

Analisando bem a situação, já não basta o que nos fazem passar para conseguirmos o que queremos, e que no fundo não é diferente em nada do que elas querem, mas elas gostam sempre de complicar, de enredos floreados, de tornar as coisas, aos seus olhos mais românticas, intensas e sentimentais, aos nossos mais lamechas e decadentes.

Estudos científicos efectuados em Universidade de renome nos Estados Unidos da América, mostraram, que a perda de erecção no homem está directamente relacionada com a repetição dessa palavra quer por parte deste quer por parte da mulher. Por outro lado, foi igualmente mostrado que o facto de a ouvirem, não provoca nas mulheres qualquer alteração, qualquer mais valia na perseguição doentia pelo orgasmo daquela hora.

Então se assim é, porque nos pedirão elas para dizê-lo (realmente já me começa a deixar com náuseas só de pensar). Na verdade, elas são maquiavélicas, cínicas, manipuladoras e vingativas. Esta vertente da espécie humana, denominada mulher, não gosta do ser que preenche o quadro, aquele ser altivo, verdadeiramente belo em todos os sentidos, portento de força, vontade, inteligência e que realmente é capaz de por o Mundo a girar no sentido certo (não, não sou homossexual, nem tão pouco tenho problemas com a minha sexualidade mas há verdades que têm de ser ditas), por outro lado tem essa fatalidade, espécie de chaga ou cruz, de não conseguirem viver nem procriar sem que lá metamos o dedinho, passo a redundância. E sendo assim, usam e abusam destas situações surreais para nos fazerem sentir que sem elas o quadro fica preenchido mas perde a sua cor e brilho...

domingo, 14 de outubro de 2007

Daqui a 30 anos...

Ontem durante um jantar de casais amigos, levantei a questão ás mulheres, se se imaginavam com os seus actuais parceiros daqui a 30 anos, ao que todas responderam perentoriamente que NÂO! Que por essa altura esperavam ter arranjado alguém melhor, mais novo, mais alto e espadaudo - disse uma delas.
A questão que se põe é, se agora que são novas e esbeltas, cheias de potencialidades, atributos físicos e capazes de aguentar noites de sexo desenfreado num qualquer quarto de turismo rural no Gerês, como se de martas se tratassem, porque não procuram então agora, esse tal modelo ideal de homem que tanto preconizam e anseiam, e andam a perder o tempo com homens tarrecos, a fugir para o gordo e com entradas proiminentes? Podemos ter muitos defeitos, mas acredito verdadeiramente que daqui a 30 anos e pela forma como sopra o vento, irão dar graças a Deus e mais uns tostões por ainda nos terem a seu lado.

sexta-feira, 27 de julho de 2007

Homem que não varia, avaria!

Ontem depois de muito tempo consegui finalmente organizar uma ida à praia. Não é que aprecie muito. Não. Sou bem branquinho e a ideia de levar durante horas com o sol nas trombas não me agrada nem um pouco, além do mais tenho os olhos claros e a luz do sol afecta-me bastante, mas enfim... com a lacheira cheia de cerveja fresquinha é meio caminho andado para esquecer o calor torrido e todos os seus males. O resto do caminho é percurrido à custa das meninas que, em abono da verdade, valem bem o sacrifício. No entanto a ida à praia não passou do "papel", uma vez que uma mulher obcecada é capaz do possível e do impossível...inclusive estragar uma tarde que se previa de sonho... díria mesmo surreal!
As mulheres que amam demais confundem tudo, e quando sofrem por um dito desamor, perdem a pouca razão e amor próprio que lhes resta, abrem o armário dos disparates e soltou-nos ao vento, qual ganso selvagem, e hipotecam toda e qualquer hipótese de reconciliação. Não aceitam um "Não" como resposta por mais que lhe seja dito que é a único resposta de momento nem a "Amizade", e é nessa altura que entram numa nova dimensão, como se tivessem acabado de consumir uma boa dose de ácido e começam a desparatar, desculpem-me a expressão "à força toda". De tentativas de atropelamento, a preseguições sem fim, a simulação de doenças crónicas em estado terminal... enfim ultrapassam o rídiculo da aceitação de um comportamento da espécie humana.
Meninas, meninas. Homem que não varia, avaria. Não podemos viver agarrados ao quotidiano, às horas certas de namoro das quais elas não consuegem abdicar, das escolhas absurdas, entre 90 min de futebol corrido com os amigos do tasco ou 1h30 de novelas intermináveis e um beijo a entrada e outro à saída. Não, esse não é o caminho para a felicidade, esse... fica abaixo do umbigo e não vou falar dele agora. Assim sendo, é bom que cheguemos a um acordo. Não nos sufoquem! Não nos prendam a uma qualquer jaula porque à mínima hipótese, a Mulher liberdade torna-se a nossa maior perdição, para não dizer, obsessão e se assim for...adeus. E díficilmente haverá volta.
Think about it!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

5ª participação de leitores - Orientadores, Professores e Doutores

Ora muito bem, não faço parte do grupo de mosqueteiros, heróis de tempos idos e que lutavam por ideais que nem à carochinha lembravam – pátria, (nota-se que não habitavam em Portugal), rei, amor e afins, há, e também uns pelos outros. No entanto, qual cavalheiros de espada em punho (salvo seja), permitiram que deixasse o meu testemunho.

Pois muito bem caros leitores, venho aproveitar este espaço de debates ideológicos e quiçá inteligentes, para extravasar a minha indignação perante Orientadores, Professores e Doutores.
Muitos de vós já passaram a fase de andarem carregados com os livros, a queimarem pestanas e de se questionarem para que é que eu preciso desta m...? Contudo, eu ainda me encontro nesta fase de constante indagação e de auto-flagelação extrema.

É da praxe quando se está a realizar um mestrado elaborar-se uma tese e para isso temos que formular um projecto referente a um determinado tema e escolher um orientador, professor, Dr., como queiram chamar. Supostamente, e até como o próprio nome o designa, este terá a tarefa de nos orientar, de nos assistir ao longo desse penoso percurso. Como é obvio, isso não passa do papel, pois na prática só querem é que o nome deles conste no projecto para juntarem mais um ao seu currículo e poderem dizer “Eu sou mesmo bom! E nem tive que pedir conselhos ao Tomás Taveira!”.

A minha vontade era fazer como aquele indivíduo que estaria a dialogar com um certo e determinado professor, desculpem, Sr. Prof., tendo como intuito alertá-lo para a situação que o afligia. Ora, devido à onda crescente de crimes que atolam a nossa sociedade e como forma de protecção contra bandidos e larápios, o indivíduo encontrava-se armado com uma faca. Durante a amena cavaqueira, essa faca terá acidentalmente escorregado da mãos do indivíduo e ferido o tal Sr. Prof. Como eu sou franzininha e não adepta da violência, optaria antes por contratar uns meninos do bairro do cerco para dar um enxerto de porrada ao meu orientador, e deixar-lhe sem os dentes da frente, com os dois olhos negros, uma perna e braço partido e que tivesse que usar uma algália para mictar.

Ainda bem que existem professores, orientadores e Drs., para ocuparem os cargos mais importantes do emprego nacional!!

Autoria: Brida

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Uma má notícia nunca vem só

Hoje é um dia triste! Quando fui almoçar, ia no carro a ouvir rádio e recebi duas más notícias. No dia 08/08/2008 vão ser eleitas as “7 Beldades do Mundo” e o cd com a banda sonora da segunda série da Floribela já está em primeiro lugar no top de vendas.

Como é possível? As pessoas não têm mais nada que fazer? Não bastava a estupidez das 7 Maravilhas, agora também vão eleger as 7 Beldades? Para que percebam, as 7 Beldades não vão premiar a Monica Belluci, a Gisele Bündchen ou a Beyoncé. Não! É para escolher espaços naturais, florestas, montanhas, lagos, etc... Quando pensava que a estupidez humana estava no seu auge, eis que me surpreendem e vão um pouco mais além... Se fizerem o concurso equivalente para Portugal, proponho desde já alguns “espaços naturais” lusitanos como candidatos: Monsanto, Cova da Moura, Bairros de São João de Deus e do Cerco, as serras portuguesas depois dos incêndios de Verão, as casa de divertimento nocturno de Bragança, o aterro sanitário do Oeste, a sucata do Tone Jeco, o Rio Ave, as estradas de acesso ao interior do país, entre outros... Deixem sugestões aqui na Pontinha.

