Nesta sociedade sem fronteiras, a que chamamos com algumas reticências de "Comunidade Europeia", o homem depara-se com novas oportunidades é certo, bem como novos desafios e consequentemente novas dificuldades.
O que venho apresentar, vem revolucionar toda uma problemática existente à volta das viagens ao estrangeiro, algumas num contexto de trabalho, outras abrangidas por esses fantásticos programas "Erasmus" e "Leonardo da Vinci" (entre outros) numa componente mais estudantil, ou até mesmo por puro lazer e que permitem descobrir este sim "Admirável Mundo Novo", repleto de maravilhas desconcertantes que acabam por hipnotizar o homem, tornando heróica e utópica qualquer tentativa de resistência por parte deste.
De checas a letãs, passando pelas alemãs, polacas e ucranianas, sem esquecer as escandinavas, italianas, espanholas, húngaras, e porque não brasileiras e mexicanas, enfim...uma panóplia de tentações, para as quais não há terço, reza, sessão de voo doo ou outra saída espiritual qualquer que lhe valha (curiosamente há registos de uma ida a Fátima a pé, sem resultados observáveis), nem mesmo 500 canais televisivos com 24h de transmissões desportivas.
Como elementos do sexo feminino, já se torna duro para o homem resistir, mas quando assim acontece, elas usam e passo a citar “armas de destruição maciça" – depoimento de BM. E...Pimba...o homem está no papo. É impossível refutar. Ele é de tal forma envolvido por cachecóis de braços e pernas qual polvo, que se torna inútil resistir.
Posto isto avanço com a possível solução. Na verdade é uma teoria muitos simples, mas que se utilizada de forma cuidada e sensata livrará o homem de inúmeras complicações com a(s) sua(s) amada(s) namorada(s) ou esposa(s). Esta teoria, denominada "Teoria do Código Postal" é abrangente, sendo válida em Portugal e no estrangeiro. A sua essência reside no seguinte: o homem tem uma morada, a essa morada corresponde uma localidade e um código postal (a título de exemplo: 2430-251 Alfragide). Se a “tentação ou provocação” residir numa outra localidade, cidade, país, continente ou hemisfério, terá consequentemente atribuído um código postal, obviamente diferente. Não se tratando do mesmo código postal da sua cara metade, não pode em qualquer circunstância ser considerado traição. Não há um fio condutor que permita dizer “TU TRAISTE-ME”, nem tão pouco provocar no homem indícios de peso na consciência. Não faz qualquer sentido uma reclamação. É no entanto necessário e fundamental, como para qualquer teoria, explicá-la, argumentá-la e defendê-la bem, desenvolver uma técnica de comunicação objectiva e eficaz, pois toda a teoria tem a sua falha, e é válida até ao dia em que é posta em causa, questionada ou refutada, o que e face à evolução do homem, nos dias que correm, pode estar para breve.
Boas viagens e lembrem-se..."Boi amarrado também pasta!".