sexta-feira, 27 de julho de 2007

Homem que não varia, avaria!

Ontem depois de muito tempo consegui finalmente organizar uma ida à praia. Não é que aprecie muito. Não. Sou bem branquinho e a ideia de levar durante horas com o sol nas trombas não me agrada nem um pouco, além do mais tenho os olhos claros e a luz do sol afecta-me bastante, mas enfim... com a lacheira cheia de cerveja fresquinha é meio caminho andado para esquecer o calor torrido e todos os seus males. O resto do caminho é percurrido à custa das meninas que, em abono da verdade, valem bem o sacrifício. No entanto a ida à praia não passou do "papel", uma vez que uma mulher obcecada é capaz do possível e do impossível...inclusive estragar uma tarde que se previa de sonho... díria mesmo surreal!
As mulheres que amam demais confundem tudo, e quando sofrem por um dito desamor, perdem a pouca razão e amor próprio que lhes resta, abrem o armário dos disparates e soltou-nos ao vento, qual ganso selvagem, e hipotecam toda e qualquer hipótese de reconciliação. Não aceitam um "Não" como resposta por mais que lhe seja dito que é a único resposta de momento nem a "Amizade", e é nessa altura que entram numa nova dimensão, como se tivessem acabado de consumir uma boa dose de ácido e começam a desparatar, desculpem-me a expressão "à força toda". De tentativas de atropelamento, a preseguições sem fim, a simulação de doenças crónicas em estado terminal... enfim ultrapassam o rídiculo da aceitação de um comportamento da espécie humana.
Meninas, meninas. Homem que não varia, avaria. Não podemos viver agarrados ao quotidiano, às horas certas de namoro das quais elas não consuegem abdicar, das escolhas absurdas, entre 90 min de futebol corrido com os amigos do tasco ou 1h30 de novelas intermináveis e um beijo a entrada e outro à saída. Não, esse não é o caminho para a felicidade, esse... fica abaixo do umbigo e não vou falar dele agora. Assim sendo, é bom que cheguemos a um acordo. Não nos sufoquem! Não nos prendam a uma qualquer jaula porque à mínima hipótese, a Mulher liberdade torna-se a nossa maior perdição, para não dizer, obsessão e se assim for...adeus. E díficilmente haverá volta.
Think about it!

quinta-feira, 12 de julho de 2007

5ª participação de leitores - Orientadores, Professores e Doutores

Ora muito bem, não faço parte do grupo de mosqueteiros, heróis de tempos idos e que lutavam por ideais que nem à carochinha lembravam – pátria, (nota-se que não habitavam em Portugal), rei, amor e afins, há, e também uns pelos outros. No entanto, qual cavalheiros de espada em punho (salvo seja), permitiram que deixasse o meu testemunho.

Pois muito bem caros leitores, venho aproveitar este espaço de debates ideológicos e quiçá inteligentes, para extravasar a minha indignação perante Orientadores, Professores e Doutores.
Muitos de vós já passaram a fase de andarem carregados com os livros, a queimarem pestanas e de se questionarem para que é que eu preciso desta m...? Contudo, eu ainda me encontro nesta fase de constante indagação e de auto-flagelação extrema.

É da praxe quando se está a realizar um mestrado elaborar-se uma tese e para isso temos que formular um projecto referente a um determinado tema e escolher um orientador, professor, Dr., como queiram chamar. Supostamente, e até como o próprio nome o designa, este terá a tarefa de nos orientar, de nos assistir ao longo desse penoso percurso. Como é obvio, isso não passa do papel, pois na prática só querem é que o nome deles conste no projecto para juntarem mais um ao seu currículo e poderem dizer “Eu sou mesmo bom! E nem tive que pedir conselhos ao Tomás Taveira!”.

