domingo, 29 de abril de 2007

Manual da separação

Hoje vamos falar de arte. A arte de terminar relações amorosas. Existem duas formas de o fazer, lenta e dolorosamente ou rápida e… Dolorosamente! A primeira, normalmente implica que não se tem a certeza do que se quer fazer, deixam-se prolongar as coisas e acabam invariavelmente por sofrer mais os dois. Não aconselho!

Na segunda forma existem duas variantes, ou fazes algo que a leva a acabar contigo, por exemplo és apanhado a fazer o que não devias… Esta maneira é muito eficiente, mas acarreta alguns riscos para a tua saúde, principalmente se a tua (ex) cara-metade for de natureza violenta e instrutora de algum tipo de artes marciais (daquelas que aleijam) ou tiver um paizinho muito zeloso e que até tem uma arma lá por casa... Passámos então à segunda variante do modo rápido e doloroso que será, na minha opinião, o menos mau. È muito simples, chegas junto da tua Futura Quase Ex-namorada e dizes-lhe as seguintes frases por esta ordem:

- Precisamos de falar (aqui apercebe-se logo que se passa algo).
- Sabes, ultimamente tenho sentido, e tu também já deves ter reparado, que as coisas estão diferentes entre nós os dois (é possível que nesta fase comece a disparatar, mas não te deves deixar ir a baixo, mantém-te firme e continua).
- Não vale a pena continuar a disfarçar, as coisas não estão bem, e se prolongarmos mais, o sofrimento será maior depois (tenta dar-lhe a entender que o que estás a fazer é para o bem dela).
- O melhor é terminarmos tudo entre nós, vais ver que em breve também vais pensar o mesmo (e antes que ela possa dizer alguma coisa, rematas com chave de ouro).
- Não és tu, sou eu (normalmente aqui ela manda-te para um determinado local de conotação sexual, sai a correr e nunca mais te quer ver pela frente. Se ela acreditar nesta última frase, significa que ainda poderão ficar amigos, de qualquer forma tens a situação resolvida).

E é precisamente esta última pérola que gostaria de analisar mais profundamente. “Não és tu, sou eu”? Quem terá inventado esta frase? Se ma dissessem, a minha resposta seria inevitavelmente esta: “Claro que és tu minha vaca. Quem está a acabar tudo és tu! Por que raio havia de pensar que o problema seria eu?” Contudo tenho de admitir que é de uma genialidade gigantesca, e os resultados da sua utilização rondam os 100% de eficácia, o que varia é a reacção da pessoa que a ouve. No que toca a terminar relações amorosas, é obrigatória!

1 comentário:

Edson Marques disse...

Você citou "Manual da Separação".

Espero que conheça esse meu livro.


Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.

Detalhes em www.mude.blogspot.com


Abraços, flores, estrelas..