quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Quero aproveitar este regresso, para denunciar certas e determinadas empresas que se intitulam de Grandes, que gastam rios de dinheiro a apregoar aos sete ventos, todas as suas acções de mecenato e afins, mormente e nomeada a tão em voga "Sustentabilidade" que pode englobar diversas áreas, como a social ou a ambiental e por ai fora.
Fazem menção de todos os seus valores, que anunciam e exibem com toda a pompa e circunstância, nas paredes dos escritórios e nos anúncios de emprego e que na verdade, não passam de empresas menores e pequenas, olhando a forma como tratam os seus colaboradores e os desvalorizam, porque a carne é fraca por um lado, por outro não falta mão de obra barata e finalmente porque é bonito ter tudo encaixilhado para inglês ver quando na verdade não acreditam em nada do que expõem.
“Valorizamos os nossos colaboradores” – claro que sim, de tal forma que recrutam pessoal recém licenciado para funções que exigem traquejo e competências técnicas especificas acima da média, ou seja, um bom par de anos de experiência, e propõe 15 dias de experiência, que para além de irem contra a lei, criam uma pressão extra a partida para quem vai certamente ser dispensado. Questiono-me o que ganham estas empresas com isto?

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

O Mosqueteirinho e as Mosqueteirinhas

Saudações envergonhadas! Eu sei que não escrevemos há imenso tempo, eu sei que mais uma vez falhámos na nossa promessa de fornecimento constante de luz espiritual às centenas de jovens raparigas famintas por uma voz amiga, por um suspiro ao ouvido, um toque no ombro… Mas a verdade é que estivemos numa acção humanitária de voluntários na Croácia! Se vocês soubessem a quantidade de jovens mulheres croatas assombradas pelas trevas da solidão; ansiando por beber um pouco do gotejar da luz do toque de outra pessoa que as faça sentirem-se únicas…

Mas adiante… Voltámos, não sei até quando, não prometo nada, mas vamos aproveitar enquanto pudermos! E neste regresso, banhado pela espuma nostálgica do mar que me relembra os meus tempos universitários, quero-vos falar dos Mosqueteiros, ou melhor, dos novos Mosqueteirinhos… É verdade, parece que ainda foi ontem que corremos nus em vermelhos campos de papoilas, segurando numa mão um canhotinho aceso e na outra uma garrafa de Dona Antónia Reserva, com aquelas alunas de Erasmus; as três croatas de Medicina Veterinária, a grega de Arquitectura Paisagística, as duas gémeas suecas (a Inga e a Birgitta) de Contabilidade, a norueguesa de Análises Clínicas, a argentina de Ciências Sociais, as duas Sul-africanas de Farmácia e aquela Coreana de Gestão que nunca cheguei a saber o nome… Perdem-se algumas coisas, mas ganham-se outras, e um dos Mosqueteiros já tem duas filhas, duas Mosqueteirinhas, um outro vai ter um rapaz e o mais novo dos cinco vai ser pai de uma menina. É isso mesmo, já há novos Mosqueteiros e ainda vão aumentar!

Para o puto que aí vem, nada mais simples, os “tios” vão-lhe ensinar o Código dos Mosqueteiros, os prazeres da vida e até já tem uma espada e uma capa em tamanho reduzido… Para as três meninas, nada mais simples também, os “tios” compraram umas caçadeiras de canos cerrados, daquelas que fazem estragos em troncos de árvores, para receberem os pretendentes que possuam brincos, cabelo pintado, roupa de cabedal com aplicações metálicas, tatuagens ou velocípedes, entre outras características que nos lembremos na altura. Por isso, futuros vandalozinhos, que ainda estão no berço muito fofinhos de fralda e a brincar com o Noddy, mas que eu sei que se vão tornar naqueles putos ranhosos, cheios de espinhas, com um piercing no nariz, uma tatuagem no pescoço, cabelo pintado de vermelho, calças de cabedal e uma Harley… Ai daqueles que rondarem uma Mosqueteirinha!