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terça-feira, 4 de dezembro de 2007

A nossa morena

“Olha que coisa mais linda, mais cheia de graça,
É ela menina que vem e que passa,
Seu doce balanço caminho do mar,
É moça do corpo dourado do sol de Ipanema,
O seu balançado é muito mais que um poema,
É a coisa mais linda que eu já vi passar”...

É precisamente esta última parte “É a coisa mais linda que eu já vi passar” que, apesar de eu saber que esta canção fala da mulher brasileira, me parece escrita de propósito para a moreninha portuguesa. Já viram coisa mais linda que a morena portuguesa? Eu não!

quarta-feira, 11 de julho de 2007

Uma má notícia nunca vem só

Hoje é um dia triste! Quando fui almoçar, ia no carro a ouvir rádio e recebi duas más notícias. No dia 08/08/2008 vão ser eleitas as “7 Beldades do Mundo” e o cd com a banda sonora da segunda série da Floribela já está em primeiro lugar no top de vendas.

Como é possível? As pessoas não têm mais nada que fazer? Não bastava a estupidez das 7 Maravilhas, agora também vão eleger as 7 Beldades? Para que percebam, as 7 Beldades não vão premiar a Monica Belluci, a Gisele Bündchen ou a Beyoncé. Não! É para escolher espaços naturais, florestas, montanhas, lagos, etc... Quando pensava que a estupidez humana estava no seu auge, eis que me surpreendem e vão um pouco mais além... Se fizerem o concurso equivalente para Portugal, proponho desde já alguns “espaços naturais” lusitanos como candidatos: Monsanto, Cova da Moura, Bairros de São João de Deus e do Cerco, as serras portuguesas depois dos incêndios de Verão, as casa de divertimento nocturno de Bragança, o aterro sanitário do Oeste, a sucata do Tone Jeco, o Rio Ave, as estradas de acesso ao interior do país, entre outros... Deixem sugestões aqui na Pontinha.

Há muito tempo que não falava da Floribela, mas tenho de abandonar esta paz de espírito e voltar a falar da Bolota. Então não é que o segundo cd da Menina das Fadinhas, que serve de banda sonora à segunda série, entrou logo para o primeiro lugar do top de vendas? Não consigo perceber. Já não percebia que as pessoas vissem a novela, mas aceitava, pois se nos abstrairmos da imbecilidade reinante e nos concentrarmos no decote da Bolota e no cabedal da Delfina, ainda dá para suportar uns 10 minutinhos... Agora ouvir o cd? Mas aquilo não tem imagens! Nem sequer tem a Delfina a sussurrar que vai aparecer de noite na minha cama com uma amiga, atar as minhas mãos à cabeceira e abusar de mim como se não houvesse amanhã... De qualquer forma fica a ideia de substituir as músicas do próximo cd da Floribela por frases ordinárias sussurradas pela Delfina... E boa música!

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Creamfields barracada

Este fim-de-semana fui ao Creamfields Lisboa, fui e não gostei. Já li várias críticas e reportagens sobre o festival, e todas elas positivas. Suponho que tenham sido escritas por jornalistas que tinham a sua comida no carro de reportagem, podiam utilizar as casas de banho do staff e entravam para as diversas tendas pelos bastidores, ou seja, não tiveram de suportar filas para nada!

Mas vamos do início. A ideia é muito boa, concentrar num espaço ao ar livre diversos tipos de música, um festival de verão diferente de todos os outros, com inúmeras tendas de dança, com música e ambiente para todos os gostos, desde praia artificial até uma esfera discoteca. Havia ainda actividades paralelas, como poder voar de balão ou jantar numa mesa suspensa a 50 metros de altura. Não faltava nada. Um espaço fantástico, uma extensão de terreno gigantesca ondulada, com erva, pinheiros, tudo muito bonito, para quem conhece, foi no Parque da Bela Vista. O palco principal com bastante espaço à frente, toda a gente conseguia ver os concertos. Li que estiveram cerca de 35 mil pessoas! Até aqui tudo bem.

Agora vêm as diversas atracções... Para cada tenda havia uma fila de 50/100 metros no mínimo (no mínimo mesmo), e parecia que não andavam, desencorajava qualquer um. Mas também é uma questão de matemática, temos 7 tendas de música, para além do palco principal, cada uma leva 200 a 300 pessoas, se temos 35 mil pessoas, ia dar barraca obviamente... Portanto, quem comprou o bilhete a pensar que ia experimentar tudo, voltou para casa com, no máximo, metade das tendas visitadas. Se não houvessem filas, um gajo com duas ou três tomas de extasie, uns cafés e umas aspirinas, talvez fosse capaz de passar por tudo. Agora com o desgaste físico e psicológico inerente à espera nas filas, para todos os sítios, era tarefa impossível, por mais químicos que utilizasse!