A minha vontade era fazer como aquele indivíduo que estaria a dialogar com um certo e determinado professor, desculpem, Sr. Prof., tendo como intuito alertá-lo para a situação que o afligia. Ora, devido à onda crescente de crimes que atolam a nossa sociedade e como forma de protecção contra bandidos e larápios, o indivíduo encontrava-se armado com uma faca. Durante a amena cavaqueira, essa faca terá acidentalmente escorregado da mãos do indivíduo e ferido o tal Sr. Prof. Como eu sou franzininha e não adepta da violência, optaria antes por contratar uns meninos do bairro do cerco para dar um enxerto de porrada ao meu orientador, e deixar-lhe sem os dentes da frente, com os dois olhos negros, uma perna e braço partido e que tivesse que usar uma algália para mictar.

Ainda bem que existem professores, orientadores e Drs., para ocuparem os cargos mais importantes do emprego nacional!!

Autoria: Brida

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Uma má notícia nunca vem só

Hoje é um dia triste! Quando fui almoçar, ia no carro a ouvir rádio e recebi duas más notícias. No dia 08/08/2008 vão ser eleitas as “7 Beldades do Mundo” e o cd com a banda sonora da segunda série da Floribela já está em primeiro lugar no top de vendas.

Como é possível? As pessoas não têm mais nada que fazer? Não bastava a estupidez das 7 Maravilhas, agora também vão eleger as 7 Beldades? Para que percebam, as 7 Beldades não vão premiar a Monica Belluci, a Gisele Bündchen ou a Beyoncé. Não! É para escolher espaços naturais, florestas, montanhas, lagos, etc... Quando pensava que a estupidez humana estava no seu auge, eis que me surpreendem e vão um pouco mais além... Se fizerem o concurso equivalente para Portugal, proponho desde já alguns “espaços naturais” lusitanos como candidatos: Monsanto, Cova da Moura, Bairros de São João de Deus e do Cerco, as serras portuguesas depois dos incêndios de Verão, as casa de divertimento nocturno de Bragança, o aterro sanitário do Oeste, a sucata do Tone Jeco, o Rio Ave, as estradas de acesso ao interior do país, entre outros... Deixem sugestões aqui na Pontinha.

Há muito tempo que não falava da Floribela, mas tenho de abandonar esta paz de espírito e voltar a falar da Bolota. Então não é que o segundo cd da Menina das Fadinhas, que serve de banda sonora à segunda série, entrou logo para o primeiro lugar do top de vendas? Não consigo perceber. Já não percebia que as pessoas vissem a novela, mas aceitava, pois se nos abstrairmos da imbecilidade reinante e nos concentrarmos no decote da Bolota e no cabedal da Delfina, ainda dá para suportar uns 10 minutinhos... Agora ouvir o cd? Mas aquilo não tem imagens! Nem sequer tem a Delfina a sussurrar que vai aparecer de noite na minha cama com uma amiga, atar as minhas mãos à cabeceira e abusar de mim como se não houvesse amanhã... De qualquer forma fica a ideia de substituir as músicas do próximo cd da Floribela por frases ordinárias sussurradas pela Delfina... E boa música!

terça-feira, 10 de julho de 2007

Futebol é para meninas

Vou mudar para o Benfica! É certinho... Muito provável... Quase de certeza... Em princípio... Talvez... Porventura... Se calhar não... Não vou mesmo... Mas é uma pena, porque eles têm equipamentos bem bonitos, cor-de-rosa! Toda a gente sabe que o S.L.B. é uma grande instituição nacional, e mais uma vez se insurge contra preconceitos e pré juízos castradores e injustos. Quem disse que o futebol não é para meninas? O Benfica vai acabar com essas ideias pré-concebidas. Depois de contratar o Nuno Gomes, vai agora jogar com equipamentos cor-de-rosa. Sei também em primeira mão que, se o povo português insistir nestes preconceitos estúpidos, para o ano os equipamentos, para além de cor-de-rosa, vão ter também umas aplicações em renda, calções com folhinhos e uma fitinha dourada debruada nas mangas...

Posso desde já informar os adeptos do clube da águia que as inovações não ficam por aqui. Quando os jogadores utilizarem este equipamento, vão colocar igualmente um batom, levezinho, em tom pêssego, um blush e um pouco de sombra nos olhos. Nada muito extravagante, apenas uns retoques que façam realçar os caracóis do Simãozinho.

