terça-feira, 27 de março de 2007

Aquilo que se diz

O que venho dizer hoje nesta crónica é sobre aquilo que se diz, ou melhor, sobre o que se diz, o que não se diz e o que se queria dizer…

Quantas vezes já aconteceu a cada um de nós ser confrontado com situações em que não sabe o que dizer? Ou até sabe, mas não sabe se será correcto? Ou até sabe que não é correcto, mas deseja dizer aquilo de qualquer forma? E quantas dessas vezes acaba por ceder ao politicamente correcto, ficando a martelar no que disse e no que queria dizer: “Será que devia ter dito? E o que aconteceria se tivesse dito?”

Porque é que nos preocupamos tanto com o que se deve dizer em detrimento do que queremos realmente dizer. Porque se diz o que se diz e não se diz o que se pensa? Porque é que continuamos a dizer aquilo que os outros esperam que digamos em vez de dizermos aquilo que nós queremos dizer?

Pensem no que vos digo; digam sempre aquilo que pensam, mesmo que os outros pensem que não devem dizer; não digam aquilo que os outros querem que vocês digam, mas digam o que vocês querem dizer. Se vos digo isto, não é porque alguém achou que eu o tinha de dizer, mas porque eu o quis dizer. Espero que possam dizer o mesmo...
Tenho dito!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Meninos dos assaltos

Estou mesmo f………..frustrado. Esta semana assaltaram-me o carro no Porto. Estacionei-o, como tantas outras vezes, numa rua perto dos Clérigos. Rua nova, com passeios largos, bem iluminada e com pessoas a passarem frequentemente. Cheguei ao carro às 23:25 e deparei com a janela da frente esquerda partida. Havia vidros por todo lado, na parte da frente do carro, atrás, em cada frincha... Como se não bastasse, as bestas danificaram também o rebordo onde encaixa a janela (provavelmente com um chave de parafusos). Levaram os óculos de Sol e uma pen/leitor de mp3; deixaram o auto-rádio (não percebi).

Mas não foi para falar do meu caso em particular, que escrevo isto. Gostaria de vos perguntar o que fazer a estes senhores se os apanhássemos em flagrante? Esta questão assaltou-me a mente várias vezes, e devo confessar que os meus pensamentos não foram bonitos. Mas adiante…

Estava eu a contar a um amigo o sucedido, quando ele me diz em tom de brincadeira, e passo a citar: “para esses cabrões era a cadeira eléctrica”. Eu respondi qualquer coisa do género: “eh pá, fiquei bastante frustrado, mas já passou”. Contudo, isto deixou-me a pensar… O que eu faria se apanhasse os meninos em flagrante? E não é que chego à conclusão do meu amigo, era mesmo a cadeira eléctrica! Ou como disse outro amigo meu numa outra situação: “era corrê-los todos a cianeto”!

Para aquelas pessoas que já estão a pensar: “oh pá, tu devias era mudar de amigos”, deixem-me explicar; nós estamos a falar de parasitas, inúteis, autênticos cancros da sociedade que, na minha muito sincera opinião, não merecem sequer que percamos tempo a olhar para eles. Nunca vão mudar e nem sequer o querem fazer. São uma praga e deveriam ser exterminados como tal…

Antes que a Juventude Hitleriana me envie uma ficha de inscrição para sócio, quero esclarecer que é obvio que não digo estas coisas para serem tomadas literalmente. Contudo, tenho de admitir que, entre a frustração que me causaram, despertaram em mim os pensamentos mais violentos de que sou capaz. Mas, caso fossem apanhados, deveriam sofrer uma pena menor (o que quer que esteja contemplado na lei); não concebo, em plena consciência, outro castigo.

Já desabafei, estava a precisar…

Modo de vida…

Quem anda atrás de amor e paz, não anda bem
Porque na vida quem quer paz, amor não tem
Seja o que for, sou mais o amor, com paz ou sem
Sei que é demais, querer-se paz e amor também
Já que se tem que sofrer, seja dor só de amor
Já que se tem que morrer, seja mais por amor
Vou sempre amar, não vou levar a vida em vão
Nem hei-de ver, envelhecer meu coração
Eu hei-de ter, ao invés de paz, inquietação
Houvesse paz, não haveria esta canção

(“De amor e paz” – Mart’nália – 2002)

Desporto no feminino


Esta reflexão é direccionada especialmente aos dirigentes de equipas desportivas femininas, mas também a todas as pessoas que de algum modo estão ligadas às vertentes femininas do desporto no nosso país. A prática desportiva é benéfica a vários níveis (físicos, biológicos, psíquicos, sociais...), portanto, aqui fica uma vénia para quem possibilita a prática desportiva a terceiros.