Mas isto ainda não acabou, guardei o melhor para o fim. Pouquíssimas casas de banho, daquelas verdes, bonitas. Imaginem 20 minutos à espera com aquele cheiro característico. Lindo... Melhor ainda foi a comida, meia dúzia de roulottes (se estou a cometer algum exagero quando digo meia dúzia, é por excesso, não tinha mais de 6, garanto). Agora imaginem 35 mil pessoas cheias de fome e cansadas... Estive 90 minutos a ser esmagado para conseguir tirar senhas e comer alguma coisa. Já sabem como é, encontrões, cotoveladas, ninguém se respeita, ânimos exaltados, foi muito mau mesmo.

Pensei que pelo menos ia ver um bom concerto de Placebo, motivo que me levou a ir lá em primeiro lugar. Não senhor, não eram a banda principal. Tocaram menos de uma hora, sempre a despachar, passei mais tempo na barraca dos cachorros do que a ver Placebo... Desilusão completa. Agora do fundo do coração, uma mensagem para a organização do festival. Para o ano mantenham toda a ideia original, mas considerem estes dois conselhos: Primeiro – em termos de espectáculo, em vez de uma tenda de cada tipo, coloquem duas ou três, ou então imponham um limite ao número de pessoas a admitir, não hipotequem todo o evento por causa de lucro fácil. Segundo – em termos de humanidade, coloquem 10 vezes mais casas de banho e roulottes de comida em relação a este ano, tenham piedade.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

A nossa música

Gostava de divagar hoje pela música portuguesa, mas não uma música qualquer, por um cantinho muito especial que considero estar, em termos de criatividade, entre um aterro e uma lixeira a céu aberto… Neste cantinho incluo 4 referências maiores da melodia nacional, nada mais nada menos que Delfins, Paulo Gonzo, UHF e João Pedro Pais. Por esta altura já perceberam que vamos falar de qualidade. Custa-me excluir outros nomes valorosos que têm igual mérito para figurar nesta lista, contudo estes tocam-me de forma especial...

Gostaria de vos tentar descrever o que sinto quando ouço algum destes intérpretes maiores da palavra lusa. Eu penso que a sensação é mais ou menos a mesma de respirar até à morte gases venenosos, com a agravante que o envenenamento cerebral por “música” se pode repetir várias vezes! Primeiro sinto um enjoo leve, que vem de dentro e rapidamente alastra a todo o meu corpo (é impressionante a rapidez com que todo o corpo é afectado), o mal-estar, as entranhas reviram-se-me; de seguida vêm os vómitos e as falhas respiratórias, parece que ardem os pulmões. Segue-se o descontrolo muscular e consequente perda de locomoção, espasmos, convulsões e por fim, desmaio. Não se crê que possa levar à morte, mas existem casos relatados de um lento, mas progressivo atrofiamento cerebral, na maioria das vezes com danos irreversíveis.

Nestas alturas, desejo sempre ter, também para aplicar às rádios, o tal poder da censura a nível nacional que referi para as televisões no texto anterior... Boa música!

sexta-feira, 23 de março de 2007

Modo de vida…

Quem anda atrás de amor e paz, não anda bem
Porque na vida quem quer paz, amor não tem
Seja o que for, sou mais o amor, com paz ou sem
Sei que é demais, querer-se paz e amor também
Já que se tem que sofrer, seja dor só de amor
Já que se tem que morrer, seja mais por amor
Vou sempre amar, não vou levar a vida em vão
Nem hei-de ver, envelhecer meu coração
Eu hei-de ter, ao invés de paz, inquietação
Houvesse paz, não haveria esta canção

(“De amor e paz” – Mart’nália – 2002)

O Batô

Existem três certezas na vida: a morte, os impostos e o Batô. Passo a explicar… Todos sabemos que um dia vamos morrer, mais tarde ou mais cedo, por causas naturais ou não, a maldita virá.
Todos sabemos também que os impostos são garantidos, não vale a pena estrebuchar…
De igual modo, para quem procura música de qualidade num espaço único, pode contar com o Batô há já mais de 30 anos. Para quem não conhece (que vergonha…), o Batô é uma discoteca situada no centro do largo do Castelo em Leça da Palmeira.

O Batô não distingue entre música antiga e recente, entre o que está na moda e o que não está, apenas distingue qualidade, apresentando diversos estilos, dos mais antigos às novas tendências… U2, Nirvana, Pearl Jam, Cure, Clash e Talking Heads. Passando por Doors, Pixies, Violent Femmes, Queens of the Stone Age, Smashing Pumpkins, The Breathers, Xutos, e David Bowie. Não esquecendo Muse, Placebo, Iggy Pop, Björk, Moloko e Arcade Fire. A lista é infindável e a música magnífica!

O Batô é uma referência única na noite nortenha, uma sonoridade inigualável e a garantia de boa música. É obrigatório!

http://www.discoteca-obato.com/