quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Como é qu’é estar casado? – by Muska

O home começou por dezer: “Eu não quero cá confusões…” Olhou em redor e continuou: “Eu depois escrevo um dia destes”. “Depois o c...” – Exclamou alguém. Ele tinha entrado com ar de quem domina a cena, camisinha à chefe de família; o miúdo estava mudado, sim senhor… Atentem no pormenor, CAMISA POR DENTRO DAS CALÇAS!!! Esta eu não esperava. Então e as calças 7 ou 8 números acima? As sweats de capuz com o boneco a dizer “Xupa-mos…”? As sapatilhas (ou ténis para quem vive a sul do Mondego – reparem na universalidade deste blog) vermelhas e pretas com atacadores branco sujo? Os boxers com a bandeira do Togo 10 a 15 cm acima das calças? A mochila com as alças compridas ao máximo? Onde está o nosso moço?

Então sempre é verdade, o casamento muda um home… E o nosso Muska já mudou! (off the record: cá para mim foi só no vestir).

De qualquer forma já foram dois; ficam a faltar os resistentes, três portugas, o basco e o germânico. Vive la Résistance!

Scolari vs Zequinha

Para quem não anda por dentro do nosso futebol mais jovem passo a explicar que o Zequinha é um miúdo de 19 anos que pertence ao F. C. Porto, mas que está a fazer o seu 1º ano como atleta sénior ao serviço do Penafiel. É avançado e joga também na Selecção Nacional de sub-19, ou jogava...

O último Campeonato Mundial de sub-19 realizou-se no Canadá e Portugal marcou presença com uma brilhante prestação, situada algures entre um Togo e umas Ilhas Faroé (aproveito para mandar os parabéns ao Couceiro pelo brilhante trabalho à frente das nossas selecções mais jovens, e em especial neste mundial de sub-19). No nosso último jogo nesta competição, com o Chile e no qual apenas perdemos por 1-0 (digo “apenas” porque quem viu o jogo percebeu que podíamos ter levado 4 ou 5 sem favor nenhum), mas dizia eu, neste último jogo, já perto do final da partida, um jogador luso (Manu) tem uma entrada “a matar” e, como não estava a jogar em Portugal, foi expulso. Ora quando o árbitro pegou no cartão vermelho e se preparava para o mostrar ao Manu, veio o Zequinha e, num gesto impensado, tirou o cartão da mão do árbitro, ficando com uma cara inocente e de quem não estava a perceber muito bem o que tinha feito. A situação é caricata e engraçada, mas não tem nada de violento. Contudo não deixa de ser um acto de indisciplina e foi também ele expulso. O miúdo de 19 reconheceu o erro e pediu desculpas. A FIFA deu-lhe um castigo à altura da situação (2 ou 3 jogos de suspensão). Mas a Federação Portuguesa de Futebol (FPF), na sua cruzada de defesa da moral e bons costumes, decidiu suspender por um ano um miúdo de 19 anos que teve um acto irreflectido, mas não violento, e que teve a coragem de admitir que errou. Palmas para o Sr. Madaíl!

Mais recentemente tivemos o famoso soco do Sr. Scolari no jogador da Sérvia. As diferenças em relação ao caso do Zequinha, foram que o Scolari agrediu o outro interveniente, não admitiu o erro e não pediu desculpas. A FIFA (por intermédio da UEFA por se tratar de um jogo europeu) penalizou o nosso seleccionador com apenas 4 jogos (obviamente um castigo bastante leve tendo em consideração a situação), na minha opinião por se tratar de um treinador campeão do mundo e da Selecção Portuguesa, que também já tem o seu peso no futebol internacional. Depois veio a reacção da FPF; ficaram indignados e acharam o castigo injusto, recorreram e reduziram a suspensão para 3 jogos.

Concluindo, se tiveres 19 anos precisas dar o exemplo, mas se tiveres 60 e tal não! Se não agredires ninguém deves ser castigado, mas se agredires não! Se tiveres a coragem de admitir o erro e pedires desculpas deves ser castigado, mas se não o fizeres deves passar impune ou talvez receber um louvor! Uma grande salva de palmas para o Sr. Madaíl!

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Voando sobre um ninho de cucos

Vamos ter um aeroporto novo! Pelo menos é o que dizem, se conseguirem chegar a acordo quanto à sua localização; pode ser que avance mesmo.

Quando eu era criança e estava a brincar aos carrinhos com os meus amigos, aquilo era coisa séria, construíamos de tudo; garagens, auto-estradas, vias urbanas, pontes, aeroportos... Mas não era de forma aleatória; após rigorosos estudos que duravam cerca de 2 a 3 minutos e que terminavam com a imposição da vontade do mais forte, lá decidíamos quem seriam os responsáveis pelas diversas construções, quais as melhores localizações e quem ia conduzir a betoneira. Vejo-me obrigado a usar novamente a palavra “rigoroso” pois aquilo era muito sério, qualquer erro poderia resultar na necessidade de irmos roubar outro tijolo, ou de se ter de refazer a avenida principal da “nossa” cidade. Já para não falar nos carrinhos, que cada um custava 25 escudos e a crise já se fazia notar, pois o Manel não arranjava mais que um bocado de madeira com umas rodas de cortiça com a inscrição “Datsum 1100” na lateral. Eram outros tempos...