Há muito tempo que não falava da Floribela, mas tenho de abandonar esta paz de espírito e voltar a falar da Bolota. Então não é que o segundo cd da Menina das Fadinhas, que serve de banda sonora à segunda série, entrou logo para o primeiro lugar do top de vendas? Não consigo perceber. Já não percebia que as pessoas vissem a novela, mas aceitava, pois se nos abstrairmos da imbecilidade reinante e nos concentrarmos no decote da Bolota e no cabedal da Delfina, ainda dá para suportar uns 10 minutinhos... Agora ouvir o cd? Mas aquilo não tem imagens! Nem sequer tem a Delfina a sussurrar que vai aparecer de noite na minha cama com uma amiga, atar as minhas mãos à cabeceira e abusar de mim como se não houvesse amanhã... De qualquer forma fica a ideia de substituir as músicas do próximo cd da Floribela por frases ordinárias sussurradas pela Delfina... E boa música!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Futebol é para meninas

Vou mudar para o Benfica! É certinho... Muito provável... Quase de certeza... Em princípio... Talvez... Porventura... Se calhar não... Não vou mesmo... Mas é uma pena, porque eles têm equipamentos bem bonitos, cor-de-rosa! Toda a gente sabe que o S.L.B. é uma grande instituição nacional, e mais uma vez se insurge contra preconceitos e pré juízos castradores e injustos. Quem disse que o futebol não é para meninas? O Benfica vai acabar com essas ideias pré-concebidas. Depois de contratar o Nuno Gomes, vai agora jogar com equipamentos cor-de-rosa. Sei também em primeira mão que, se o povo português insistir nestes preconceitos estúpidos, para o ano os equipamentos, para além de cor-de-rosa, vão ter também umas aplicações em renda, calções com folhinhos e uma fitinha dourada debruada nas mangas...

Posso desde já informar os adeptos do clube da águia que as inovações não ficam por aqui. Quando os jogadores utilizarem este equipamento, vão colocar igualmente um batom, levezinho, em tom pêssego, um blush e um pouco de sombra nos olhos. Nada muito extravagante, apenas uns retoques que façam realçar os caracóis do Simãozinho.

Eu sei que os encarnados andavam um pouco desbotados nestes últimos anos face aos resultados que vinham obtendo, mas era escusado chegar a este ponto. Quem toma estas decisões? Quem, da direcção do Benfica, aceita que os seus jogadores vistam de cor-de-rosa? Lembram-se do Eusébio a ganhar duas Taças dos Campeões Europeus na década de 60? Lembram-se que só as camisolas impunham respeito? Queria ver se já na altura fossem cor-de-rosa... Peço aos dirigentes do S.L.B. que tenham o bom senso, já que não tiveram na escolha da cor, de usarem sempre o equipamento principal nas competições europeias. Uma coisa é envergonhar o Benfica a nível interno, outra é sermos gozados além fronteiras...

Maravilhas a sério

Mais uma eleiçãozinha banal! E como o povinho gosta de mandar sms para escolher maravilhas, excluir um concorrente do Big Brother ou receber um vídeo porno no telemóvel... Pois é, depois da votação para escolher o melhor português de sempre, que se bem se recordam recaiu no amaricado de Santa Comba Dão, este fim-de-semana foi a eleição para as 7 Maravilhas de Portugal (também se elegeram as 7 maravilhas do mundo, mas agora não vou falar de construçõeszinhas baratas)...

Para começar gostaria de dizer que não foram escolhidas as 7 construções preferidas dos portugueses, mas sim as 7 construções preferidas do pessoal que não tem mais nada que fazer e adora brincar aos sms pensando que está a contribuir para algo importante... Vamos então analisar os vencedores. À primeira vista conclui-se logo que já desde o tempo dos nossos antepassados, os grandes investimentos arquitectónicos eram realizados na zona de Lisboa (ou isso ou então os alfacinhas têm mais dinheiro no telemóvel e dão-se mais a estas “eleições importantíssimas”). Senão vejamos, 6 dos 7 vencedores são de Lisboa ou da área circundante de Lisboa, e depois temos o Castelo de Guimarães. Mas não se preocupem que eu já iniciei uma petição para mudarmos o Castelo de Guimarães para o Terreiro do Paço!

Eu não concordo com os vencedores, nem sequer com os nomeados iniciais. Se isto se chamasse “As 7 Construções Antigas que até são Giras, Deram um Bocado de Trabalho, Situam-se nos Arredores de Lisboa (Excepto se for o Castelo de Guimarães) e Ainda não estão Abandonadas ou a ser Utilizadas como Casa de Alterne”, eu até concordava... Mas isto são “As 7 Maravilhas de Portugal”, certo? Então, aproveito para anexar à petição para a mudança de localização do futuro Castelo do Terreiro do Paço, uma outra petição para alterar os 7 vencedores. Como 7 Maravilhas de Portugal proponho: Merche Romero, Soraia Chaves, Isabel Figueira, Marisa Cruz, Diana Chaves, Bárbara Guimarães e o Cristiano Ronaldo! O que me dizem? Se lhes chamam maravilhas, então vamos escolher maravilhas... (Deixa o teu voto aqui na Pontinha).

domingo, 8 de julho de 2007

Perfil(usionismos)

" Não tem o perfil necessário para desempenhar a função" - afirmou ele. Senti de imediato o sangue nas veias a fervilhar, a pressão a acumular-se em mim, e fiz um esforço enorme para não explodir, qual atentado da ETA.
Ponho-me a pensar naquela palavra, e questiono o porquê dos 6 anos de ensino superior que frequentei, a luta e os sacrifícios para conseguir atingir aquele objectivo. Sou Licenciado em Engenharia (não interessa do quê) mas não tenho perfil para desempenhar essa função. Desculpe?! Mas afinal quem é que o determina?! Será o nosso Senhor 1º Ministro?! Não, esse definitivamente não, pois não precisou de estudar para se tornar num mas tem perfil certamente.

Preciso de arranjar um culpado e rápido. Já sei. Nem mais. Vou culpabilizar os meus pais, que tanto sacrifício fizeram para que em termos de educação fosse mais qualquer coisa que a maioria da população. Vou culpabilizá-los também por não serem donos de uma qualquer fábrica e terem assim condenado ao fracasso qualquer tipo de ambição da minha parte.
É lamentável. Com isto não vou poder contribuir para o crescimento económico do país, mas...se eu não posso então por favor expliquem-me de que forma a ocupação de um lugar de deputado na assembleia da república o faz? Se dentro daquelas 4 paredes não há entrada de matéria-prima, nem tão pouco processo produtivo para transformar seja o que for, e muito menos saída de produto final pronto a embalar e vender?

As eternas amantes

As mulheres que amam demais têm destas coisas. Nunca são seguras de si próprias e muito menos da relação que na maioria dos casos vivem e alimentam verdadeiramente. São tão despropositadas as suas dúvidas, que chegam a roçar o desmedido e culminam geralmente com comentários absurdos. Mas a sua dedicação à causa é tal que chegam ao ponto de personificar e a atribuir nomes próprios. De Bebianas a Rutes há de tudo um pouco. Dispõem de uma criatividade sem comparação, a qual merece, pelo menos, uma nota de reconhecimento. Enfim, em matéria de longa metragem, andam bem perto da perfeição. As personagens têm tudo para serem as melhores... o filme parece quase real... só lhes falta vida própria, mas vontade têm de sobra.
É um facto que o elemento do sexo masculino da espécie humana não é perfeito, e como não é perfeito não é fiel, e não é fiel porque não está na sua natureza sê-lo, e negá-lo é utópico. A natureza não é perfeita porque não tem que o ser. A mulher também não o é (nós homens sabêmo-lo). O perfecionismo conjugal que idealizam é objectivo igual ao estabelecido por pessoas dementes, habitantes de dimensões desconhecidas. De qualquer forma gostamos delas... vamos dar-lhes esse desconto, pelo menos enquanto houver cerveja fresca para nos trazerem no frigorifico.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Vivam as corridas

