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segunda-feira, 24 de dezembro de 2007

Shopping em família

Hoje é dia 24, o dia ideal para falar dessa bela tradição portuguesa de nos enfiarmos com a família num centro comercial ao fim-de-semana. Algum de vocês já experimentou aproximar-se nestes últimos dias do Norte Shopping? A menos a tenham um veículo cheio de nitroglicerina e intenções de requisitarem as vossas 7 virgens imediatamente, não tentem… Mais uma vez me apercebo que vivo numa família disfuncional; porque é que os meus pais não me levam ao shoppping ao domingo? Nos últimos fins-de-semana os meus pais têm ido passear sozinhos para o interior do país ou então ficam com os filhos em casa à lareira; eles não sabem aproveitar a vida, gostaria que desfrutassem de um bom centro comercial ao fim-de-semana… Pai, se estás a ler isto, pega na mãe no próximo domingo, nas minhas irmãs e em mim e vamos todos para o Norte Shopping! Vamos à hora de almoço e voltamos à noite, aproveitamos e almoçamos e jantamos lá. Muito gosto eu de ver aquelas famílias inteiras, de roupa nova (ou fato de treino Reetruck), a enfardarem hambúrgueres do McDonalds. Isto sim, é estreitar os laços que os unem na procura da partilha de algo comum (provavelmente uma brucelose ou uma encefalopatia espongiforme)…

Adiante! Concluo portanto que, para a maior parte dos portugueses, tão natural como comer rabanadas no Natal, é andar a puxar a Leninha e o João Vitor por um braço no meio do centro comercial num domingo à tarde. Tão tradicional como a árvore de Natal, é andar no Norte Shopping cheio de sacos com a mulher, os 3 filhos e a sogra num feriado. Tão desejado como reunir toda a família na época natalícia, é comprar as prendas de véspera, com a família toda presente e depois de ter andado 45 minutos à procura de estacionamento num centro comercial a abarrotar de gente aos berros… Viva o espírito de Natal à moda portuguesa!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Evolução mascarada

Estamos em dezembro, época natalícia, por isso vamos falar do Carnaval! Quando eram crianças, quantos de vocês se vestiam de vilões no Carnaval? Nenhum provavelmente... Pelo menos no meu tempo era assim; Super-Homem, Batman, Robin dos Bosques, Fada, Princesa, Enfermeira, Xerife, Índio... Na adolescência as coisas já são diferentes, metade dos miúdas abandonam os heróis e preferem um Darth Vader, Lobisomem, Frankenstein, Vampiro, Bruxa... Na idade adulta a reviravolta é completa, já não se encontra um único herói, mantêm-se os Monstros, Darth Vader, Bruxas, etc, mas principalmente surgem as p****! Não digo literalmente (essas também que não é por ser Carnaval que vão meter férias), mas refiro-me a pessoas fantasiadas de mulheres da vida, freiras lascivas, enfermeiras (mas enfermeiras diferentes daquelas que apareciam na escola primária, estas costumam surgir com mais frequência em alguns canais por cabo de língua castelhana e de horário nocturno), professorinhas (daquelas que também costumam aparecer nos mesmos canais por cabo), etc e tal...

Associando estes factos a alguma psicologia básica e analisando a natureza humana podemos tirar algumas conclusões. A primeira é a mais simples e directa, quando somos crianças queremos salvar o mundo. Quando somos jovens estamos naquele eterna luta entre o bem e o mal, questionamos tudo, sem sabermos quais as opções acertadas, queremos entender o mundo. Quando somos adultos, já com alguma experiência de vida, não pensamos em salvar o mundo, nem sequer em entender o mundo, queremos apenas fo**-**.

Bom Carnaval… Cheio de prendinhas… E rabanadas… E mexidos… E bacalhau…

segunda-feira, 3 de dezembro de 2007

Luzinhas que piscam

Saudações natalícias! Estamos em Dezembro e o mesmo é dizer que somos obrigados a levar pelos olhos dentro em todo o lado com motivos de Natal, enfim, incentivos ao consumo de toda a espécie. Montras, presépios, música ambiente (o que eu vos podia falar sobre a música ambiente da época natalícia e o quanto esta desperta em mim aquele sentimento, que julgamos não possuir, de fundamentalista islâmico com vontade de reclamar imediatamente as 7 virgens a que tem direito contra alguma esplanada cheia de dondocas com saquinhas enfeitadas com neve e onde se ouvem esses melodiosos incitamentos ao genocídio)...

