Na semana passada estava sentado em frente à televisão a ver um compacto de “A Bela e o Mestre” e já tinha um x-acto na mão e as mangas da camisola arregaçadas, procurando respostas para todas aquelas questões que me assaltavam o cérebro ao beber daquele néctar de cultura televisiva, quando, num intervalo, vejo a anunciar um debate sobre alimentos transgénicos. Aquilo fez-me pensar, pousei o x-acto, limpei duas ou três gotas de sangue, coloquei um penso rápido e fui dormir.
Contudo, no dia seguinte, e devido à proximidade do evento que celebra a ressurreição de um tipo de túnica e barba, que nem sequer gostava de chocolate, apareciam-me coelhos e ovos de chocolate por todo lado e isto intrigou-me. Porque é que nunca vi nenhuma organização ambiental, OMS ou alguma organização não governamental de qualquer feitio levantar-se contra o facto de existirem coelhos que põem ovos de chocolate? O milho transgénico é mau, a soja transgénica é má, agora, mexer com a estrutura genética de um coelho de tal modo, que o bicho acaba a pôr ovos, ainda por cima de chocolate, já não há problema...
Eu consigo ver as vantagens disto, temos coelho à caçador para jantar e logo a seguir a sobremesa... Mas então e as nossas interrogações éticas? Não se pode mexer nos vegetais, mas baralhar de tal modo um coelho, que ele já não destingue entre uma coelhinha e uma vagem de cacau, só para celebrar a ressurreição do tal tipo, que ao que parece era pescador e só comia peixe, parece-me que já é abusar... Tudo tem limites!
Contudo, no dia seguinte, e devido à proximidade do evento que celebra a ressurreição de um tipo de túnica e barba, que nem sequer gostava de chocolate, apareciam-me coelhos e ovos de chocolate por todo lado e isto intrigou-me. Porque é que nunca vi nenhuma organização ambiental, OMS ou alguma organização não governamental de qualquer feitio levantar-se contra o facto de existirem coelhos que põem ovos de chocolate? O milho transgénico é mau, a soja transgénica é má, agora, mexer com a estrutura genética de um coelho de tal modo, que o bicho acaba a pôr ovos, ainda por cima de chocolate, já não há problema...
Eu consigo ver as vantagens disto, temos coelho à caçador para jantar e logo a seguir a sobremesa... Mas então e as nossas interrogações éticas? Não se pode mexer nos vegetais, mas baralhar de tal modo um coelho, que ele já não destingue entre uma coelhinha e uma vagem de cacau, só para celebrar a ressurreição do tal tipo, que ao que parece era pescador e só comia peixe, parece-me que já é abusar... Tudo tem limites!
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