Saudações automobilísticas. Começou hoje o Grande Prémio Histórico do Porto – Circuito da Boavista (se o nome pudesse ser um pouquinho mais extenso, ajudava…). E o que interessam estas corridas, para além de cortarem ao trânsito 1/3 da Circunvalação e da Av. da Boavista e semearem o caos durante 6 dias (isso mesmo, dois fins-de-semana de sexta a domingo) na vida das pessoas que moram e trabalham nas zonas circundantes? Não sei! Mas eu que por acaso até trabalho por ali e hoje tive de estacionar o carro a 1 km de distância da empresa. 1 km a andar a pé, com veículo próprio! Ora bem, eu como nem sequer gosto por aí além de corridas de automóveis, estou a chegar ao emprego, ouço já o roncar dos motores e vou pensando em formas de sabotar o evento de maneira a vingar a caminhada a que me vi obrigado. Então, e para averiguar o local, decidi ir até à Circunvalação observar aquilo de perto…

Mal chego lá, dou de frente com três belas máquinas, robustas, bem torneadas, corzinha escura, deviam debitar para aí 500 cavalos de potência… Cada uma! Ao que pensei: “Afinal isto é competição a sério”. Ali estavam os três bólides, magníficos, com algum pessoal do staff de volta deles. Eram o centro das atenções! Alguns carros davam voltas à pista, mas quem é que queria ver os outros carros com aqueles foguetões ali mesmo à mão? Paradinhos, quase que parecia que era só chegar lá e levar um para casa…

Por esta altura, é claro que a minha irritação já tinha passado e nem me lembrava do que me levara lá em primeiro lugar. Mas deixem que vos fale um pouco mais dos aviões. Eram de fazer virar as cabeças, assim como os carros que iam passando na pista, mas com mais vontade. Para quem ainda pensa que estou a falar de carros, aconselho a irem ver o filme da Lassie mais uma vez, que devem estar a precisar. Eram três meninas daquelas que servem para fazer promoção a estes espectáculos. Óculos escuros, topezinho e calça justinha preta… Que máquinas! Quanto a mim acho que se devia repetir esta corrida três a quatro vezes por ano, nem que se tivessem de fechar a Circunvalação, a Av. da Boavista e a VCI inteirinhas… Já vos disse que sempre gostei de corridas de automóveis?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

4ª Participação de leitores - O Dr. House e o Maravilhoso Buço Nacional

Caros Mosqueteiros,
Ao ler o vosso artigo sobre o Carnaval de Lisboa (ou terá sido sobre os Santos Populares Brasileiros?) lembrei-me de comentar a vossa peça com esta história, mas depois percebi que era muito longa, pelo que vos envio aqui na integra para vossa apreciação e possivel inclusão no vosso blog como comentário...
O Dr. House e o Maravilhoso Buço Nacional. Não sei se viram… Eu vi! Num dos últimos episódios do Dr. House havia um par de miúdos às portas da morte com uma intoxicação desconhecida… E uma jovem senhora que tinha que fazer o Buço pelo menos duas vezes por dia. Esta última não às portas da morte, mas quase na miséria tanto o dinheiro que gastava em cera e unguentos para a penugem que não parava de crescer. Após muitas peripécias veio-se se a descobrir que a causa de tudo era que o pai das crianças e amante da jovem senhora, já um pouco gasto pela idade, untava o seu “mastro” com um gel extremamente rico em testosterona. Ora esta hormona, que todos reconhecemos ser responsável pela incontestável macheza dos portugueses, era a causadora de uma série de comportamentos e sintomas estranhos nos seus filhos e do excesso de penugem da sua amada. Convém explicar que a testosterona passava para os filhos quando ele lhes dava a mão (com que tinha esfregado o coiso) para os ajudar a atravessar a estrada para a escola e penso que não vale a pena alongar-me muito quanto ao modo de contágio da jovem senhora. No final do episódio, confesso, pus-me de pé e aplaudi em êxtase. O Dr. House tinha acabado de explicar a origem do, a partir de agora, Maravilhoso Buço Nacional. Tudo não passa do contacto frequente das nossas mulheres com estes eluidores de testosterona, que somos nós os machos portugueses. É claro que isto levanta muitos problemas, que podem desde já questionar a publicação de tal descoberta, senão vejamos:
- Será que a partir de agora vamos querer obrigar as nossas mulheres a manter intactas as suas penugens para assinalar a nossa virilidade?
- E elas? Será que vão aceitar uma imposição destas ou vão querer continuar a ocultar das suas rivais a potência dos machos que as acompanham?
- E as pobres das esteticistas o que vão fazer àquele stock imenso de cera?
Com certeza que muitas outras questões vos assolam a mente, mas sinceramente, acho que pouco ou nada vai mudar… Só queria pedir-vos que no futuro, quando virem um Maravilhoso Buço a passar, apreciem, não virem a cara para o lado, pensem nele como um símbolo, um sinal da virilidade nacional. Não desdenhem daquela mulher, reconheçam que gostariam que a vossa vos tivesse amor suficiente para ter coragem de exibir uma maravilhosa e farta penugem por baixo do nariz e dizer a toda agente:
- O meu homem é um macho!....
Autoria: Saramagous

Vamos brincar ao teatro

Ide todos à merda! (É para dar sorte…). Mas vem a propósito. O assunto do momento, no que às gentes do espectáculo diz respeito, é a passagem da gestão do Teatro Rivoli para o Sr. Felipe La Féria. Devo confessar que não estou muito por dentro do assunto, mas como em tantas outras situações, isso não me vai impedir de exprimir a minha opinião.

Começamos pelo nome do teatro em questão. Chama-se Rivoli Teatro Municipal! Ora bem, se é MUNICIPAL, é porque pertence ao MUNICÍPIO, logo tem como objectivo servir os MUNÍCIPES, certo? Portanto, considero no mínimo contraditório entregar o teatro a um tipo de Lisboa (e o facto de ser de Lisboa não é o problema), completamente amaricado (e isto também não é o problema), com uma vozinha rouca tão irritante (ainda não é este o problema), e que tem a mania que tem talento, que faz peças “à Broadway”, que faz estreias “à Broadway”, com convidados VIP’s “à Broadway” e com orçamentos “à Broadway” (agora sim, estes são os problemas do Gnomo – digam lá se não parece um gnomo com aqueles óculos e a vozinha “máscula” de cana rachada?). A juntar a tudo isto temos a qualidade das peças… Enfim, são deploráveis, simplesmente deploráveis. Talento zero! Como explicar todas as peças do La Féria? É simples; muita gente no palco, muita mesmo, pessoas a entrarem de todo o lado, confusão enorme. Muito barulho, canções, pessoas a cruzarem-me, simples anarquia… 500 pessoas no palco. Deve ser tipo “se o público vir muita gente em palco, muito barulho, mesmo que não perceba nada, conclui que é bom, bate palmas, aconselha os amigos a virem, etc e tal”.

O problema é que os frequentadores do Rivoli gostam de teatro a sério, percebem de teatro, e o Rivoli vai-lhes ser tirado. Vejam se percebem uma coisa, nós não queremos a Broadway, queremos o Rivoli! O Gnomo começou esta sua cruzada com uma peça que se chama “Jesus Cristo Super Star”. Que surpresa, um musical da Broadway… O local ideal para este musical era o Mercado do Bolhão, não o Rivoli. E com o orçamento desta cópia barata, produziam-se 10 peças de teatro a sério, subsidiando-se outras tantas companhias de teatro a sério, com actores a sério e apoiava-se cultura a sério. Mas para quê ter teatro a sério, quando podemos brincar ao teatro?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Gago, mas pouco…

Saudações ministeriais caros leitores da pontinha, ávidos por uma boa dose de cultura e actualidade, como é apanágio deste local de reflexão, que já conquistou o seu lugar de destaque como opinion maker um pouco por todo o mundo e também nos Palops. Na semana passada, estava eu a lanchar no Piolho Douro; permitam-me aqui um parêntesis para falar deste fabuloso café que, para além de ter um nome magnífico, é somente a maior referência da noite universitária do Porto. Situa-se na “Praça dos Leões”, e existem inclusive casos registados de alguns alunos universitários que foram mais vezes ao Piolho do que à sua própria universidade...