Eu sei que os encarnados andavam um pouco desbotados nestes últimos anos face aos resultados que vinham obtendo, mas era escusado chegar a este ponto. Quem toma estas decisões? Quem, da direcção do Benfica, aceita que os seus jogadores vistam de cor-de-rosa? Lembram-se do Eusébio a ganhar duas Taças dos Campeões Europeus na década de 60? Lembram-se que só as camisolas impunham respeito? Queria ver se já na altura fossem cor-de-rosa... Peço aos dirigentes do S.L.B. que tenham o bom senso, já que não tiveram na escolha da cor, de usarem sempre o equipamento principal nas competições europeias. Uma coisa é envergonhar o Benfica a nível interno, outra é sermos gozados além fronteiras...

Maravilhas a sério

Mais uma eleiçãozinha banal! E como o povinho gosta de mandar sms para escolher maravilhas, excluir um concorrente do Big Brother ou receber um vídeo porno no telemóvel... Pois é, depois da votação para escolher o melhor português de sempre, que se bem se recordam recaiu no amaricado de Santa Comba Dão, este fim-de-semana foi a eleição para as 7 Maravilhas de Portugal (também se elegeram as 7 maravilhas do mundo, mas agora não vou falar de construçõeszinhas baratas)...

Para começar gostaria de dizer que não foram escolhidas as 7 construções preferidas dos portugueses, mas sim as 7 construções preferidas do pessoal que não tem mais nada que fazer e adora brincar aos sms pensando que está a contribuir para algo importante... Vamos então analisar os vencedores. À primeira vista conclui-se logo que já desde o tempo dos nossos antepassados, os grandes investimentos arquitectónicos eram realizados na zona de Lisboa (ou isso ou então os alfacinhas têm mais dinheiro no telemóvel e dão-se mais a estas “eleições importantíssimas”). Senão vejamos, 6 dos 7 vencedores são de Lisboa ou da área circundante de Lisboa, e depois temos o Castelo de Guimarães. Mas não se preocupem que eu já iniciei uma petição para mudarmos o Castelo de Guimarães para o Terreiro do Paço!

Eu não concordo com os vencedores, nem sequer com os nomeados iniciais. Se isto se chamasse “As 7 Construções Antigas que até são Giras, Deram um Bocado de Trabalho, Situam-se nos Arredores de Lisboa (Excepto se for o Castelo de Guimarães) e Ainda não estão Abandonadas ou a ser Utilizadas como Casa de Alterne”, eu até concordava... Mas isto são “As 7 Maravilhas de Portugal”, certo? Então, aproveito para anexar à petição para a mudança de localização do futuro Castelo do Terreiro do Paço, uma outra petição para alterar os 7 vencedores. Como 7 Maravilhas de Portugal proponho: Merche Romero, Soraia Chaves, Isabel Figueira, Marisa Cruz, Diana Chaves, Bárbara Guimarães e o Cristiano Ronaldo! O que me dizem? Se lhes chamam maravilhas, então vamos escolher maravilhas... (Deixa o teu voto aqui na Pontinha).

domingo, 8 de julho de 2007

Perfil(usionismos)

" Não tem o perfil necessário para desempenhar a função" - afirmou ele. Senti de imediato o sangue nas veias a fervilhar, a pressão a acumular-se em mim, e fiz um esforço enorme para não explodir, qual atentado da ETA.
Ponho-me a pensar naquela palavra, e questiono o porquê dos 6 anos de ensino superior que frequentei, a luta e os sacrifícios para conseguir atingir aquele objectivo. Sou Licenciado em Engenharia (não interessa do quê) mas não tenho perfil para desempenhar essa função. Desculpe?! Mas afinal quem é que o determina?! Será o nosso Senhor 1º Ministro?! Não, esse definitivamente não, pois não precisou de estudar para se tornar num mas tem perfil certamente.

