Este fim-de-semana fui ao Creamfields Lisboa, fui e não gostei. Já li várias críticas e reportagens sobre o festival, e todas elas positivas. Suponho que tenham sido escritas por jornalistas que tinham a sua comida no carro de reportagem, podiam utilizar as casas de banho do staff e entravam para as diversas tendas pelos bastidores, ou seja, não tiveram de suportar filas para nada!
Mas vamos do início. A ideia é muito boa, concentrar num espaço ao ar livre diversos tipos de música, um festival de verão diferente de todos os outros, com inúmeras tendas de dança, com música e ambiente para todos os gostos, desde praia artificial até uma esfera discoteca. Havia ainda actividades paralelas, como poder voar de balão ou jantar numa mesa suspensa a 50 metros de altura. Não faltava nada. Um espaço fantástico, uma extensão de terreno gigantesca ondulada, com erva, pinheiros, tudo muito bonito, para quem conhece, foi no Parque da Bela Vista. O palco principal com bastante espaço à frente, toda a gente conseguia ver os concertos. Li que estiveram cerca de 35 mil pessoas! Até aqui tudo bem.
Agora vêm as diversas atracções... Para cada tenda havia uma fila de 50/100 metros no mínimo (no mínimo mesmo), e parecia que não andavam, desencorajava qualquer um. Mas também é uma questão de matemática, temos 7 tendas de música, para além do palco principal, cada uma leva 200 a 300 pessoas, se temos 35 mil pessoas, ia dar barraca obviamente... Portanto, quem comprou o bilhete a pensar que ia experimentar tudo, voltou para casa com, no máximo, metade das tendas visitadas. Se não houvessem filas, um gajo com duas ou três tomas de extasie, uns cafés e umas aspirinas, talvez fosse capaz de passar por tudo. Agora com o desgaste físico e psicológico inerente à espera nas filas, para todos os sítios, era tarefa impossível, por mais químicos que utilizasse!
Mas isto ainda não acabou, guardei o melhor para o fim. Pouquíssimas casas de banho, daquelas verdes, bonitas. Imaginem 20 minutos à espera com aquele cheiro característico. Lindo... Melhor ainda foi a comida, meia dúzia de roulottes (se estou a cometer algum exagero quando digo meia dúzia, é por excesso, não tinha mais de 6, garanto). Agora imaginem 35 mil pessoas cheias de fome e cansadas... Estive 90 minutos a ser esmagado para conseguir tirar senhas e comer alguma coisa. Já sabem como é, encontrões, cotoveladas, ninguém se respeita, ânimos exaltados, foi muito mau mesmo.
Pensei que pelo menos ia ver um bom concerto de Placebo, motivo que me levou a ir lá em primeiro lugar. Não senhor, não eram a banda principal. Tocaram menos de uma hora, sempre a despachar, passei mais tempo na barraca dos cachorros do que a ver Placebo... Desilusão completa. Agora do fundo do coração, uma mensagem para a organização do festival. Para o ano mantenham toda a ideia original, mas considerem estes dois conselhos: Primeiro – em termos de espectáculo, em vez de uma tenda de cada tipo, coloquem duas ou três, ou então imponham um limite ao número de pessoas a admitir, não hipotequem todo o evento por causa de lucro fácil. Segundo – em termos de humanidade, coloquem 10 vezes mais casas de banho e roulottes de comida em relação a este ano, tenham piedade.
Mas vamos do início. A ideia é muito boa, concentrar num espaço ao ar livre diversos tipos de música, um festival de verão diferente de todos os outros, com inúmeras tendas de dança, com música e ambiente para todos os gostos, desde praia artificial até uma esfera discoteca. Havia ainda actividades paralelas, como poder voar de balão ou jantar numa mesa suspensa a 50 metros de altura. Não faltava nada. Um espaço fantástico, uma extensão de terreno gigantesca ondulada, com erva, pinheiros, tudo muito bonito, para quem conhece, foi no Parque da Bela Vista. O palco principal com bastante espaço à frente, toda a gente conseguia ver os concertos. Li que estiveram cerca de 35 mil pessoas! Até aqui tudo bem.
Agora vêm as diversas atracções... Para cada tenda havia uma fila de 50/100 metros no mínimo (no mínimo mesmo), e parecia que não andavam, desencorajava qualquer um. Mas também é uma questão de matemática, temos 7 tendas de música, para além do palco principal, cada uma leva 200 a 300 pessoas, se temos 35 mil pessoas, ia dar barraca obviamente... Portanto, quem comprou o bilhete a pensar que ia experimentar tudo, voltou para casa com, no máximo, metade das tendas visitadas. Se não houvessem filas, um gajo com duas ou três tomas de extasie, uns cafés e umas aspirinas, talvez fosse capaz de passar por tudo. Agora com o desgaste físico e psicológico inerente à espera nas filas, para todos os sítios, era tarefa impossível, por mais químicos que utilizasse!
Mas isto ainda não acabou, guardei o melhor para o fim. Pouquíssimas casas de banho, daquelas verdes, bonitas. Imaginem 20 minutos à espera com aquele cheiro característico. Lindo... Melhor ainda foi a comida, meia dúzia de roulottes (se estou a cometer algum exagero quando digo meia dúzia, é por excesso, não tinha mais de 6, garanto). Agora imaginem 35 mil pessoas cheias de fome e cansadas... Estive 90 minutos a ser esmagado para conseguir tirar senhas e comer alguma coisa. Já sabem como é, encontrões, cotoveladas, ninguém se respeita, ânimos exaltados, foi muito mau mesmo.
Pensei que pelo menos ia ver um bom concerto de Placebo, motivo que me levou a ir lá em primeiro lugar. Não senhor, não eram a banda principal. Tocaram menos de uma hora, sempre a despachar, passei mais tempo na barraca dos cachorros do que a ver Placebo... Desilusão completa. Agora do fundo do coração, uma mensagem para a organização do festival. Para o ano mantenham toda a ideia original, mas considerem estes dois conselhos: Primeiro – em termos de espectáculo, em vez de uma tenda de cada tipo, coloquem duas ou três, ou então imponham um limite ao número de pessoas a admitir, não hipotequem todo o evento por causa de lucro fácil. Segundo – em termos de humanidade, coloquem 10 vezes mais casas de banho e roulottes de comida em relação a este ano, tenham piedade.
1 comentário:
eu ouvi dizer que o som nao era "distribuido" por colunas. que as pessoas andavam com phones... e verdade?
Enviar um comentário