Borgas adiante, como eu ia dizendo, estava no Piolho a lanchar com uns amigos, deviam ser umas 7 da tarde e íamos já na segunda rodada de finos e correspondente pratinho de tremoços, quando de repente irrompem por tão respeitado local três senhores de fato e gravata. Até aqui tudo bem, até porque o Piolho aceita toda a gente. Mas eis que reconheço num deles, nada mais, nada menos, que o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, esse mesmo, o Sr. Mariano Gago (eu não o trato por Dr. ou Eng. porque não tenho conhecimento de causa quanto à licenciatura do cavalheiro, e com este governo já se sabe, não nos vamos fiar...). Estavam já uns quantos indivíduos a esfregar as mãos e estalar os nós dos dedos; eu próprio já pensava: “Oh pá, tu queres ver que vamos ter chapada ao vivo no Piolho, e com alguém que inspira de facto o uso dessa tradicional arte educativa portuguesa do tabefe?”. Quando de repente, os três senhores pedem um fininho para cada um. Atenção, não foram imperiais, foram finos meus senhores, foram finos! E como gente grande, haviam de ter visto o regalo das três individualidades e emborcarem os fininhos goela abaixo... Os frequentadores do Piolho são pessoas sensatas, e escusado será dizer que esta atitude valeu aos distintos cavalheiros um ganho de admiração que não se verificava até ao momento, que fez desvanecer as intenções mais sombrias das mentes de todos os presentes. Tudo isto resultou na saída airosa e em bom estado físico do referido ministro, bem como o ganho de algum crédito, pelo menos entre os frequentadores do Piolho naquela tarde solarenga, para poder fazer mais algumas asneiras, no que a governação diz respeito.

Nós aqui na pontinha somos os primeiros a tratar com justiça toda a gente e, tal como criticamos os nossos governantes quando as suas acções e a nossa consciência política assim o exigem, também sabemos valorizar os mesmos quando têm atitudes louváveis e que merecem todo o nosso respeito. Três vivas para o Ministro Mariano Gago!

Causas justas, mas com bom gosto

Um dia destes, ia eu a passar na Rotunda A.E.P., ou Rotunda dos Produtos Estrela, ou Rotunda do NorteShopping, quando dou de frente com um outdoor gigantesco bem no meio da rotunda. Trata-se de uma fotografia de cara de duas mulheres, muito apelativas por sinal, maquilhadas e beijando-se na cara, cena íntima, muito sensual. Tenho de confessar que o cartaz demonstrava um imenso bom gosto, pedia que olhassem para ele. Se tivesse de descrever as meninas diria que são daquelas que dão vontade de me fechar num quarto com elas e dar largas à imaginação…

Foi então que tentei perceber sobre o que era o outdoor. A mensagem escrita era a seguinte: “Contra a homofobia. Somos iguais a ti”. Ah, é uma campanha de defesa da homossexualidade! Ora aqui está uma ideia inteligente para defender a causa, com bom gosto, não criar polémica e ainda arrecadar apoios externos… É tudo uma questão de criatividade. Quando se fala em homossexualidade, a maior parte das pessoas produz uma imagem de dois homens sem roupa a abraçarem-se (ou pior ainda, a abraçarem-se pelas costas…). Esta visualização incomoda algumas pessoas, verificando-se por vezes, por parte de alguns acéfalos, demonstrações de intolerância absoluta. Devo confessar que não é imagem que me desenhe um sorriso na cara, mas também não é por isso que vou começar a atirar garrafas de vodka com um paninho a arder no gargalo, nem a perseguir meninos com t-shirts com a inscrição “Eu gosto por trás, e tu?”. Agora este outdoor já é outra questão… Eu duvido que alguém no seu perfeito juízo, mesmo aquelas bestas que têm no seu currículo algumas biqueiradas nas cabeças de alguns Cláudios Ramos, possa dizer que não gosta do que está ali representado!

Deixo então um apelo às associações de defesa dos direitos pela igualdade dos homossexuais. Não abdiquem nunca de defenderem os vossos direitos, mas sigam este exemplo; não é só a causa que interessa, mas também a forma como se apresenta. É como pôr o Paulo Portas em lingerie a vender tapetes de Arraiolos ou a Soraia Chaves. Aposto que com a segunda opção, cada português teria, pelo menos, um tapete de Arraiolos em cada compartimento da sua casa! Enquanto que as vendas do Paulinho das Feiras resumir-se-iam ao Carlos de Castro, ao La Féria e ao Baião (entre outros notáveis)… Vivam as causas sérias!

Findo o estágio

Vamos brindar. Zur Mitte, zur Titte, zum sack, zack zack! Prost!

Pois é. Lembram-se daquele estágio não remunerado que tinha uma estágiaria bem boa...pois bem, chegou ao fim. Correu tudo bem, foi uma experiência enriquecedora, e a estagiária também. Mas não é para falar da estagiária que aqui estou. Mas que fique bem acente que era bem boa, mas mesmo boa!
Objectivo alcançado. Três meses de estágio na maior empresa chocolateira nacional, e com isto o meu primeiro contacto com a industria alimentar, e algumas lições bem importantes para o futuro!

1ª - sonha, mas reza para não falares alto durante o sonho.
2ª - se na administração reinar o sexo oposto...esquece, nunca terás a oportunidade que tanto esperas.
3ª - não abdiques do teu trabalho para ajudares terceiros, porque o reconhecimento será sempre para eles e nunca para ti.

E agora, curriculo valorizado, e o futuro...ainda incerto.

terça-feira, 19 de junho de 2007

É verdade, vai mesmo casar

Vejo-me obrigado a fazer este esclarecimento direccionado às centenas de jovens raparigas (e menos jovens) que têm entupido a nossa caixa de correio electrónico com as mais variadas perguntas. Eu compreendo o vosso desgosto, mas é verdade, um dos Mosqueteiros vai mesmo casar (já é o segundo)… Vá lá, enxuguem as lágrimas, não é o fim do mundo, apesar de vos parecer…

Passo a explicar. O Porthos casa daqui a uma semana (então, já chega de choro). Não desesperem, o casamento é apenas um contrato que torna algumas coisas ilegais. Mas desde quando isso é impedimento no nosso país? Portanto, fiquem alegres pelo nosso Muska e não se preocupem, ele não vai morrer, vai continuar tudo igual... Fiquem sabendo que uma vez Mosqueteiro, Mosqueteiro para sempre!

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Marchas carnavalescas

Viva o Santo António e as sardinhas
Viva o português festivaleiro
Lisboa cheia de bundinhas
E de samba brasileiro

Pois é, ontem estava eu a jantar e, como continuo heroicamente a resistir meter TV por cabo, e já se sabe que a oferta dos nossos 4 canais é boa e variada, pus-me a ver as marchas de Santo António em Lisboa, apresentadas pela Merche Romero e pelo Malato. Ligo o canal 1 e, qual não é o meu espanto, está a Daniela Mercury a desfilar e a cantar à frente da escola de samba de São Salvador da Baía, ao que eu disse em voz alta: “Oh mãe, passa-me o sal por favor”, logo seguido de um: “Tu queres ver que estamos em Fevereiro?”

A minha mente foi assaltada por dezenas de questões, mas se excluirmos as que envolvem a Merche Romero despida, sobra-me uma: “Quem é que organizou este Carnaval de Lisboa?” (ou devo dizer “Estas marchas populares do Rio de Janeiro?”). Não sei quem foi, mas tenho de lhes dar os parabéns... Foi uma ideia genial trazer o samba para os nossos santos populares. Proponho já aqui para o São João do Porto a Ivete Sangalo e a Escola de Samba de Pernambuco e para o São Pedro da Póvoa de Varzim, os Canta Baía com a Escola de Samba de Mato Grosso do Sul. Mas não deixem morrer tanta criatividade, não parem por aqui, vamos falar das vestimentas... Estão a ver aquelas saias compridas e largas, vamos dar alguma vivacidade aquilo. Que tal em vez de tecido usar umas plumas? E em vez de envolverem a parte inferior do corpo das mulheres, colocá-las na cabeça e nos braços? Mais ainda… Esqueçam o vinho e as sardinhas; caipirinhas e picanha para toda a gente…

Peço às pessoas que organizaram este ano as marchas de Santo António em Lisboa, o favor de contactarem este blog, pois tenho comigo algumas propostas de organização de eventos que lhes poderão interessar, mormente e nomeada (mas que bela expressão, tinha de arranjar forma de a incluir neste texto…): “O 27º Festival da Alheira de São Paulo”, “A 13ª Feira do Queijo Limiano de Buenos Aires” e “O Festival do Fumeiro de Petrópolis”. Vivam os santos populares!