Preciso de arranjar um culpado e rápido. Já sei. Nem mais. Vou culpabilizar os meus pais, que tanto sacrifício fizeram para que em termos de educação fosse mais qualquer coisa que a maioria da população. Vou culpabilizá-los também por não serem donos de uma qualquer fábrica e terem assim condenado ao fracasso qualquer tipo de ambição da minha parte.
É lamentável. Com isto não vou poder contribuir para o crescimento económico do país, mas...se eu não posso então por favor expliquem-me de que forma a ocupação de um lugar de deputado na assembleia da república o faz? Se dentro daquelas 4 paredes não há entrada de matéria-prima, nem tão pouco processo produtivo para transformar seja o que for, e muito menos saída de produto final pronto a embalar e vender?

As eternas amantes

As mulheres que amam demais têm destas coisas. Nunca são seguras de si próprias e muito menos da relação que na maioria dos casos vivem e alimentam verdadeiramente. São tão despropositadas as suas dúvidas, que chegam a roçar o desmedido e culminam geralmente com comentários absurdos. Mas a sua dedicação à causa é tal que chegam ao ponto de personificar e a atribuir nomes próprios. De Bebianas a Rutes há de tudo um pouco. Dispõem de uma criatividade sem comparação, a qual merece, pelo menos, uma nota de reconhecimento. Enfim, em matéria de longa metragem, andam bem perto da perfeição. As personagens têm tudo para serem as melhores... o filme parece quase real... só lhes falta vida própria, mas vontade têm de sobra.
É um facto que o elemento do sexo masculino da espécie humana não é perfeito, e como não é perfeito não é fiel, e não é fiel porque não está na sua natureza sê-lo, e negá-lo é utópico. A natureza não é perfeita porque não tem que o ser. A mulher também não o é (nós homens sabêmo-lo). O perfecionismo conjugal que idealizam é objectivo igual ao estabelecido por pessoas dementes, habitantes de dimensões desconhecidas. De qualquer forma gostamos delas... vamos dar-lhes esse desconto, pelo menos enquanto houver cerveja fresca para nos trazerem no frigorifico.

sexta-feira, 6 de julho de 2007

Vivam as corridas

Saudações automobilísticas. Começou hoje o Grande Prémio Histórico do Porto – Circuito da Boavista (se o nome pudesse ser um pouquinho mais extenso, ajudava…). E o que interessam estas corridas, para além de cortarem ao trânsito 1/3 da Circunvalação e da Av. da Boavista e semearem o caos durante 6 dias (isso mesmo, dois fins-de-semana de sexta a domingo) na vida das pessoas que moram e trabalham nas zonas circundantes? Não sei! Mas eu que por acaso até trabalho por ali e hoje tive de estacionar o carro a 1 km de distância da empresa. 1 km a andar a pé, com veículo próprio! Ora bem, eu como nem sequer gosto por aí além de corridas de automóveis, estou a chegar ao emprego, ouço já o roncar dos motores e vou pensando em formas de sabotar o evento de maneira a vingar a caminhada a que me vi obrigado. Então, e para averiguar o local, decidi ir até à Circunvalação observar aquilo de perto…

Mal chego lá, dou de frente com três belas máquinas, robustas, bem torneadas, corzinha escura, deviam debitar para aí 500 cavalos de potência… Cada uma! Ao que pensei: “Afinal isto é competição a sério”. Ali estavam os três bólides, magníficos, com algum pessoal do staff de volta deles. Eram o centro das atenções! Alguns carros davam voltas à pista, mas quem é que queria ver os outros carros com aqueles foguetões ali mesmo à mão? Paradinhos, quase que parecia que era só chegar lá e levar um para casa…

Por esta altura, é claro que a minha irritação já tinha passado e nem me lembrava do que me levara lá em primeiro lugar. Mas deixem que vos fale um pouco mais dos aviões. Eram de fazer virar as cabeças, assim como os carros que iam passando na pista, mas com mais vontade. Para quem ainda pensa que estou a falar de carros, aconselho a irem ver o filme da Lassie mais uma vez, que devem estar a precisar. Eram três meninas daquelas que servem para fazer promoção a estes espectáculos. Óculos escuros, topezinho e calça justinha preta… Que máquinas! Quanto a mim acho que se devia repetir esta corrida três a quatro vezes por ano, nem que se tivessem de fechar a Circunvalação, a Av. da Boavista e a VCI inteirinhas… Já vos disse que sempre gostei de corridas de automóveis?