Como devem perceber fico contente com tudo o que se passa à volta da construção do novo aeroporto e do rigor do nosso governo; há muito tempo que não via uma recriação tão fiel das minhas brincadeiras de criança. Existem 348 estudos de técnicos especializados que defendem que a Ota é a melhor opção por todos os motivos e mais algum, mas por outro lado há os 352 estudos de técnicos especializados que provam claramente que Alcochete tem mais vantagens. Devo dizer que estou um pouco confuso, mas não devemos desprezar o facto de que Alcochete ganha por 4 estudos...
Só para terminar, gostaria de referir que encomendei um estudo a uma equipa de técnicos altamente especializados (o Tone Quim e a mulher, que fazem uns biscates lá no bairro na área da construção cívil, canalizações e corte e costura), pelo valor de 25 euros e uma grade de minis, tendo já o resultado em minha posse. Este estudo indica claramente que a melhor localização para o novo aeroporto seria no meu quintal, ao fundo, entre o feijão-verde e as cenouras. Seria sem dúvida muito útil para o meu bairro em geral e para minha família em particular. Deixo isto à consideração do nosso governo...

Nous sommes retourné

Saudações pesarosas. É com o coração numa mão e um copo de Porto na outra que vos escrevo. Após longos meses de ausência neste vosso espaço de orgasmo espiritual, de tal modo que algumas das nossas assíduas leitoras, em tenebroso acto de desespero, chegaram mesmo a contrair matrimónio… Enfim, acho que não era para tanto...
Estamos de volta! É isso mesmo, depois de uma ausência sentida (eu sei que sim...) durante quase todo o Verão, a direcção deste blog reuniu-se e decidiu um regresso em força. Movidos pela imensa e abnegável vontade de continuar a constituir um farol no marasmo negro da vida quotidiana do país de Camões, Camilo, Eça, Herculano, Agustina... Cláudio Ramos, Floribela, José Castelo Branco, Carlos Castro...

Jurámos um voto jurado de publicar as nossas pérolas com uma maior frequência e de forma ininterrupta (eu sei que já assumimos este compromisso antes, mas como diria o puto de 6 anos lá da rua: “Desta vez é mesmo a sério”).

Com este pacto de sangue pretendemos tranquilizar igualmente as centenas de fãs femininas que nos enviaram cartas manchadas pelo desespero lacrimejante de quem vê ruir o pilar estruturante de toda uma ideologia que era a sua.

Com sentidas desculpas por tão vil ausência me despeço, com a garantia da prontidão deste regaço sempre presente para um pouco de mimo. Um até breve.

domingo, 4 de novembro de 2007

Se pudesse apagava-te do meu vocabulário

“Amo-te”, ah palavra maldita. Questiono-me se terá ela algum efeito relaxante, afrodisíaco ou extasiante na mulher? Porque será assim tão importante dizê-lo e em algumas situações, quando apanhamos daquelas bem bizarras, repeti-lo vezes sem conta antes durante e depois do acto sexual, ou de se fazer "o amor"?

Analisando bem a situação, já não basta o que nos fazem passar para conseguirmos o que queremos, e que no fundo não é diferente em nada do que elas querem, mas elas gostam sempre de complicar, de enredos floreados, de tornar as coisas, aos seus olhos mais românticas, intensas e sentimentais, aos nossos mais lamechas e decadentes.

Estudos científicos efectuados em Universidade de renome nos Estados Unidos da América, mostraram, que a perda de erecção no homem está directamente relacionada com a repetição dessa palavra quer por parte deste quer por parte da mulher. Por outro lado, foi igualmente mostrado que o facto de a ouvirem, não provoca nas mulheres qualquer alteração, qualquer mais valia na perseguição doentia pelo orgasmo daquela hora.

Então se assim é, porque nos pedirão elas para dizê-lo (realmente já me começa a deixar com náuseas só de pensar). Na verdade, elas são maquiavélicas, cínicas, manipuladoras e vingativas. Esta vertente da espécie humana, denominada mulher, não gosta do ser que preenche o quadro, aquele ser altivo, verdadeiramente belo em todos os sentidos, portento de força, vontade, inteligência e que realmente é capaz de por o Mundo a girar no sentido certo (não, não sou homossexual, nem tão pouco tenho problemas com a minha sexualidade mas há verdades que têm de ser ditas), por outro lado tem essa fatalidade, espécie de chaga ou cruz, de não conseguirem viver nem procriar sem que lá metamos o dedinho, passo a redundância. E sendo assim, usam e abusam destas situações surreais para nos fazerem sentir que sem elas o quadro fica preenchido mas perde a sua cor e brilho...