Mas hoje vamos falar de iluminações de Natal! Sabem, aquelas que enfeitam as ruas das nossas cidades, aquelas que fazem um belo conjunto com as musiquinhas... Na minha cidade, os inteligentes senhores camarários que decidem estas coisas, este ano lembraram-se de colocar luzes azuis fluorescentes (não sei se percebem de que tipo de luz estou a falar, é uma espécie de luz negra-azul-fluorescente-radioactiva-de-discoteca). É maravilhoso ver as avenidas com aquele brilho radioactivo, até o edifício da Câmara Municipal está iluminado da mesma forma. Parece que a cidade acabou de sofrer um acidente nuclear de grande escala e as autoridades do poder central ainda não tiverem tempo de vir limpar tudo com uns quilinhos de Napalm...

Quem será que toma estas decisões? Eu sei que a Instituição Camarária deve dar o exemplo no que se refere a igualdade de direitos de empregabilidade para as pessoas com qualquer tipo de incapacidade, por exemplo, os invisuais; mas não os deviam deixar escolher as cores dos enfeites de Natal... Eu não vou representar Portugal no festival da canção, pois não? (Se bem que os que lá vão...); O Eusébio não andava a fazer rendas de bilros, a Amália não tentou ser ponta-de-lança da Selecção (mas o Nuno Gomes tenta...), o Carlos do Castro e o Cláudio Ramos não se fazem passar por homens, o governo não anda a brincar com o dinheiro dos portugueses... Tudo bem, este último exemplo foi infeliz, mas a questão é que cada um deve fazer aquilo que sabe e não se deve meter de forma alguma naquilo para que não tem jeitinho nenhum.

Fica aqui o conselho. E quem estiver a pensar no suicídio ou homicídio massificado, mas andar com falta de coragem e estiver a precisar de um empurrãozinho, vá até Famalicão que encontra a motivação que precisa...

sexta-feira, 15 de junho de 2007

Marchas carnavalescas

Viva o Santo António e as sardinhas
Viva o português festivaleiro
Lisboa cheia de bundinhas
E de samba brasileiro

Pois é, ontem estava eu a jantar e, como continuo heroicamente a resistir meter TV por cabo, e já se sabe que a oferta dos nossos 4 canais é boa e variada, pus-me a ver as marchas de Santo António em Lisboa, apresentadas pela Merche Romero e pelo Malato. Ligo o canal 1 e, qual não é o meu espanto, está a Daniela Mercury a desfilar e a cantar à frente da escola de samba de São Salvador da Baía, ao que eu disse em voz alta: “Oh mãe, passa-me o sal por favor”, logo seguido de um: “Tu queres ver que estamos em Fevereiro?”

A minha mente foi assaltada por dezenas de questões, mas se excluirmos as que envolvem a Merche Romero despida, sobra-me uma: “Quem é que organizou este Carnaval de Lisboa?” (ou devo dizer “Estas marchas populares do Rio de Janeiro?”). Não sei quem foi, mas tenho de lhes dar os parabéns... Foi uma ideia genial trazer o samba para os nossos santos populares. Proponho já aqui para o São João do Porto a Ivete Sangalo e a Escola de Samba de Pernambuco e para o São Pedro da Póvoa de Varzim, os Canta Baía com a Escola de Samba de Mato Grosso do Sul. Mas não deixem morrer tanta criatividade, não parem por aqui, vamos falar das vestimentas... Estão a ver aquelas saias compridas e largas, vamos dar alguma vivacidade aquilo. Que tal em vez de tecido usar umas plumas? E em vez de envolverem a parte inferior do corpo das mulheres, colocá-las na cabeça e nos braços? Mais ainda… Esqueçam o vinho e as sardinhas; caipirinhas e picanha para toda a gente…

Peço às pessoas que organizaram este ano as marchas de Santo António em Lisboa, o favor de contactarem este blog, pois tenho comigo algumas propostas de organização de eventos que lhes poderão interessar, mormente e nomeada (mas que bela expressão, tinha de arranjar forma de a incluir neste texto…): “O 27º Festival da Alheira de São Paulo”, “A 13ª Feira do Queijo Limiano de Buenos Aires” e “O Festival do Fumeiro de Petrópolis”. Vivam os santos populares!