quinta-feira, 5 de julho de 2007

4ª Participação de leitores - O Dr. House e o Maravilhoso Buço Nacional

Caros Mosqueteiros,
Ao ler o vosso artigo sobre o Carnaval de Lisboa (ou terá sido sobre os Santos Populares Brasileiros?) lembrei-me de comentar a vossa peça com esta história, mas depois percebi que era muito longa, pelo que vos envio aqui na integra para vossa apreciação e possivel inclusão no vosso blog como comentário...
O Dr. House e o Maravilhoso Buço Nacional. Não sei se viram… Eu vi! Num dos últimos episódios do Dr. House havia um par de miúdos às portas da morte com uma intoxicação desconhecida… E uma jovem senhora que tinha que fazer o Buço pelo menos duas vezes por dia. Esta última não às portas da morte, mas quase na miséria tanto o dinheiro que gastava em cera e unguentos para a penugem que não parava de crescer. Após muitas peripécias veio-se se a descobrir que a causa de tudo era que o pai das crianças e amante da jovem senhora, já um pouco gasto pela idade, untava o seu “mastro” com um gel extremamente rico em testosterona. Ora esta hormona, que todos reconhecemos ser responsável pela incontestável macheza dos portugueses, era a causadora de uma série de comportamentos e sintomas estranhos nos seus filhos e do excesso de penugem da sua amada. Convém explicar que a testosterona passava para os filhos quando ele lhes dava a mão (com que tinha esfregado o coiso) para os ajudar a atravessar a estrada para a escola e penso que não vale a pena alongar-me muito quanto ao modo de contágio da jovem senhora. No final do episódio, confesso, pus-me de pé e aplaudi em êxtase. O Dr. House tinha acabado de explicar a origem do, a partir de agora, Maravilhoso Buço Nacional. Tudo não passa do contacto frequente das nossas mulheres com estes eluidores de testosterona, que somos nós os machos portugueses. É claro que isto levanta muitos problemas, que podem desde já questionar a publicação de tal descoberta, senão vejamos:
- Será que a partir de agora vamos querer obrigar as nossas mulheres a manter intactas as suas penugens para assinalar a nossa virilidade?
- E elas? Será que vão aceitar uma imposição destas ou vão querer continuar a ocultar das suas rivais a potência dos machos que as acompanham?
- E as pobres das esteticistas o que vão fazer àquele stock imenso de cera?
Com certeza que muitas outras questões vos assolam a mente, mas sinceramente, acho que pouco ou nada vai mudar… Só queria pedir-vos que no futuro, quando virem um Maravilhoso Buço a passar, apreciem, não virem a cara para o lado, pensem nele como um símbolo, um sinal da virilidade nacional. Não desdenhem daquela mulher, reconheçam que gostariam que a vossa vos tivesse amor suficiente para ter coragem de exibir uma maravilhosa e farta penugem por baixo do nariz e dizer a toda agente:
- O meu homem é um macho!....
Autoria: Saramagous

Vamos brincar ao teatro

Ide todos à merda! (É para dar sorte…). Mas vem a propósito. O assunto do momento, no que às gentes do espectáculo diz respeito, é a passagem da gestão do Teatro Rivoli para o Sr. Felipe La Féria. Devo confessar que não estou muito por dentro do assunto, mas como em tantas outras situações, isso não me vai impedir de exprimir a minha opinião.

