domingo, 22 de abril de 2007

Quem se lixa é o transeunte

Há alguns anos atrás, decorreram algumas campanhas no nosso país com o intuito de sensibilizar a população apaixonada pelo animal que defeca em plena praça pública, por forma a que de uma vez por todas tomassem consciência que os dejectos que as suas criaturas amorosas e peludas deixavam, não eram afinal uma grande preciosidade, nem valorizavam a calçada portuguesa por aí além. Há que dar os parabéns a algumas autarquias, que realmente conseguiram resultados notáveis, pelo menos durante algum tempo.
Parece-me no entanto, que um pouco como o país em si, estamos a regredir, e a voltar a tirar do fundo do baú algumas daquelas formas de falta de civismo que tanto nos caracterizaram aos olhos da europa e do mundo, ou então as autarquias rederam-se e passaram a interpretar essas obras primas como formas de arte, de tal forma que os blocos para autoar os donos dos bichos passaram a ter outro destino ou outra função.
Graças a Deus nosso Senhor Jesus Cristo, Alá, Buddha ou outra criatura metafísica qualquer que não sofro de qualquer forma de psicose, porque se bem se recordam da personagem interpretada por Jack Nickolson em "As good as it gets" traduzido para português deu qualquer coisa do género "Melhor Impossível", o qual contracenava com a bela Helen Hunt, o homem não conseguia pisar os riscos da calçada. A sorte dele foi a de viver nos EUA em que contrariamente a falta de inteligência que se verifica na classe politica por aquelas bandas, as ruas e passeios sempre são mais largos e a calçada menos trabalhada, e o homem lá se ia safando mesmo que por vezes andasse em bicos de pés. Agora imaginem que vivia em Portugal, com o trauma de saber que assim que saisse de casa teria não só que cortornar a nossa bela calçada portuguesa como as obras de arte que a enfeitam.
Moral da história, admiram-se que o povo anda cabis baixo, que remédio, se não forem a olhar para onde pisam, arranjam merda pela certa!

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