segunda-feira, 14 de maio de 2007

Queimus terminus est

Infelizmente é verdade! Assim como o Eusébio já não marca 4 à Coreia, nem a Brigitte Bardot cavalga nua pela praia, também a Queima das Fitas do Porto terminou, pois tudo que é bom tem um fim. Mas este blog esteve presente. Podemos não ter um correspondente no Iraque, na palestina ou mesmo na Bela e o Mestre, mas na Queima estivemos lá.

Vou começar por destacar três aspectos positivos; em primeiro lugar a pontualidade dos concertos, o que permitia que quem quisesse ir embora no final dos ditos deixasse mais espaço para aqueles que chegavam às 2:00 da manhã e praticavam a nobre arte de fazerem questão de só sair, sob protesto, quando os senhores de farda, cacetete e mau feitio “varriam” o recinto às 6:00 da manhã… Em segundo lugar a tenda de jazz. Tenho de dar os parabéns à FAP pela ideia, espero que seja para continuar nos próximos anos. Para quem não sabe o que é, trata-se de uma tenda com alcatifa e puffs para o pessoal estar sentado e, quando terminassem os concertos no palco principal, começava um concerto de jazz na dita tenda. Muito bom mesmo. Por último temos os transportes. Nunca pensei vir a elogiar os transportes públicos do Porto, muito menos durante a semana da Queima, mas de facto gostei dos horários e da coordenação entre os autocarros e o metro, que cobriam toda a cidade durante toda a noite. Parabéns!

Mas a vida não são só flores, álcool e drogas leves... Infelizmente continuam a existir aquelas roullotes de tiro aos patos, ou às latas ou ao boneco, para ganharem uma garrafa de champanhe quente; para já não falar dos carrinhos de choque, sítio privilegiado de reunião de gunas... Apareceu por lá também uma barraca do KFC!? Então como é? O pessoal do INEM não tem já trabalho suficiente? Quando recebem um gajo semi afogado no próprio vómito, não lhes basta terem de perceber se foi álcool, droga ou as duas coisas juntas, como agora também passa a haver a possibilidade de intoxicação alimentar? Vamos respeitar o trabalho das pessoas!

O que continua igual aos anos anteriores são as casas de banho. Vou-vos dizer uma coisa, utilizar uma casa de banho da Queima no último dia é qualquer coisa que se situa, em termos de coragem (ou burrice), entre ir nadar com tubarões quando se está com o período e renovar contrato com o Fernando Santos. São rios de urina a escorrer daqueles cubículos verdes, e o cheiro meus amigos, o cheiro... Penso que há quem apanhe uma jarda propositadamente para conseguir entrar naquelas casas de banho.

Termino com duas coisas boas, os pães com chouriço continuam divinais (apesar do preço – 2,5 €, 500 paus, chulos!) e as nossas universitárias estão cada vez mais bonitas. Alegrum cerevisiae est Super Bockum, cannabis et mulherum, vate sempris allea Queimus Portucalis.

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