Começamos pelo nome do teatro em questão. Chama-se Rivoli Teatro Municipal! Ora bem, se é MUNICIPAL, é porque pertence ao MUNICÍPIO, logo tem como objectivo servir os MUNÍCIPES, certo? Portanto, considero no mínimo contraditório entregar o teatro a um tipo de Lisboa (e o facto de ser de Lisboa não é o problema), completamente amaricado (e isto também não é o problema), com uma vozinha rouca tão irritante (ainda não é este o problema), e que tem a mania que tem talento, que faz peças “à Broadway”, que faz estreias “à Broadway”, com convidados VIP’s “à Broadway” e com orçamentos “à Broadway” (agora sim, estes são os problemas do Gnomo – digam lá se não parece um gnomo com aqueles óculos e a vozinha “máscula” de cana rachada?). A juntar a tudo isto temos a qualidade das peças… Enfim, são deploráveis, simplesmente deploráveis. Talento zero! Como explicar todas as peças do La Féria? É simples; muita gente no palco, muita mesmo, pessoas a entrarem de todo o lado, confusão enorme. Muito barulho, canções, pessoas a cruzarem-me, simples anarquia… 500 pessoas no palco. Deve ser tipo “se o público vir muita gente em palco, muito barulho, mesmo que não perceba nada, conclui que é bom, bate palmas, aconselha os amigos a virem, etc e tal”.

O problema é que os frequentadores do Rivoli gostam de teatro a sério, percebem de teatro, e o Rivoli vai-lhes ser tirado. Vejam se percebem uma coisa, nós não queremos a Broadway, queremos o Rivoli! O Gnomo começou esta sua cruzada com uma peça que se chama “Jesus Cristo Super Star”. Que surpresa, um musical da Broadway… O local ideal para este musical era o Mercado do Bolhão, não o Rivoli. E com o orçamento desta cópia barata, produziam-se 10 peças de teatro a sério, subsidiando-se outras tantas companhias de teatro a sério, com actores a sério e apoiava-se cultura a sério. Mas para quê ter teatro a sério, quando podemos brincar ao teatro?

terça-feira, 3 de julho de 2007

Gago, mas pouco…

Saudações ministeriais caros leitores da pontinha, ávidos por uma boa dose de cultura e actualidade, como é apanágio deste local de reflexão, que já conquistou o seu lugar de destaque como opinion maker um pouco por todo o mundo e também nos Palops. Na semana passada, estava eu a lanchar no Piolho Douro; permitam-me aqui um parêntesis para falar deste fabuloso café que, para além de ter um nome magnífico, é somente a maior referência da noite universitária do Porto. Situa-se na “Praça dos Leões”, e existem inclusive casos registados de alguns alunos universitários que foram mais vezes ao Piolho do que à sua própria universidade...

Borgas adiante, como eu ia dizendo, estava no Piolho a lanchar com uns amigos, deviam ser umas 7 da tarde e íamos já na segunda rodada de finos e correspondente pratinho de tremoços, quando de repente irrompem por tão respeitado local três senhores de fato e gravata. Até aqui tudo bem, até porque o Piolho aceita toda a gente. Mas eis que reconheço num deles, nada mais, nada menos, que o Sr. Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, esse mesmo, o Sr. Mariano Gago (eu não o trato por Dr. ou Eng. porque não tenho conhecimento de causa quanto à licenciatura do cavalheiro, e com este governo já se sabe, não nos vamos fiar...). Estavam já uns quantos indivíduos a esfregar as mãos e estalar os nós dos dedos; eu próprio já pensava: “Oh pá, tu queres ver que vamos ter chapada ao vivo no Piolho, e com alguém que inspira de facto o uso dessa tradicional arte educativa portuguesa do tabefe?”. Quando de repente, os três senhores pedem um fininho para cada um. Atenção, não foram imperiais, foram finos meus senhores, foram finos! E como gente grande, haviam de ter visto o regalo das três individualidades e emborcarem os fininhos goela abaixo... Os frequentadores do Piolho são pessoas sensatas, e escusado será dizer que esta atitude valeu aos distintos cavalheiros um ganho de admiração que não se verificava até ao momento, que fez desvanecer as intenções mais sombrias das mentes de todos os presentes. Tudo isto resultou na saída airosa e em bom estado físico do referido ministro, bem como o ganho de algum crédito, pelo menos entre os frequentadores do Piolho naquela tarde solarenga, para poder fazer mais algumas asneiras, no que a governação diz respeito.