Mas vamos falar de desporto no feminino. Estou certo que um dos problemas que afecta as várias modalidades existentes é o pouco público que normalmente se verifica no desporto feminino. Parte está explicado pela tacanhez de algumas mentes que consideram estas variantes menos competitivas e espectaculares que as suas correspondentes no mundo masculino. Nada mais errado, devem andar distraídos. Contudo sinto-me incapaz de convencer estas pessoas do contrário e não pretendo sequer tentar, vão ver jogos...

O ponto que quero abordar é a responsabilidade dos dirigentes das “nossas meninas” neste problema. Vocês acham que fazem tudo o que está ao vosso alcance para levar mais público aos jogos femininos? Claro que não! Um destes dias fui ver um jogo de basquetebol feminino, e qual não é o meu espanto ao verificar que aquelas meninas usavam equipamentos compridos e largos. Mas será que só os dirigentes do voleibol e do ténis é que percebem? Deixem-me explicar com um exemplo: o Cristiano Ronaldo tem fintas fantásticas, e há pessoas que vão especialmente ao jogo para ver o seu talento, se ele não fizesse essas fintas, era apenas mais um; percebem?

As mulheres destacam-se dos homens, entre muitas outras coisas, pelas suas formas corporais; e o que é que nós fazemos, vamos masculiniza-las! Vocês conhecem algo mais belo que um corpo feminino? Porque é que os equipamentos femininos de basquetebol, andebol, hóquei em patins, entre outros mais, não são como os de voleibol ou ténis? Acham-se porventura, as meninas praticantes dessas modalidades, moralmente mais estruturadas que as do voleibol ou ténis? Porque será que estas duas modalidades têm mais adeptos? Deixo isto à vossa reflexão.

Para terminar, apenas uma nota às pessoas que já me estão a insultar de machista ou de deputado para baixo... Não perceberam nada, e de falsos moralismos estou eu farto. Bom desporto.

O Batô

Existem três certezas na vida: a morte, os impostos e o Batô. Passo a explicar… Todos sabemos que um dia vamos morrer, mais tarde ou mais cedo, por causas naturais ou não, a maldita virá.
Todos sabemos também que os impostos são garantidos, não vale a pena estrebuchar…
De igual modo, para quem procura música de qualidade num espaço único, pode contar com o Batô há já mais de 30 anos. Para quem não conhece (que vergonha…), o Batô é uma discoteca situada no centro do largo do Castelo em Leça da Palmeira.

O Batô não distingue entre música antiga e recente, entre o que está na moda e o que não está, apenas distingue qualidade, apresentando diversos estilos, dos mais antigos às novas tendências… U2, Nirvana, Pearl Jam, Cure, Clash e Talking Heads. Passando por Doors, Pixies, Violent Femmes, Queens of the Stone Age, Smashing Pumpkins, The Breathers, Xutos, e David Bowie. Não esquecendo Muse, Placebo, Iggy Pop, Björk, Moloko e Arcade Fire. A lista é infindável e a música magnífica!

O Batô é uma referência única na noite nortenha, uma sonoridade inigualável e a garantia de boa música. É obrigatório!

http://www.discoteca-obato.com/

sábado, 17 de março de 2007

Monogamia ou contradição da sociedade moderna?

No seguimento dos textos publicados neste blog, debruçamo-nos uma vez mais sobre um tema estruturante e que, estou certo, inclui-se no rol de preocupações do Homem moderno.

É prática corrente das sociedades ocidentais a adopção da monogamia como estilo de vida. Vamos então analisar esta temática. Eu poderei ter uma visão demasiado simplista, admito que sim, mas acredito com todas as minhas forças que o ser humano gosta de dificuldades e, se elas não surgirem espontaneamente, este inventa-as... Digam-me se a principal causa de divórcios não é a traição por parte de um, ou dos dois, cônjuges?

Nesta altura vejo-me forçado a fazer um aparte. O Homem é um animal e não há forma de contrariar a sua natureza, por muito que a igreja venha tentando há milhares de anos (devo admitir que me esforcei por não mencionar essa “fabulosa” instituição que rege o modo de vida de tanta gente, mas foi superior às minhas forças. Contudo garanto-vos que nem um milésimo da minha indignação exprimi; talvez numa próxima oportunidade). De forma a assegurar-me que não serei mal interpretado, devo salientar que sempre que refiro “Homem”, estou obviamente a mencionar a espécie humana, e não apenas o género masculino. Portanto, o Homem não vai deixar de se interessar por outros parceiros quer a nível emocional, quer sexual, trata-se de uma necessidade primária e como tal, impossível de contrariar.