Perna grossa, bunda boa
E muita picanha no prato
Assim foram as marchas de Lisboa
Com a Merche e o Malato

Para continuar a animar a malta
Neste espírito de Carnaval
Vendo bem, já só falta
Um samba como hino nacional

domingo, 3 de junho de 2007

Mais politiquices

Hoje li um artigo sobre a preocupante taxa de natalidade. Estamos a caminhar cada vez mais entre velhos e as criancinhas que tanto gostamos de ouvir rir e ver a brincar não passam de projectos a longo prazo! Os incentivos para a "procriação" já surgiram há algum tempo em algumas aldeias e vilas e agora prevê-se que se propague para algumas cidades. Eu proponho o seguinte: em vez de arranjarem estes incentivos monetários, falem com o governo e o patronato que gere este país que garantam emprego, justiça social para os jovens de forma a que possamos de uma vez por todas viver uma vida despreocupada e procriar como tanto desejam...sim porque isto de treinar treinar treinar treinar também chateia (mentira)!
Na verdade, com o panorama que hoje se vive, dificilmente teremos filhos antes dos 40. Longe vão os tempos em que se faziam filhos em zig-zag, que é como quem diz, a torto e a direito, e depois iam todos trabalhar a terra para ajudar a família. Hoje, mais do que nunca, para se ter filhos é necessário antes de mais garantias, económicas, financeira e sociais, caso contrário vamos continuar a viver em casa dos nossos pais, até não podermos mais .
Não podemos cair no absurdo de tantos outros, no endividamento desmedido e que já nos coloca uma vez mais no topo da Europa...só se formos ignorantes é que iremos incorrer nesse tipo de "solução" e hipotecar à partida dos 30 todo e qualquer sonho de criança. Não obrigado.

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Diz que é uma espécie de campeão

Saudações campeões! Parece que, segundo ouvi dizer, o F. C. Porto sagrou-se campeão nacional de futebol novamente. Até aqui tudo bem, até porque eu tenho uma costela portista, e quem diz uma costela diz o resto do esqueleto também, e prefiro que a minha equipa ganhe do que perca... Mas eu até sou tipo às direitas, imparcial, inteligente, bem-humorado, crítico, bonito... Ah, e humilde também! Por isso vamos analisar este campeonato. O Porto ganhou porque os seus rivais foram um pouco inconstantes ao longo da época (estou a falar do Braga e do Belenenses, é claro). Esta é que é a verdade, porque o Benfica e o Sporting, não poderiam ser campeões... O Benfica por razões óbvias já exploradas aqui na Pontinha num texto de belo recorte intitulado “Benfiquices”. Aliás basta ver o único golo em 6 meses (isso mesmo, em 6 meses) do grande ponta-de-lança que os encarnados contrataram em Dezembro, um tipo de 40 anos que veio da Rússia, que marcou, no último jogo do campeonato, um dos golos mais estranhos que já vi. Sabendo que um dos outros avançados da equipa é o Nuno “Laura” Gomes, conclui-se que o terceiro lugar foi uma excelente classificação.

Passemos ao Sporting. O Sporting não contava para as contas do título esta época, porque andou a jogar com os juniores, e já se sabe, os miúdos tinham os trabalhos da escola para fazer, às vezes não comiam a sopa toda e a mãe punha-os de castigo, enfim, ainda não estavam preparados para jogar com os crescidos... Agora atenção, se a direcção do clube de Alvalade tiver a inteligência e a capacidade de manter os miúdos todos, e a direcção do clube do Dragão não mostrar as mesmas qualidades e ficar com o Jesualdo, cuidado, parece-me que para o ano o título já está decidido e é verde... Pois é, quando o Nani, o Djaló, o Veloso, e mesmo o Liedson, conseguirem jogar a sério durante toda a época, como faz o Moutinho, as coisas complicam-se para o Dragão. Eu só espero que o Barcelona, Real, Milão, Chelsea, Manchester e outros que tal, não andem a dormir e levem daqui os putos lagartos antes deles terem tempo de estragar essa bonita hegemonia azul, no que a ganhar campeonatos de futebol diz respeito.

E chegamos ao clube do Professor Jesualdo… Que época sofrida, que treinador cagarolas, que corações fortes os dos adeptos portistas... Mas já passou, e o homem foi campeão, não vou dizer mal dele, para já... Para a próxima época, logo no início quando perder a Super Taça com o Sporting, prometo que escrevo aqui um texto a rasgá-lo de alto a baixo. Até lá: “Campeões allez, campeões allez”...

Creamfields barracada

Este fim-de-semana fui ao Creamfields Lisboa, fui e não gostei. Já li várias críticas e reportagens sobre o festival, e todas elas positivas. Suponho que tenham sido escritas por jornalistas que tinham a sua comida no carro de reportagem, podiam utilizar as casas de banho do staff e entravam para as diversas tendas pelos bastidores, ou seja, não tiveram de suportar filas para nada!

Mas vamos do início. A ideia é muito boa, concentrar num espaço ao ar livre diversos tipos de música, um festival de verão diferente de todos os outros, com inúmeras tendas de dança, com música e ambiente para todos os gostos, desde praia artificial até uma esfera discoteca. Havia ainda actividades paralelas, como poder voar de balão ou jantar numa mesa suspensa a 50 metros de altura. Não faltava nada. Um espaço fantástico, uma extensão de terreno gigantesca ondulada, com erva, pinheiros, tudo muito bonito, para quem conhece, foi no Parque da Bela Vista. O palco principal com bastante espaço à frente, toda a gente conseguia ver os concertos. Li que estiveram cerca de 35 mil pessoas! Até aqui tudo bem.

Agora vêm as diversas atracções... Para cada tenda havia uma fila de 50/100 metros no mínimo (no mínimo mesmo), e parecia que não andavam, desencorajava qualquer um. Mas também é uma questão de matemática, temos 7 tendas de música, para além do palco principal, cada uma leva 200 a 300 pessoas, se temos 35 mil pessoas, ia dar barraca obviamente... Portanto, quem comprou o bilhete a pensar que ia experimentar tudo, voltou para casa com, no máximo, metade das tendas visitadas. Se não houvessem filas, um gajo com duas ou três tomas de extasie, uns cafés e umas aspirinas, talvez fosse capaz de passar por tudo. Agora com o desgaste físico e psicológico inerente à espera nas filas, para todos os sítios, era tarefa impossível, por mais químicos que utilizasse!

Mas isto ainda não acabou, guardei o melhor para o fim. Pouquíssimas casas de banho, daquelas verdes, bonitas. Imaginem 20 minutos à espera com aquele cheiro característico. Lindo... Melhor ainda foi a comida, meia dúzia de roulottes (se estou a cometer algum exagero quando digo meia dúzia, é por excesso, não tinha mais de 6, garanto). Agora imaginem 35 mil pessoas cheias de fome e cansadas... Estive 90 minutos a ser esmagado para conseguir tirar senhas e comer alguma coisa. Já sabem como é, encontrões, cotoveladas, ninguém se respeita, ânimos exaltados, foi muito mau mesmo.

Pensei que pelo menos ia ver um bom concerto de Placebo, motivo que me levou a ir lá em primeiro lugar. Não senhor, não eram a banda principal. Tocaram menos de uma hora, sempre a despachar, passei mais tempo na barraca dos cachorros do que a ver Placebo... Desilusão completa. Agora do fundo do coração, uma mensagem para a organização do festival. Para o ano mantenham toda a ideia original, mas considerem estes dois conselhos: Primeiro – em termos de espectáculo, em vez de uma tenda de cada tipo, coloquem duas ou três, ou então imponham um limite ao número de pessoas a admitir, não hipotequem todo o evento por causa de lucro fácil. Segundo – em termos de humanidade, coloquem 10 vezes mais casas de banho e roulottes de comida em relação a este ano, tenham piedade.

sexta-feira, 18 de maio de 2007

Pobre que come o rico

Ontem fui tomar café com a Merche Romero e depois fomos ver um filme para casa dela... Mas falemos de coisas mais interessantes. Com vista a ir de encontro às exigências dos leitores da Pontinha, dei-me ao trabalho de ir à Internet tirar a letra da canção do genérico da Floribela e decidi analisá-la. É uma espécie de auto flagelação, assim tipo o monge assassino do Código Da Vinci, mas com sofrimento a sério. Deliciem-se, a letra é brilhante e a canção chama-se “Pobres dos Ricos”...

