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quarta-feira, 23 de abril de 2008

Em bom português

Saudações jovens! Os nossos jovens entre os 14 e os 22 anos precisam da internet e do telemóvel como eu preciso de respirar, ou seja, até poderia tentar viver sem respirar, mas não me dava muito jeito. Da mesma forma, eles já não passam sem internet ou telemóvel, precisam de comunicar constantemente e de forma cada vez mais rápida. Tendo ao seu dispor tecnologias que permitem uma comunicação instantânea, resolveram que a única forma de ser ainda mais rápido seria economizar nas letras. Passo a transcrever uma conversa no MSN (para quem não conhece o MSN aqui fica um recado: “ide-vos deitar, que este texto não é para pessoas com mais de 80 anos) entre dois jovens típicos portugueses; um de Grijó, o “Violas” de nome próprio Eustácio, e outro da Cedofeita, o Renato ou simplesmente “Rec” para os amigos…

Violas: oi td? :)
Rec: ta-se e ctg? ;)
Violas: td logo vais tar co ppl?
Rec: s marcamos as 10 no cubo tu vais?
Violas: s mas tenho d ir buscar a lena so apareço as 11
Rec: mmmhhhh… ok…
Violas: tem d ser vou ver s molho a sopa lol
Rec: lol… falaste co jigui?
Violas: s o cabrao partiu os dentes! lol
Rec: outra vez? lol lol
Violas: n sei k se passou, mas axo k levou na boca de 3 gajos! lol
Rec: tb tem a pta da mania pode ser k aprenda lol lol
Violas: axo q s meteu ca mulher dum deles…
Rec: e bem feito n s brinca ca mulher dum tipo nem co carro nem co telemóvel lol
Violas: cm a outra do carolina lol cmg a prof tinha levado logo nos dentes!
Rec: nem t digo era logo passava a falar fofo lol lol lol :)
Violas: bem ta no ir te logo ;)
Rec: ta-se xau

Este tipo de escrita, que se está a tornar rapidamente no único conhecido pelas nossas gerações mais jovens, consiste na ausência… Ausência de letras, ausência de pontuação, exceptuando as reticências, os pontos de interrogação e exclamação, ausência de assentos… Mas também na inclusão de uns bonequinhos muito originais, uns sorrisos ou “smiles :)” e uma expressão genial, o “lol”. O “lol” é a abreviatura para “laugh out loud”, que em inglês significa “riso alto exteriorizado”. Portanto esta expressão serve para mostrarmos que achamos graça a alguma coisa, mas na realidade é utilizada para tudo, podemos dizer o que quisermos, basta colocar um “lol” à frente que não há problema nenhum. Por exemplo “es uma grande pta lol”, “e s fosses apanhar no pacote lol”, “vai pró caralho lol”, “apetecia m era comer te a canzana lol”… Garanto-vos, ninguém vai levar a mal, experimentem...

segunda-feira, 21 de abril de 2008

Será pila ou pinto…

Oi. Primeirámeintxi góstaria di parabenizar estxi blógui pêlo trabálho fábuloso qui vem desenvouvendo. Hoji éstou vindo áqui postá estxi teixto sobri o acorrdo ortográfico qui abrangi todos uis países irmãos dá língua brasileir… Língua portuguesa. Muinto si tem fálado sobri esta problemátxica e muinta asneira si tem djito, ao falá consoantxi àis consoantxis são mudais ou àis vogais são fáladoras. Eu vejo aqui um nítxido caso di discriminação! Só por àis consoantxis não sabê falá, vamouis txirá elais? Há muita gentxi que não conségui falá e nóis não txira elais do mundo. Toda a gentxi tem direito di vivê, quê seja uma letra qui fali muinto ou fali pouco. Por exemplo, si você tem um “m” qui caiu numa ármadxilha para urso e perdeu uma pérninha, não vai deitá eli fora, pódxi usá como “n”! Tá vendo o qui quero dxizê?

Quero fazê ainda uma outra comparação. Àis coisas qui parecem qui não servem para nada, àis veizis são muito importántxis. Você tem seu pinto e suais bolais (caso seja minino, si fô minina tem sua buceta) e si quisé fazê sexo só precisa do pinto. E então? Vai cortá suais bolais? Não vai… Porqui você precisa delais para quando quisé tê filhuis.

Pára concluí, quéria deixá cláro qui sô contra o acorrdo ortográfico, cáda povo tem sua identxidadxi e usá àis consoantxis como quisé. Deixem à gentxi iscrevê livrimeintxi!

terça-feira, 27 de março de 2007

Aquilo que se diz

O que venho dizer hoje nesta crónica é sobre aquilo que se diz, ou melhor, sobre o que se diz, o que não se diz e o que se queria dizer…

Quantas vezes já aconteceu a cada um de nós ser confrontado com situações em que não sabe o que dizer? Ou até sabe, mas não sabe se será correcto? Ou até sabe que não é correcto, mas deseja dizer aquilo de qualquer forma? E quantas dessas vezes acaba por ceder ao politicamente correcto, ficando a martelar no que disse e no que queria dizer: “Será que devia ter dito? E o que aconteceria se tivesse dito?”

Porque é que nos preocupamos tanto com o que se deve dizer em detrimento do que queremos realmente dizer. Porque se diz o que se diz e não se diz o que se pensa? Porque é que continuamos a dizer aquilo que os outros esperam que digamos em vez de dizermos aquilo que nós queremos dizer?

Pensem no que vos digo; digam sempre aquilo que pensam, mesmo que os outros pensem que não devem dizer; não digam aquilo que os outros querem que vocês digam, mas digam o que vocês querem dizer. Se vos digo isto, não é porque alguém achou que eu o tinha de dizer, mas porque eu o quis dizer. Espero que possam dizer o mesmo...
Tenho dito!