Voltando então atrás, o problema não é a natureza do Homem, o seu comportamento, isso não se pode alterar; resta-nos a traição! Muito bem, se já identificamos o problema, falta solucioná-lo. Porque é que a traição é um problema? Porque nós dissemos que ela existia – é tão simples quanto isto. Sendo assim, vamos dizer que ela não existe e puff, está resolvido o problema. A monogamia é uma invenção para proteger pessoas com medo de não “molharem a sopa” caso o “mercado fosse liberalizado”. Deste modo a concorrência está restrita a um parceiro(a) e eles estão seguros de que também há-de chegar para eles…

As escapadelas sempre aconteceram, acontecem e continuarão a acontecer; eu espero não estar a ser demasiado “complicado” para certas pessoas com aversão às mudanças, senão, e para terminar, explico por palavras mais simples: o Homem nunca foi, não é e nunca será monogâmico.

quinta-feira, 15 de março de 2007

O decote ajuda, mas não faz um par de mamas…

Nos últimos tempos a minha atenção tem sido captada para uma problemática que parece passar-nos ao lado, principalmente às mulheres portuguesas, e que é de capital importância para o desenvolvimento moral da nossa sociedade.

Como já devem ter percebido, estou a falar de decotes e seios, perdão, de mamas, tetas; sim, porque a palavra “seios” desvia-nos para um contexto estritamente identificativo de uma parte do corpo humano, desprovido de qualquer luxúria, e não acredito que exista uma única mulher (exceptuando aquela tia solteira, muito temente aos ensinamentos divinos, apesar de deitar uns olhares lascivos ao sacristão, e que até tem uns terrenos, e como tal deve ser suportada, sob perigo de sermos excluídos da herança); como estava a dizer, uma única mulher que não goste de sentir que o seu decote é olhado com desejo, luxúria, de forma carnal, e que pensem de si: “tem umas belas mamas, umas tetas fabulosas”; e não apenas “uns seios”.

Mas não nos desviemos do assunto. Tenho vindo a reparar que aos primeiros raios de Sol que se seguem ao Inverno, o mulherio todo corre aos baús a buscar os decotados topes e outros pedaços de pano, que apesar de não ser capaz de os classificar como peças de roupa, muito me apraz visualizá-los em formosos corpinhos. Até aqui tudo bem; o problema surge a partir do momento em que não se verifica qualquer tipo de selecção, todo e qualquer ser portador de dois cromossomas X, acha-se no direito de nos enfiar pelos olhos dentro as suas protuberâncias peitorais.

Nesta fase tenho de dar uma explicação que poderá ter escapado aos mais distraídos, ou menos experimentados... Como é, ou deveria ser, do conhecimento público, o tamanho não importa para que umas mamas sejam consideradas boas. Existem tetas fabulosas de todos os tamanhos, resultando esta classificação de uma combinação de diversos factores, como a dureza, forma da mama, forma do mamilo, sensação ao toque, etc, etc, etc... Não sendo raras as vezes em que duas pequeninas “tangerinas” dão 10 – 0 a dois enormes e flácidos “melões”...

E após a verificação desta verdade absoluta, voltamos ao cerne da questão. O mulherio possuidor de não tão aprazíveis volumes acha-se no direito de igual exposição à das Deusas que nos povoam os sonhos, e se tivermos sorte, a cama... Vai daí, um soutien com armação, um bom decote e tá a enganar o pessoal!

É precisamente neste ponto que me sinto na obrigação de alertar os mais incautos, e lembrar-lhes que, por um par de tetas ficar bem, ou menos mal, num sugestivo decote, não quer dizer que o material tenha categoria, e como tal, nunca acreditem apenas naquilo que vêm, mas assegurem-se com o tacto da qualidade em causa. Esta é uma verificação devida e indispensável em qualquer caso.

Porque, o material tem a qualidade que tem, e não é por estar com melhor apresentação que a sua qualidade melhora, lembrem-se: o decote ajuda, mas não faz um par de mamas...
“Olhar para um decote é como olhar para o sol. Não se olha directamente. É muito arriscado. Dás um olhadela e então disfarças e olhas para outro lado.” (Jerry Seinfeld)