“Pobres dos ricos, que tanto têm, p’ra que é que serve tanto dinheiro” – Para comprar uma casa, um carro, comida, pagar os estudos, pagar a TV cabo para não termos de levar com a Floribela, etc, etc, etc.... Assim de repente, sou capaz de me lembrar de duas ou três... Centenas de coisas para que serve o dinheiro.

Saltando um pouco: “Pobres dos ricos, que sem verdade, vivem a vida sem liberdade” – Eu gosto é da liberdade de trabalhar 8, 12 ou 16 horas por dia, chegar a casa e cozinhar, arrumar, etc, e ainda por cima o dinheiro não chegar.

“Não tenho nada, mas tenho, tenho tudo, sou rica em sonhos, e pobre, pobre em ouro”, “Mas não me importa, pois só por ter dinheiro, não compro amigos, estrelas, um amor verdadeiro” – Um recado para a Bolota: quando fores ao supermercado tenta pagar com sonhos... E caso não saibas, também não é com sonhos que compras amigos ou um amor verdadeiro, isso conquista-se não sendo chata, nem irritante, nem andando a comer o patrão!

“Eu tenho sorte, pois sendo pobre, sobra-me tempo e tenho sonhos” – E ela a dar-lhe com os sonhos! Isto vindo de quem vive numa mansão, não faz bolha, mas é que não faz mesmo nada, e ainda anda a comer o patrão... É preciso ter lata!

“Vem ter comigo, vamos cantar, pois nunca é tarde para sonhar” – Outra vez os sonhos? Já era tempo de acordares; tu e metade dos portugueses que ainda têm a SIC sintonizada...

“Tudo o que tenho é dividido, o melhor da vida são os amigos” – Ora deixa ver se percebi; tudo que ela tem divide com os amigos. Mas ela acabou de dizer que não tem nada, apenas sonhos e o corpinho que Deus lhe deu... E divide isso com os amigos, certo? Pelo menos com o patrão divide... Eu logo vi que não era uma menina má de todo.

quarta-feira, 16 de maio de 2007

Você decide

Começamos hoje uma nova rubrica neste blog. Os leitores poderão escolher o tema a ser comentado. Para isso enviem um sms (se for uma mensagem escrita não serve, tem mesmo de ser um sms), para o número 3333 com o tema que gostariam de ver comentado aqui na Pontinha! ...................................................................

Já temos o tema vencedor, não foi o que obteve mais votos, esse lugar foi para “As cuecas do Alberto João Jardim”, mas como este blog também é lido por crianças, tivemos de passar para os segundos temas mais votados, exequo: “Gajas boas” e “Lesões desportivas”. Os leitores pediram e vão ter, vamos falar do César Peixoto. Para aqueles que não sabem quem é, trata-se de um jogador de futebol, um esquerdino, eterna grande promessa que nunca mais se concretiza. Este rapaz começou a dar nas vistas muito jovem no Belenenses e atraiu a atenção do F. C. Porto. Mudou-se para a Invicta e conheceu a Isabel Figueira, com quem viria a casar. Aqui é que as coisas mudam de figura. O rapaz começou a ter lesões musculares consecutivas e nunca mais jogou com regularidade, até que acabou por ser dispensado pelo F. C. Porto. Foi jogar para o Espanhol de Barcelona. Passou o ano inteiro lesionado, e provavelmente será também dispensado pelo Espanhol.

Agora que já estão a par da história do César, tentem seguir o meu raciocínio. Jogar futebol profissional chama-se alta competição, exige muito em termos físicos, e quem o faz tem de ter diversos cuidados com o seu corpo de modo a conseguir estar ao nível exigido. Jogar basquetebol profissional é a mesma coisa, ou râguebi, ou atletismo, ou ciclismo, etc.... Conhecem alguém que seja profissional de futebol e de basquetebol ao mesmo tempo? Ou de râguebi e ciclismo em simultâneo? Não, pois não? Então passemos à segunda parte da minha teoria. Andar com a Isabel Figueira (entenda-se “andar” no sentido conjugal do termo, com os deveres inerentes a cumprir), na minha opinião, é igualmente alta competição, trata-se de uma “Liga dos Campeões” no que se refere a mulherio. Portanto, se os outros atletas de alta competição não são capazes de o ser em duas modalidades simultaneamente, porque é que o César Peixoto havia de conseguir? Aqui fica um conselho César, opta por uma ou por outra, as duas é que não dá! Eu no teu lugar sei qual escolheria, até porque o futebol não é assim tão interessante...

Quero abrir um Coffee Shop

Saudações meus amigos, ressacados e não ressacados, viciados e consumidores ocasionais, conhecedores e curiosos... Estou farto de trabalhar das 9 às 6, oito horas por dia, 5 dias por semana, não aguento mais! Quero ter o meu negócio, algo que me dê prazer, onde possa fazer o meu horário, que me permita ter qualidade de vida (atenção que qualidade de vida não tem nada a ver com ganhar mais dinheiro). Preciso de uma ideia original e penso que encontrei – Quero abrir um Coffe Shop! É isso mesmo, tipo Amsterdão, mas na Ribeira do Porto. Imaginem só, na Ribeira, na zona dos arcos, um daqueles tascos todos em pedra. Depois de um dia de trabalho cansativo, o pessoal ia lá tomar um copo, entrava, um ambiente escuro, velas, uma parede de vermelho, mesinhas e sofás pretos, alguns puffs, um balcão... O pessoal sentava-se, pedia um Martini Bianco, apenas uma rodela de limão, enrolava o seu charrito, e relaxava enquanto o paiva ia passando de mão em mão. Reparem agora no pormenor, um Menu de erva! Pensem bem, podiam escolher a variedade que quisessem, pediam, o empregado levava uma balança portátil à mesa, compravam, preços tabelados em gramas e em onças (para os turistas). Escolhiam o tipo de canhotinho, podiam experimentar, variar. Até já tenho nome para o estaminé: “Little Colômbia”. Não me digam que esta ideia não tem potencial? É claro que existem alguns impedimentos legais, mas nada que não se possa contornar. Traficar diamantes dentro de uma universidade também não é propriamente legal, dizer que somos engenheiros na Assembleia da República sem a licenciatura, ficar com dinheiro da transferência de jogadores, acumular reformas de cargos políticos, pagar viagens aos árbitros, comprar um terreno agrícola e, numa semana, transformá-lo em terreno de construção para vender com um lucro de 300 %, etc, etc etc.... Tudo se consegue desde que haja iniciativa e originalidade. Contornar a lei é como evoluir, a parte difícil é dar o primeiro passo...

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Queimus terminus est

Infelizmente é verdade! Assim como o Eusébio já não marca 4 à Coreia, nem a Brigitte Bardot cavalga nua pela praia, também a Queima das Fitas do Porto terminou, pois tudo que é bom tem um fim. Mas este blog esteve presente. Podemos não ter um correspondente no Iraque, na palestina ou mesmo na Bela e o Mestre, mas na Queima estivemos lá.

Vou começar por destacar três aspectos positivos; em primeiro lugar a pontualidade dos concertos, o que permitia que quem quisesse ir embora no final dos ditos deixasse mais espaço para aqueles que chegavam às 2:00 da manhã e praticavam a nobre arte de fazerem questão de só sair, sob protesto, quando os senhores de farda, cacetete e mau feitio “varriam” o recinto às 6:00 da manhã… Em segundo lugar a tenda de jazz. Tenho de dar os parabéns à FAP pela ideia, espero que seja para continuar nos próximos anos. Para quem não sabe o que é, trata-se de uma tenda com alcatifa e puffs para o pessoal estar sentado e, quando terminassem os concertos no palco principal, começava um concerto de jazz na dita tenda. Muito bom mesmo. Por último temos os transportes. Nunca pensei vir a elogiar os transportes públicos do Porto, muito menos durante a semana da Queima, mas de facto gostei dos horários e da coordenação entre os autocarros e o metro, que cobriam toda a cidade durante toda a noite. Parabéns!