Perna grossa, bunda boa
E muita picanha no prato
Assim foram as marchas de Lisboa
Com a Merche e o Malato

Para continuar a animar a malta
Neste espírito de Carnaval
Vendo bem, já só falta
Um samba como hino nacional

segunda-feira, 21 de maio de 2007

Creamfields barracada

Este fim-de-semana fui ao Creamfields Lisboa, fui e não gostei. Já li várias críticas e reportagens sobre o festival, e todas elas positivas. Suponho que tenham sido escritas por jornalistas que tinham a sua comida no carro de reportagem, podiam utilizar as casas de banho do staff e entravam para as diversas tendas pelos bastidores, ou seja, não tiveram de suportar filas para nada!

Mas vamos do início. A ideia é muito boa, concentrar num espaço ao ar livre diversos tipos de música, um festival de verão diferente de todos os outros, com inúmeras tendas de dança, com música e ambiente para todos os gostos, desde praia artificial até uma esfera discoteca. Havia ainda actividades paralelas, como poder voar de balão ou jantar numa mesa suspensa a 50 metros de altura. Não faltava nada. Um espaço fantástico, uma extensão de terreno gigantesca ondulada, com erva, pinheiros, tudo muito bonito, para quem conhece, foi no Parque da Bela Vista. O palco principal com bastante espaço à frente, toda a gente conseguia ver os concertos. Li que estiveram cerca de 35 mil pessoas! Até aqui tudo bem.

Agora vêm as diversas atracções... Para cada tenda havia uma fila de 50/100 metros no mínimo (no mínimo mesmo), e parecia que não andavam, desencorajava qualquer um. Mas também é uma questão de matemática, temos 7 tendas de música, para além do palco principal, cada uma leva 200 a 300 pessoas, se temos 35 mil pessoas, ia dar barraca obviamente... Portanto, quem comprou o bilhete a pensar que ia experimentar tudo, voltou para casa com, no máximo, metade das tendas visitadas. Se não houvessem filas, um gajo com duas ou três tomas de extasie, uns cafés e umas aspirinas, talvez fosse capaz de passar por tudo. Agora com o desgaste físico e psicológico inerente à espera nas filas, para todos os sítios, era tarefa impossível, por mais químicos que utilizasse!

Mas isto ainda não acabou, guardei o melhor para o fim. Pouquíssimas casas de banho, daquelas verdes, bonitas. Imaginem 20 minutos à espera com aquele cheiro característico. Lindo... Melhor ainda foi a comida, meia dúzia de roulottes (se estou a cometer algum exagero quando digo meia dúzia, é por excesso, não tinha mais de 6, garanto). Agora imaginem 35 mil pessoas cheias de fome e cansadas... Estive 90 minutos a ser esmagado para conseguir tirar senhas e comer alguma coisa. Já sabem como é, encontrões, cotoveladas, ninguém se respeita, ânimos exaltados, foi muito mau mesmo.

Pensei que pelo menos ia ver um bom concerto de Placebo, motivo que me levou a ir lá em primeiro lugar. Não senhor, não eram a banda principal. Tocaram menos de uma hora, sempre a despachar, passei mais tempo na barraca dos cachorros do que a ver Placebo... Desilusão completa. Agora do fundo do coração, uma mensagem para a organização do festival. Para o ano mantenham toda a ideia original, mas considerem estes dois conselhos: Primeiro – em termos de espectáculo, em vez de uma tenda de cada tipo, coloquem duas ou três, ou então imponham um limite ao número de pessoas a admitir, não hipotequem todo o evento por causa de lucro fácil. Segundo – em termos de humanidade, coloquem 10 vezes mais casas de banho e roulottes de comida em relação a este ano, tenham piedade.

segunda-feira, 14 de maio de 2007

Queimus terminus est

Infelizmente é verdade! Assim como o Eusébio já não marca 4 à Coreia, nem a Brigitte Bardot cavalga nua pela praia, também a Queima das Fitas do Porto terminou, pois tudo que é bom tem um fim. Mas este blog esteve presente. Podemos não ter um correspondente no Iraque, na palestina ou mesmo na Bela e o Mestre, mas na Queima estivemos lá.