Nós aqui na pontinha somos os primeiros a tratar com justiça toda a gente e, tal como criticamos os nossos governantes quando as suas acções e a nossa consciência política assim o exigem, também sabemos valorizar os mesmos quando têm atitudes louváveis e que merecem todo o nosso respeito. Três vivas para o Ministro Mariano Gago!

Causas justas, mas com bom gosto

Um dia destes, ia eu a passar na Rotunda A.E.P., ou Rotunda dos Produtos Estrela, ou Rotunda do NorteShopping, quando dou de frente com um outdoor gigantesco bem no meio da rotunda. Trata-se de uma fotografia de cara de duas mulheres, muito apelativas por sinal, maquilhadas e beijando-se na cara, cena íntima, muito sensual. Tenho de confessar que o cartaz demonstrava um imenso bom gosto, pedia que olhassem para ele. Se tivesse de descrever as meninas diria que são daquelas que dão vontade de me fechar num quarto com elas e dar largas à imaginação…

Foi então que tentei perceber sobre o que era o outdoor. A mensagem escrita era a seguinte: “Contra a homofobia. Somos iguais a ti”. Ah, é uma campanha de defesa da homossexualidade! Ora aqui está uma ideia inteligente para defender a causa, com bom gosto, não criar polémica e ainda arrecadar apoios externos… É tudo uma questão de criatividade. Quando se fala em homossexualidade, a maior parte das pessoas produz uma imagem de dois homens sem roupa a abraçarem-se (ou pior ainda, a abraçarem-se pelas costas…). Esta visualização incomoda algumas pessoas, verificando-se por vezes, por parte de alguns acéfalos, demonstrações de intolerância absoluta. Devo confessar que não é imagem que me desenhe um sorriso na cara, mas também não é por isso que vou começar a atirar garrafas de vodka com um paninho a arder no gargalo, nem a perseguir meninos com t-shirts com a inscrição “Eu gosto por trás, e tu?”. Agora este outdoor já é outra questão… Eu duvido que alguém no seu perfeito juízo, mesmo aquelas bestas que têm no seu currículo algumas biqueiradas nas cabeças de alguns Cláudios Ramos, possa dizer que não gosta do que está ali representado!

Deixo então um apelo às associações de defesa dos direitos pela igualdade dos homossexuais. Não abdiquem nunca de defenderem os vossos direitos, mas sigam este exemplo; não é só a causa que interessa, mas também a forma como se apresenta. É como pôr o Paulo Portas em lingerie a vender tapetes de Arraiolos ou a Soraia Chaves. Aposto que com a segunda opção, cada português teria, pelo menos, um tapete de Arraiolos em cada compartimento da sua casa! Enquanto que as vendas do Paulinho das Feiras resumir-se-iam ao Carlos de Castro, ao La Féria e ao Baião (entre outros notáveis)… Vivam as causas sérias!

Findo o estágio

Vamos brindar. Zur Mitte, zur Titte, zum sack, zack zack! Prost!

Pois é. Lembram-se daquele estágio não remunerado que tinha uma estágiaria bem boa...pois bem, chegou ao fim. Correu tudo bem, foi uma experiência enriquecedora, e a estagiária também. Mas não é para falar da estagiária que aqui estou. Mas que fique bem acente que era bem boa, mas mesmo boa!
Objectivo alcançado. Três meses de estágio na maior empresa chocolateira nacional, e com isto o meu primeiro contacto com a industria alimentar, e algumas lições bem importantes para o futuro!

1ª - sonha, mas reza para não falares alto durante o sonho.
2ª - se na administração reinar o sexo oposto...esquece, nunca terás a oportunidade que tanto esperas.
3ª - não abdiques do teu trabalho para ajudares terceiros, porque o reconhecimento será sempre para eles e nunca para ti.

E agora, curriculo valorizado, e o futuro...ainda incerto.