Mas a vida não são só flores, álcool e drogas leves... Infelizmente continuam a existir aquelas roullotes de tiro aos patos, ou às latas ou ao boneco, para ganharem uma garrafa de champanhe quente; para já não falar dos carrinhos de choque, sítio privilegiado de reunião de gunas... Apareceu por lá também uma barraca do KFC!? Então como é? O pessoal do INEM não tem já trabalho suficiente? Quando recebem um gajo semi afogado no próprio vómito, não lhes basta terem de perceber se foi álcool, droga ou as duas coisas juntas, como agora também passa a haver a possibilidade de intoxicação alimentar? Vamos respeitar o trabalho das pessoas!

O que continua igual aos anos anteriores são as casas de banho. Vou-vos dizer uma coisa, utilizar uma casa de banho da Queima no último dia é qualquer coisa que se situa, em termos de coragem (ou burrice), entre ir nadar com tubarões quando se está com o período e renovar contrato com o Fernando Santos. São rios de urina a escorrer daqueles cubículos verdes, e o cheiro meus amigos, o cheiro... Penso que há quem apanhe uma jarda propositadamente para conseguir entrar naquelas casas de banho.

Termino com duas coisas boas, os pães com chouriço continuam divinais (apesar do preço – 2,5 €, 500 paus, chulos!) e as nossas universitárias estão cada vez mais bonitas. Alegrum cerevisiae est Super Bockum, cannabis et mulherum, vate sempris allea Queimus Portucalis.

sábado, 12 de maio de 2007

Melchias e a psicologia no desporto. "Obrigadinho".

Num sábado como tantos outros o clube do Melchias ia jogar ao fim do dia e depois de uma viagem pela zona de Entre-os-Rios (curva e contracurva). Para não fugir à regra nem destoar muito do que habitualmente acontece nestas viagens, Melchias engana-se no caminho e uma vez mais pára o carro no meio da rua sem qualquer aviso! (ouvem-se buzinadelas).
Um pouco mais tarde, já em pleno jogo um dos seus ”passarinhos” (forma carinhosa como trata o plantel) falha na marcação de um adversário e acaba em golo! Difícil como é de controlar o seu impulso, eis as palavras de incentivo para a equipa e atleta em questão por parte do nosso amigo:


- “Somos uns passarinhos pá! Não temos ronha nenhuma. Não valemos nada, caralh# pó’ caralh#, só me fod#m. Ide jogar a pau com os ursos!” – e continua para o descuidado atleta – “Obrigadinho. Oh Jorge obrigadinho! Vai pró’caralh#!!! Não se pode contar com ninguém pá! Só me fod#s".

Analisando a lupa a situação descrita só há uma coisa a fazer. Dar nota 20 ao Melchias em psicologia desportiva. Motiva como ninguém os seus “passarinhos”.

Melchias, um homem de grandes convicções

Prontos para mais? Cá vai.
Como é sabido, o Melchias prepara todos os anos uma equipa ambiciosa pronta para descer de divisão. No entretando vai desempenhando outras quantas funções, desde presidente, a delegado, motorista, roupeiro, massagista...enfim uma catrafada de trabalhos! Com tanta tensão acumulada e os resultados a não ajudarem, Melchias acaba sempre em época de crise (todas as
semanas) por comunicar ao plantel que se o clube descer para a 3ª divisão, acaba! Até aqui tudo bem, até se compreende, há o orgulho dum clube e reputação a preservar. De qualquer forma assim que se aproxima o fim da temporada e com a equipa de corda ao pescoço, começa a falar com os jogadores em particular dizendo:

- Como é Hugo? Posso contar contigo pra próxima época?
- Pode Melchias.
- Mesmo que desçamos à 3ª?
- Sim Melchias.

Palavras pra quê. A convicção de um homem constroi novos mundos.
Até qualquer dia.

A saga do "Melchias" continua...

Um pouco relacionado com a regressão no percurso dos jogadores que passam pelo clube treinado pelo "Melchias", houve um que originou uma história interessantissima. Mota, jogador de fino trato só jogava com o pé esquerdo, limitando o uso do direito para subir o degrau do autocarro e manter o equilibrio. Á custa disto e da sua falta de confiança, Mota perdia inúmeras oportunidades de golo. Sempre que bastava um pequeno toque com o pé direito ele dava voltas e viravoltas para tentar tocar com o pé esquerdo, gorando-se assim o tempo de remate. Melchias, alertado por outro jogador para este facto, com o intuito de que orientasse e ajudasse Mota a melhorar a situação, respondeu da seguinte forma, e passo novamente a citar:
- "Cara*#$! Oh Hugo, não me fod#s pá! Filho da put#, quando eu jogava no Cerco, houve um filho da put# dum treinador que me quis por a chutar com o pé esquerdo. Eu quase que parti uma perna! Mandei-o fod#r." - Ao que Hugo pergunta:
- "Mas, oh Melchias, quantos golos é que marcou na sua carreira?" - Melchias responde:
- " Eu? Náo marquei nenhum caralh#."
Até à próxima. Cumprimentos.

As palavras do "Melchias"

Hoje dá-se inicio a uma rubrica nova. Vou dar-vos um cheirinho do poder que a palavras podem ter!
"Melchias" (vamos chamá-lo assim para não ferir susceptibilidades e de certa forma manter a pessoa em questão no anonimato e evitar num futuro próximo a perseguição por paparazzi, o que poderia ser um grande transtorno) é único. O banalmente chamado homem dos 7 oficios (este acreditem tem mais alguns). Conceituadissimo treinador de futsal na sua rua, vencedor de inúmeros prémios na carreira já extensa, nomeadamente o de levar todos os anos a sua equipa a luta pela despromoção, o de ter ajudado o maior número de jogadores a contrariar o normal percurso evolutivo orientado-os sempre para a regressão nas suas carreiras, e famosissimo pelas suas palavras sábias e incentivadoras. É sobre este último ponto que vos vou falar. Vou contar alguns episódios ao longo das próximas semanas para assim ficarem com uma pequena noção do que representa este grande homem.
Há cerca de 2 épocas atrás, em mais uma ardua luta pela manutenção, a equipa treinada por Melchias perdia ao intervalo por 3-1. Após uma 2ª parte envolvente, conseguiram empatar e o jogo terminou com o placard de 3-3. No treino que se seguiu ao jogo, no qual o Melchias tem sempre algo a dizer (2 a 3 min que se multiplicam por 10 para jubilo dos jogadores) eis que numa onda moralizadora diz o seguinte e passo a citar:
-"Oh gente, o que eu mais gostei do jogo passado, não foi o empate mas sim o facto de termos recuperado de 3-1 para 2-0...". No relatório do jogo consta o resultado 3-3, de qualquer forma fica esta nota.
Por hoje é tudo. Fiquem bem.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Baby Boom

Recebi um telefonema do homem que manda nisto tudo! Não, não foi do Eng. Belmiro de Azevedo, foi de outro Eng.… Quer dizer, foi de outro senhor… Já devem ter adivinhado, foi do nosso 1º, o Zé Sócrates. Não foi bem ele quem me telefonou, foi mais o assessor do assessor de um adjunto do assessor do secretário de estado de qualquer coisa… Mas é como se tivesse sido o Zé! O homem disse-me assim: “Oh pá, visto que o vosso blog se tornou na maior referência dos nossos políticos, até o Professor Marcelo o consulta, não queres escrever semanalmente qualquer coisinha a dizer bem do nosso governo?”. Ao que eu respondi com ar indignado: “Estou indignado!”. E continuei: “Este é um espaço sério e digno, que se dedica a expor e comentar os mais importantes assuntos da actualidade e nunca nos venderemos. Jamais!”. Ao que ele respondeu: “E por 200 euros?”. O meu tom de indignação subiu e retorqui: “O quê? Nem pensar!... 250… Para cada um…”. O homem aceitou e eu estou quase a escrever o primeiro desses textos, mas ainda não vai ser este…

Depois de escrever a introdução mais longa e disparatada da história deste blog, chega a altura de falar sério. Após uma rigorosa pesquisa no terreno, durante a qual estivemos quase sempre sóbrios, chegamos à conclusão que o maior Baby Boom anual da região do Porto se verifica 9 meses após a Queima das Fitas! O que é que isto significa? Duas coisas. Os nossos jovens vão para a Queima, as hormonas fervilham, eles entusiasmam-se, ficam a dormir fora de casa, beberam uns copos, perderam os preservativos quando baixaram as calças naquele brinde colectivo e já se sabe, Queima sem Quim Barreiros e uma experiência sexual (de preferência não em simultâneo), é como ser Reitor da UNI e não fazer tráfico de diamantes! Não soa bem…

Mas atenção que este não é o único motivo. Se os meninos ficam fora de casa, os pais ficam sozinhos em casa. Apanham-se sozinhos, as hormonas fervilham, eles entusiasmam-se, a pílula até tinha acabado e as coisas acontecem… Depois nascem os sobrinhos e os tios no mesmo dia.