Vou começar por destacar três aspectos positivos; em primeiro lugar a pontualidade dos concertos, o que permitia que quem quisesse ir embora no final dos ditos deixasse mais espaço para aqueles que chegavam às 2:00 da manhã e praticavam a nobre arte de fazerem questão de só sair, sob protesto, quando os senhores de farda, cacetete e mau feitio “varriam” o recinto às 6:00 da manhã… Em segundo lugar a tenda de jazz. Tenho de dar os parabéns à FAP pela ideia, espero que seja para continuar nos próximos anos. Para quem não sabe o que é, trata-se de uma tenda com alcatifa e puffs para o pessoal estar sentado e, quando terminassem os concertos no palco principal, começava um concerto de jazz na dita tenda. Muito bom mesmo. Por último temos os transportes. Nunca pensei vir a elogiar os transportes públicos do Porto, muito menos durante a semana da Queima, mas de facto gostei dos horários e da coordenação entre os autocarros e o metro, que cobriam toda a cidade durante toda a noite. Parabéns!

Mas a vida não são só flores, álcool e drogas leves... Infelizmente continuam a existir aquelas roullotes de tiro aos patos, ou às latas ou ao boneco, para ganharem uma garrafa de champanhe quente; para já não falar dos carrinhos de choque, sítio privilegiado de reunião de gunas... Apareceu por lá também uma barraca do KFC!? Então como é? O pessoal do INEM não tem já trabalho suficiente? Quando recebem um gajo semi afogado no próprio vómito, não lhes basta terem de perceber se foi álcool, droga ou as duas coisas juntas, como agora também passa a haver a possibilidade de intoxicação alimentar? Vamos respeitar o trabalho das pessoas!

O que continua igual aos anos anteriores são as casas de banho. Vou-vos dizer uma coisa, utilizar uma casa de banho da Queima no último dia é qualquer coisa que se situa, em termos de coragem (ou burrice), entre ir nadar com tubarões quando se está com o período e renovar contrato com o Fernando Santos. São rios de urina a escorrer daqueles cubículos verdes, e o cheiro meus amigos, o cheiro... Penso que há quem apanhe uma jarda propositadamente para conseguir entrar naquelas casas de banho.

Termino com duas coisas boas, os pães com chouriço continuam divinais (apesar do preço – 2,5 €, 500 paus, chulos!) e as nossas universitárias estão cada vez mais bonitas. Alegrum cerevisiae est Super Bockum, cannabis et mulherum, vate sempris allea Queimus Portucalis.

quinta-feira, 10 de maio de 2007

Baby Boom

Recebi um telefonema do homem que manda nisto tudo! Não, não foi do Eng. Belmiro de Azevedo, foi de outro Eng.… Quer dizer, foi de outro senhor… Já devem ter adivinhado, foi do nosso 1º, o Zé Sócrates. Não foi bem ele quem me telefonou, foi mais o assessor do assessor de um adjunto do assessor do secretário de estado de qualquer coisa… Mas é como se tivesse sido o Zé! O homem disse-me assim: “Oh pá, visto que o vosso blog se tornou na maior referência dos nossos políticos, até o Professor Marcelo o consulta, não queres escrever semanalmente qualquer coisinha a dizer bem do nosso governo?”. Ao que eu respondi com ar indignado: “Estou indignado!”. E continuei: “Este é um espaço sério e digno, que se dedica a expor e comentar os mais importantes assuntos da actualidade e nunca nos venderemos. Jamais!”. Ao que ele respondeu: “E por 200 euros?”. O meu tom de indignação subiu e retorqui: “O quê? Nem pensar!... 250… Para cada um…”. O homem aceitou e eu estou quase a escrever o primeiro desses textos, mas ainda não vai ser este…

Depois de escrever a introdução mais longa e disparatada da história deste blog, chega a altura de falar sério. Após uma rigorosa pesquisa no terreno, durante a qual estivemos quase sempre sóbrios, chegamos à conclusão que o maior Baby Boom anual da região do Porto se verifica 9 meses após a Queima das Fitas! O que é que isto significa? Duas coisas. Os nossos jovens vão para a Queima, as hormonas fervilham, eles entusiasmam-se, ficam a dormir fora de casa, beberam uns copos, perderam os preservativos quando baixaram as calças naquele brinde colectivo e já se sabe, Queima sem Quim Barreiros e uma experiência sexual (de preferência não em simultâneo), é como ser Reitor da UNI e não fazer tráfico de diamantes! Não soa bem…

Mas atenção que este não é o único motivo. Se os meninos ficam fora de casa, os pais ficam sozinhos em casa. Apanham-se sozinhos, as hormonas fervilham, eles entusiasmam-se, a pílula até tinha acabado e as coisas acontecem… Depois nascem os sobrinhos e os tios no mesmo dia.

Tempo de reflexão! Numa altura em que a população envelhece, em que há cada vez menos bebés a nascerem, em que se incentivam os jovens a terem mais filhos, etc.… O que dizem fazermos duas Queimas por ano? Pensem bem, era perfeito, vêm algum contra? Eu pessoalmente não vejo nenhum, e caso esta ideia avance, serviria também para demonstrar que os nossos jovens não pensam só em copos, mas tentam resolver activamente os problemas estruturais do nosso país. Mais uma vez boa Queima e boas actividades paralelas.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Queima das Fitas

Não está vivo, não tem mosca, tu não queres, tu também não, vai a cima, vai a baixo, vai ao centro e vai para dentro… É isso mesmo, já chegou a Queima! E eu não ando na universidade… Há já 4 anos… Ainda não me mentalizei completamente, mas o meu psicólogo diz que estou no bom caminho. Sendo assim, e enquanto pago ao homem para ele me convencer que já terminei o curso, continuo a ir à Queima, porque a Queima é um estado de espírito, e eu ainda devo estar nessa onda…

Este texto é dirigido àqueles que vão este ano pela primeira vez à Queima das Fitas. Antes de mais têm de ter noção que a semana da Queima é a melhor semana do ano inteiro e a vossa vida deve ser organizada em função dessa semana. Quem disser o contrário está completamente desfasado da realidade e vocês têm legitimidade para lhe dar um par de quatro estalos (caso o indivíduo em questão não seja maior que vocês, obviamente). Outra coisa importante, são aqueles pensamentos que por vezes nos assaltam, do género: “Não vou uma ou duas noites, lá para o meio da semana, que é para descansar”. Só pode ser brincadeira, mas é que nem pensar. Podes descansar durante o dia, mas faltar uma noite da Queima, isso nunca, é sacrilégio. Sabias que há pessoas que metem férias no emprego para poderem ir? E tu queres faltar? Ganha juízo!

Mas adiante. Outro ponto importantíssimo é o preço das bebidas; tens de te abastecer com moedas, das pequeninas, e quando te pedirem 9 euros, tens de negociar até conseguires que aceitem 9 moedas, não te contentes com menos, de outra forma estás a ser roubado… Nunca, mas nunca fiques de fora de uma rodada, brinde, etc., e se algum amigo teu o quiser fazer, é teu dever dissuadi-lo… Se quiseres podes ir aos concertos, mas não são obrigatórios, contudo deves assistir a pelo menos um, ou parte de um, por cada Queima. Obrigatório é comer um pão com chouriço por volta das 4 da manhã, regressas às barraquinhas, mais uma rodada, e bora lá uma horinha para a tenda de dança…

Se não foi desta que conheceste a tenda do INEM, não te preocupes, ainda tens mais 7 noites! Para o regresso, não aconselho carro. Se não moras no Porto, fica em casa de um amigo. Vai de autocarro e sempre que encontrares pessoas que estão a ir para os empregos, afinal são 7 da manhã, tenta perceber o que estarão a pensar enquanto olham para ti com ar de quem tem algo entalado no rabo. Boa Queima!

sexta-feira, 16 de fevereiro de 2007

Freibierfest - festa anual da cerveja de graça.

A saber: na última sexta feira do mês de Junho, decorre em Freising (Alemanha), a cerca de 30km de Munique, entre as 17h e as 2h (às vezes acaba mais cedo, depende do ritmo a que se bebe) a festa da cerveja de graça. Mesmo em frente a "Mensa" ou refeitorio, da Fachhochschule Weihenstephan, Freising (Campo Universitário da Weihenstephan), nas mesas com bancos corridos, em que qualquer pessoa se pode sentar e conviver, acontece magia. Em segundos, uma data de desconhecidos com farda tirolesa brindam e bebem como amigos de longa data, cantam-se as músicas tipicamente bavaras ao som da banda, brindam novamente, convivem, e no entretanto vão comendo da que, para mim, é a melhor carne de porco da Europa...regada com a melhor cerveja do Mundo.