Tempo de reflexão! Numa altura em que a população envelhece, em que há cada vez menos bebés a nascerem, em que se incentivam os jovens a terem mais filhos, etc.… O que dizem fazermos duas Queimas por ano? Pensem bem, era perfeito, vêm algum contra? Eu pessoalmente não vejo nenhum, e caso esta ideia avance, serviria também para demonstrar que os nossos jovens não pensam só em copos, mas tentam resolver activamente os problemas estruturais do nosso país. Mais uma vez boa Queima e boas actividades paralelas.

terça-feira, 8 de maio de 2007

The Musketeers

I’ve been noticing that something was missing in this blog, it wasn’t complete. I was thinking what could it be, and it hit me like a lightning: The Musketeer’s story must be told! Has you’ll surely understand, the Musketeers aren’t Portuguese, or Spanish, or German, or French for that matter... The Musketeers are citizens of the world, and in order to be understandable for every Musketeer, this must be written in english.

The Musketeers are a Fellowship that has the purpose to enjoy the pleasers of life, as it should be! The Musketeers started in 1997 when two freshmen from the Catholic University in Porto (Athos and Porthos) established the pact to attend to every single event in the academic year, to always start the evening with a toast to female beauty and to preserve friendship above all things. That was an amazing year, and their objectives were fully fulfilled. In the following year, with the new batch of freshmen, they’ve selected three with Musketeers potential to join the Fellowship (Aramis, D’Artagnan and the Cardinal). The Fellowship would be known as 4M+1. These five friends kept their hopes high and their objectives untouched. They ruled their lives to sanctify the Musketeers code composed by these five guidelines: Beauty, Women, Love, Fun and Friendship. These were, and still are, without exception, a beacon in their living. As it is perceptible, the Musketeers are gentlemen, so no details were, or will be, revealed in this blog, but forever are printed in their minds.

In 1999 D’Artagnan and the Cardinal left Catholic University, but not the Musketeers. In the following years, the five friends maintained their way of living and always respected the Musketeer’s code, wherever they were, in Portugal or in a foreign country, the Musketeers became legendary. In 2002, Aitor from Miranda, Spain, came to study to Catholic University in Porto; he embraced the code and honoured it, and when they thought the fellowship was closed, Aitor became The Spanish Musketeer. And so they were six...

In 2003, Porthos and Aramis went to study to Freising, Germany, for five months, where they’ve met Peter. As it was expectable, these two Musketeers kept their patterns and printed the Musketeers way of living in Freising University community. In 2005 and 2006, Aramis and Athos returned to Freising, to the Freibierfest (an amazing university free beer festival). During all this visits, Peter embraced the Musketeers code, and naturally he became The German Musketeer. And so they were seven...

Although in different parts of Europe, with different cultures, the magnificent seven don’t forget what started ten years ago, what still unites them, what still moves them to try to be together, to find an excuse to travel, to re-assemble the Musketeers. And more important yet, to keep on living for what they believe: Beauty, Women, Love, Fun and Friendship. Long live the Musketeers!

TV para crianças

Hoje é dia 8. E isso leva-me a concluir que ontem foi dia 7! Sendo assim, e como amanhã é dia 9, estive a ler novamente a maior obra literária em língua portuguesa desde Os Lusíadas. Peço as devidas desculpas a Camilo, Eça, Pessoa, Herculano e Saramago, mas estou a falar deste blog... Reparei que ainda não falámos de programação infantil. Imperdoável! Vamos remediar isso...

Vamos começar pelo presente. A programação infantil está, neste momento, na mais profunda decadência. O que temos para as nossas crianças verem? Floribela e Doce Fugitiva! Exactamente, é isto que elas vêm. Vão crescer com sérios problemas mentais, e não se espantem que no futuro, os nossos líderes, em todas as áreas, sejam aqueles que em criança não tinham televisão... O único canal que vai lutando contra o embrutecimento profundo dos nossos mais novos é a RTP2, que apresenta alternativas viáveis e de qualidade, apesar de ainda ter de percorrer um longo caminho no que respeita à escolha dos nomes dos programas. Senão vejamos, têm um magazine que se chama P.I.C.A. Ora bem, já se sabe que isto para uma criança, embrutecida ou não, está mesmo a pedir um trocadilho. Só falta chamarem a um outro programa C.A.R.A.L.O. ou P.I.O.C.A...

Recuamos mais 5 a 10 anos e temos o quê? Dragon Ball e 15 outras séries sobre cortar cabeças, perfurar abdómens e como conquistar o mundo à porrada. Se acabámos de falar da Floribela, estas séries até podem parecer material de Oscar, mas não são. De qualquer forma, a criança poderia transformar-se num psicopata, mas não num vegetal, e neste campo já estão a ganhar à geração Floribela.

Mas eu também não sou desse tempo, e o objectivo deste texto era o de recuar 15 a 20 anos para vos falar de programação infantil a sério! Sabemos com rigor que 72,8 % dos leitores deste blog ainda não eram nascidos há 20 anos ou pelo menos não viam televisão. Contudo, e como a nossa missão é também instruir, e com a esperança de que encontrem no sótão de algum primo mais velho as VHS desse tempo, aqui fica a informação. Séries de culto: Heidi, Bell e Sebastião, Os Amigos de Gaspar, Tom Sawyer, Os Marretas, Ana dos Cabelos Ruivos, Os Amigos da Floresta Verde, Dartacão, Alf, Clube Amigos Disney, com o primeiro e único grande apresentador infantil, o Lecas. Foram grandes tempos… Deixo-vos com estas pérolas que faziam com que me levantasse sábado e domingo às 8:00 horas da manhã! Boa televisão.

segunda-feira, 7 de maio de 2007

"Des"Ordenamento do território

Há algum tempo que um dos temas na ordem do dia é o ordenamento do território (para os observadores como eu, refiro-me ao desordenamento do território). É um facto que é mau, terrível, despropositado, disfuncional, caótico...FEIO! É também mais do que obvio que a solução não está para breve, pois é certo que os interesses de terceiros (designadamente as grande empresas de construção civil) serão sempre a prioridade para os organismos estatais e câmaras municipais etc, face ao tráfico de influências e interesses económicos tratados por baixo da mesa de um qualquer bar de alterne, a meias com uma garrafa de JB 15 anos, uns quantos pares de cuequinhas de renda e jackpots num Euromilhões, que nestas circunstâncias sai à 4ª feira depois do strip das 3h. É claro que ninguém confirma (e infelizmente a ignorância ainda abunda na população) porque se a politica fosse uma actividade ou ocupação séria e honesta, perdia a razão de existir, com ela muitos postos de trabalho (eu prefiro chamar-lhes tachos para deputados e afins. Batatinhas!) e também as manifestações nas ruas.
Com isto ficam condenados ao fracasso todos os estudos encomendados pelo governo e autarquias (quem diria) com o intuito de se asseverar as qualidades e tipos de solos apropriados ora para a exploração agrícola ora para a construção urbana etc.
A única solução a meu ver, e perdoem-me os mais sensíveis (não coloquem em causa o meu amor à pátria), seria um terramoto à escala nacional (demasiado dramático) após o qual só se salvariam para além das vidas, os centros históricos das cidades.
Assim o caos de outra hora seria lembrado como uma espécie de epidemia longínqua.